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Levítico

LIVRO DE NÚMEROS

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INTRODUÇÃO:

 

Este livro deriva sem nome do fato de recordar a enumeração de Israel. Historicamente falando, Números continua a história onde Êxodo a deixou, e vem a ser o livro das peregrinações no deserto de um povo remido, que não conseguiu entrar na terra por Cades-Barnéia.
 

Tipicamente, é o livro de serviço e caminhada, e, assim, completa, com os livros precedentes, uma linda ordem moral: Gênesis, o livro da Criação e Queda; Êxodo, o da Redenção; Levítico, o de Culto e Comunhão; Números, o daquilo que deve seguir - Serviço e Conduta.

 

Importante ver que não se deixa nada à vontade própria. Cada servo foi contado, compreendia seu lugar na família, e tinha seu serviço definido. O caso paralelo no N. T. é 1 Coríntios 12.

 

A segunda lição típica é que, provado pelas circunstâncias do deserto, Israel fracassou inteiramente.
 

Números tem cinco divisões:

 

1. A ordem do povo (1.1 a 10.10).

2. De Sinai a Cades-Barnéia (10.11 a 12.16).

3. Israel em Cades-Barnéia (13.1 a 19.22).

4. As peregrinações no deserto (20.1 a 33.49).

5. Instruções finais (33.50 a 36.13) (Scofield).

 


ANÁLISE DE NÚMEROS
 

1. Aparelhamento. Preparação para a viagem (caps. a 9.14).

 

    1.1 O peregrino como guerreiro (caps. 1 e 2).

    1.2 O peregrino como obreiro (caps. 3 e 4).

    1.3 O peregrino como adorador (caps. 5 a 9.14).

 

2. Avanço. Desafeição na viagem (caps. 9.15 a 14).

 

    2.1. Direção divina no caminho (caps. 9.15 a 10).

    2.2 Descontentamento pecaminoso com o fornecimento (caps. 11 e 12).

    2.3 Descrença fatal das promessas (caps. 13 e 14).

 

3. Recuo. Interrupção da viagem (caps. 15 a 19).

 

    3.1 Legislação para o futuro (cap. 15).

    3.2 Vindicação do sacerdócio (caps. 16 a 18).

    3.3 Purificação dos contaminados (cap. 19).

 

4. Volta. Continuação da viagem (caps. 20 a 36).

 

    4.1 Renovado progresso do país (caps. 20 a 21).

    4.2 Ampla perspectiva para o pais (caps. 22 a 25).

    4.3 Ricas promessas à nação (caps. 26 a 36).
 

 

 

MENSAGEM DE NÚMEROS
 

Visto que a análise do livro é bem ampla, resta apenas frisar seu grande aviso, que vem a ser a mensagem principal - a história da triste rebelião de Israel nos capítulos 13.1 a 14.45.
 

Entendamos os fatos. Um mês depois da construção do tabernáculo, a Coluna guiou Israel para avançar, e avançou mesmo até Cades-Barnéia. Então chegou a crise. Doze espias foram enviados a ver a terra, e voltaram com seu relatório: dez deles desanimaram o povo e dois encorajaram-no.
 

Então rebelou-se o povo de Israel, e olhou para trás, para o Egito, e até quis eleger um capitão e voltar. Quando Josué e Calebe protestaram, o povo quis apedrejá-los.

Isto foi o GRANDE PECADO de Israel, e trouxe seu terrível castigo. Por isso o Senhor lhe disse: "Dos homens que, tendo visto a minha glória e os prodígios que fiz no Egito e no desato, e todavia me puseram à prova já dez vezes, e não obedeceram à minha voz, nenhum deles verá a terra que com juramento prometi a seus pais, sim, nenhum daqueles que me desprezaram a verá. Tornai-vos amanhã e caminhai para o deserto em direção ao mar Vermelho"
 

Desse ponto voltaram de Cades para o deserto, vaguearam ali 38 anos, fora do círculo da vontade divina, e então morreram (cap. 26.64,65). Ora, é vital distinguir entre as duas viagens: uma dentro da vontade divina, e outra fora dela. Esta última o Salmista chama a "tentação no deserto" (Sl 95.8-11).

O povo podia ter, e devia ter, subido à Terra Prometida diretamente de Cades, mas não quis. Este ato de Israel aqui era totalmente diferente de qualquer outro ato na história do Êxodo. Não era uma mera murmuração pelas asperezas do caminho ou o desagrado da comida: era um ato de deliberada rebelião, um ato de apostasia nacional.

 

Em Cades Israel deliberadamente recusou consentir com os propósitos de Deus. Aqui a viagem terminou e a vagueação começou, e todos esses anos foram um período de castigo. Quase nenhuma recordação resta desse período, mas sem dúvida foi uma temporada bem triste. Uma geração inteira marcava passo à espera da morte. A história dos anos é resumida numa lista de lugares, a maior parte deles inteiramente desconhecida hoje, onde o acampamento parou por algum tempo.
 

Quantas vezes consideramos a murmuração como um pecado pequeno, e somente quando tentamos nos corrigir é que descobrimos quanto ela nos tem prejudicado, e quão facilmente caímos novamente nela. Notemos a descida de Israel, em Números, do descontentamento à concupiscência, desprezando o Senhor, falando contra seus servos, provocando, desconfiando, tentando a Deus: rebelião, presunção, desânimo. Combatendo a Deus e falando contra Ele, e, afinal, aberta imoralidade e idolatria. Estejamos avisados!
 

Ser salvo da murmuração é um passo para a perfeição. (Veja-se Filipenses 2.14.) Se isto parece negativo demais, olhemos para 1 Tessalonicenses, para ver o lado positivo. "Em tudo dai graças" [em tudo mesmo nas vossas circunstâncias especialmente penosas, com vossas tentações especiais, com vossos fracos nervos e deprimento de espírito - em tudo dai graças, e ao brado da fé, ao cântico de louvor, o inimigo fugirá e a vitória será vossa ] (Scroggie).
 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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LIVRO De números CAPÍTULO 1 e 2


A ordem das tribos. Notemos, referente às comunicações que se seguem: a localidade - "no deserto de Sinai'; o ponto - "na tenda de encontro"; a ocasião 'no primeiro dia do segundo mês, no segundo ano depois de ter saído do Egito; o sentido - "Tirai a soma de toda a congregação". Um recenseamento geral de todo o Israel.
 

Notemos em 2.33: "os levitas, porém, não foram contados entre os filhos de Israel" e o número de 12 tribos é completado por incluir na lista os dois filhos de José (1.32-35).
 

Vemos que foram numerados somente homens crescidos, de vinte anos para cima, homens competentes para a peleja (1.3). Na Igreja de hoje quantos são homens feitos, e quantos meninos? (Ef 4.14).
 

Vemos que os guerreiros numerados foram 603.550, aos quais devemos acrescentar outro tanto de homens velhos e meninos, fazendo 1207.100, e outro tanto de mulheres, perfazendo um total de 2.414.200 almas (Christian's Armoury p. 250).
 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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LIVRO De números CAPÍTULO 3


() serviço do tabernáculo. "Números é o livro dos levitas, como Levítico é o dos sacerdotes. Estes pertencem ao santuário quando estabelecido, e têm seu serviço nele como intercessores e adoradores; aqueles cuidam dele exteriormente, e o atendem nas suas viagens. Os levitas olham para fora, e os sacerdotes para dentro, isto é, para Deus: é esta a distinção em todos os tempos entre ministério (aos homens) e serviço sacerdotal (a Deus).

 

Devemos lembrar que no cristianismo o povo de Deus tem os dois serviços, e não apenas alguns do povo, mas todos. 'Vós sois um sacerdócio santo' - é o que se diz de todos os crentes. Aqui temos a atitude sacerdotal: o rosto para Deus, embora os sacrifícios agora não tenham um caráter expiatório, havendo Cristo se oferecido uma vez para sempre.
 

"Por outro lado, o serviço levítico é de Deus e por Deus, para com os homens; e isto inclui o ministério da palavra hoje, e de diversas maneiras: não somente a pregação pública, pois, por exemplo, quando a mulher 'sem palavra' ganha o seu marido descrente (1 Pe 3.1), mesmo assim é mediante a palavra manifestada nos seus efeitos no caráter da mulher, e ela, nesse ato, é mais verdadeiramente ministra da palavra do que alguns pregadores verbosos.

 

Todos os crentes são, assim, ministros: embora o sacerdócio já não seja uma classe especial (mas todos os crentes são sacerdotes), assim tampouco é o ministério uma classe especial, embora haja diferentes tipos de ministério. Nem tampouco há entre os santos de Deus uma classe especial, mais santa pelo seu ofício do que as outras. Todos são santos, embora seja um leigo e outro clérigo (Grant).
 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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LIVRO De números CAPÍTULO 4

 

Serviços dos filhos de Levi. Três eram os filhos de Levi (3.17): Gérson, Coate e Merari. Esses tinham serviços especificados referentes ao tabernáculo, nas suas viagens. Coate com os vasos sagrados (v. 15); Gérson com as cortinas (vv.24,25), e Marari com as tábuas e colunas (31,32)
 

As divisões do capítulo são:
 

O serviço dos Coatitas (1-15).
 

O ofício de Eleazar, filho de Aarão (16-20).

 

O serviço dos Gersonitas (21-28).

 

O serviço dos Meraritas (29-45).

 

O número dos levitas (46-49).
 

Aprendemos deste capítulo a distribuição do serviço da Casa de Deus, como também em Efésios 4.11, 12, e não a sua concentração nas mãos de um só ministro.
 

Proposta emenda de tradução (v. 20): "não entrarão para per, nem por um momento, quando (R. 42).
 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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LIVRO De números CAPÍTULO 5

 

A purificação do arraial. Depois de promover a boa ordem no arraial, Jeová fala a respeito da sua purificação.
N

o leproso e no que padece do fluxo achamos, em diferentes graus, as manifestações da carne (v. 1). A contaminação da vida natural pelo pecado facilmente se percebe nestes símbolos que são, de fato, penalidades do pecado. Disso não poderia haver nenhuma libertação, nenhum auxilio, se não pudéssemos receber uma nova vida, de origem divina, e por isso sem mácula,
 

Contaminação por contato com os mortos é característica do livro de Números: encontramo-la outra vez na lei dos nazireus, na Páscoa adiada (9.6-11), e, principalmente, na lei da novilha vermelha.
 

O contato que contamina já se vê, tem uma interpretação espiritual. É esse apego ao mundo que o apóstolo lamenta até nas que professam o cristianismo. e que, no seu pleno desenvolvimento, torna-os tais "cujo deus é o ventre, e a sua glória assenta no que é vergonhoso, e só cuidam de coisas terrenas" (Fp 3.19). Estes ele chama inimigos da cruz de Cristo, porque é por ela (a cruz) que somos crucificados para o mundo e o mundo para nós (Gl 6.14) -(Grant).
 

A segunda coisa na purificação do arraial é a restituição (v. 7) com mais 20%. Deus não está satisfeito por ser o prejuízo apenas desfeito; precisa haver uma compensação para quem sofreu o prejuízo, e nisso Deus também é glorificado.

Isto simboliza o lado positivo da vitória no conflito com o mal, e para isto a cruz de Cristo é necessária, como se vê no sacrifício apontado.
 

O terceiro caso (vv. 11-31) não trata de um pecado provado, mas de uma suspeita de pecado.
 

O simbolismo da oferta de "farinha de cevada " (não de trigo) tem sido estudado pelos expositores entendidos. F. W. Grant diz: "A farinha de cevada
mais grossa e ordinária do que a de trigo, bem podia servir para simbolizar uma vida que, aos olhos de Deus, não podia ser de grande. valor, embora não corrupta como a acusação alegava. Esta, oferecida pela mão da mulher, podia fazer seu apelo a Deus.

A omissão de azeite ou incenso havia de falar de alguém que chegava com o coração triste, e não no alegre espirito de louvor".
 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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LIVRO De números CAPÍTULO 6

 

A lei do nazireado. nazireu era uma pessoa separada inteiramente para Deus. A abstenção de vinho expressava uma dedicação que. achava todo o seu gozo no Senhor (Sl 87.7; Fp 3.1-3; 4.4, 10).

 

O cabelo comprido, naturalmente uma desonra para um homem (1 Co 11.14), era de uma vez o sinal visível da separação do nazireu, e da sua disposição de sofrer o opróbrio por amor de Jeová.

 

A figura achou seu pleno cumprimento em Jesus, que era "santo, imaculado, separado dos pecadores" (Hb 7.26); que era inteiramente dedicado ao Pai (Jo 6.38); que não permitiu que qualquer consideração meramente natural nele influísse (Mt 12.46-50) (Scofield).
 

"Neste capítulo não aparece um motivo para alguém tomar esse voto de nazireu. Podia ter sido penitencial ou devocional. No caso de Samuel e Sansão era sem dúvida para que. estivessem sem impedimento no seu trabalho especial. No caso de Paulo era provavelmente em reconhecimento de alguma especial misericórdia que recebera (At 18.18; 21.26).

 

No caso de Cristo tais coisas foram realizadas, não de uma maneira cerimonial ou legal, mas espiritualmente. Ele reconheceu que Deus o santificara e o enviara (Jo 10.36) e por isso santificou-se (Jo 17.19). Isto tomou o lugar do voto de nazireado, e deve ser assim com o crente.

 

O crente também reconhece que tem sido 'santificado pela oferta do corpo de Jesus Cristo, feita uma vez para sempre' (Hb 10.10; 13.12), e responde a isto por se apresentar a si mesmo, e seu corpo como 'um sacrifício vivo' (Rm 6.13; 12.1). Então procura andar em santidade de vida, 'renunciando a impiedade e as paixões mundanas' (Tt 2.12), 'aperfeiçoando a santidade no temor do Senhor' ('2 co 7.1) e dedicando-se ao serviço do Mestre.

 

Qualquer tentativa de desvendar o futuro por meio de um voto, é um erro. Como salvaguarda, é ineficiente, pois somente o poder de Deus pode guardar o coração, e, em nosso serviço devemos estar livres para fazer ou ser tudo quanto nosso Senhor deseja" (Goodman).
 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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LIVRO De números CAPÍTULO 7

 

As ofertas dos príncipes. Este é um dos capítulos - mais compridos da Bíblia. Podia ter sido muito resumido, visto que cada um dos príncipes ofereceu as mesmas coisas; cada oferta, porém, é relatada separadamente, como se Deus apreciasse a devoção individual do seu povo, e não somente seu serviço coletivo.

 

A ocasião das dádivas era a dedicação do altar (v. 10), uma figura da cruz de Cristo. Séculos depois, quando os israelitas voltaram do Cativeiro, a primeira coisa que fizeram foi levantar um altar (Ed 3). A verdadeira religião começa com o Calvário.

 

Matthew Henry tem alguns pensamentos interessantes com respeito às ofertas dos príncipes. Resumimos o que ele diz:
 

No que diz respeito às ofertas dos príncipes, observemos:

 

1) Quando foi. Somente depois de o tabernáculo ser levantado (v, 1). Quando tudo ficara pronto com respeito ao tabernáculo e ao acampamento, então começaram com as suas contribuições. Provável, mente no oitavo dia do segundo mês. Notemos que os atos necessários devem ser praticados primeiro, e depois seguem-se as ofertas voluntárias.
 

2) Quem ofereceu: os príncipes de Israel. cabeços das casas dos pais (v. 2), Notemos que os que tem maior poder ou dignidade devem ir adiante e dar o exemplo aos outros. De quem mais tem, mais se espera.
 

3) Que ofereceram. Seis carros cobertos, e bois, e estes carros não foram recusados, embora nenhum modelo fora dado sobre o monte. Notemos que não é de esperar que a divina instituição de ordenanças desça a todos os detalhes que podem ser resolvidos pela nossa prudência e inteligência.
 

Logo que o tabernáculo é levantado, faz-se esta provisão para o caso de sua remoção. Embora estejamos bem arraigados no mundo, devemos estar preparados para qualquer mudança, conforme a vontade de Deus. especialmente para a grande mudança deste para o outro mundo.
 

4) A disposição da oferta. Os carros e bois foram dados aos levitas para o serviço do transporte do tabernáculo.

 

Os gersonitas, que tinham uma carga leve, receberam dois carros. Os meraritas, que tinham as coisas mais pesadas, receberam quatro carros; e os coatitas, que levavam as peças mais sagradas, não receberam carro nenhum, porque haviam de levar tudo nos ombros (v. 6).

 

Quando, no tempo de Deus levaram a arca num carro novo, Deus mostrou seu desagrado, "porque não o buscamos segundo a ordenança " (1 Cr 15.13).
 

As ofertas de valores (vv. 12 a 83) são chamadas "dádivas dedicatórias do altar" (v. 84). Notemos:
 

1) Os príncipes, os homens graúdos, foram os primeiros a adiantar a obra de Deus.

 

2) As ofertas foram de muito valor. Alguns objetos, para serviço permanente: pratos, bacias, colheres, etc. Outros para o gasto imediato - farinha, novilhos, carneiros, etc.
 

3) Cada um trouxe sua oferta no seu dia marcado, e assim a cerimônia durou doze dias, incluindo um ou dois sábados. Era um serviço santo, próprio para um dia santo.
 

4) Todas as ofertas eram idênticas, demonstrando, assim, que cada tribo tinha igual interesse no altar e igual parte nos sacrifícios oferecidos ali.
 

5) Naassom, príncipe de Judá, ofereceu primeiro, porque Deus dera a essa tribo o lugar de honra no acampamento.
 

6) Embora sejam idênticas as ofertas, cada uma é relatada individualmente. Temos certeza de que não há repetições inúteis na Bíblia, e aprendemos deste caso como Deus toma sentido na devoção individual do seu povo, e não somente no culto coletivo.
 

7) Ao fim, o total de tudo é mencionado, para declarar que grande soma se faz quando cada um traz a sua parte. Como o santuário de Deus havia de ser enriquecido nos nossos dias, se cada crente trouxesse a contribuição que lhe compete na pureza e devoção, na caridade e serviço!
 

Depois de tudo isto, Moisés entra na tenda da revelação e ouve a própria voz de Deus, falando-lhe "de cima do propiciatório". Isto é o cumprimento de Êxodo 25.22. A voz de Deus é referida também em Êxodo 19.19 e Deuteronômio 5.22, onde é ouvida por toda a assembléia.
 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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LIVRO De números CAPÍTULO 8

 

As lâmpadas e o candeeiro (v. 14). Devemos notar que no versículo 2 as palavras da V,B. "O espaço em frente" não estão no original, nem podemos discernir qualquer significação espiritual na iluminação de um espaço.


 

Provavelmente devemos ler, como dizem Grant e outros expositores, "para iluminar o candeeiro O candeeiro - um tipo de Cristo - sustenta as lâmpadas e as lâmpadas realçam a beleza do candeeiro de ouro que as mantém. O apóstolo disse: "que Cristo seja engrandecido no meu corpo, seja pela morte ou pela vida" (Fp 1.20).

 

A purificação dos levitas. Aqui temos (v. 7) um dos "vários batismos" referidos em Hebreus 9.10. "A água de expiação" é descrita mais detalhadamente no capítulo 19.8, 17. Notemos que não era a água uma separação suficiente para o serviço deles. Necessitavam também de vários sacrifícios (v. 8). Não podemos servir a Deus devidamente sem a obra expiatória da Cruz.
 

Os levitas foram aceitos, para o serviço divino, em lugar de toda a congregação, mas, para isso, era necessário "os filhos de Israel porem as mãos sobre os levitas" (v. 10), identificando-se, assim, com eles. Além disso, haviam de ser, oferecidos diante de Jeová pelo sumo sacerdote. Somente por Cristo poderemos oferecer serviço aceitável a Deus.
 

Notemos no versículo 19 a descrição do serviço dos levitas. O serviço de qualquer deles podia continuar por 25 anos (vv. 24,25).
 

Os levitas - uma dádiva a Aarão e seus filhos (v. 19). Diz Matthew Henry: "São dados a Aarão e seus filhos, mas de maneira que seu serviço seja disponível a todo o Israel, Aarão oferece os levitas a Deus (v. 11) e então Deus os devolve a Aarão (19). Notemos que o que oferecemos a Deus Ele tomará a dar-nos, e muito para nosso proveito. Nossos corações, nossos filhos, nossos bens nunca são nossos mais verdadeiramente e mais vantajosamente do que quando os oferecemos a Deus".
 

Os levitas haviam de agir pelo povo. Foram tomados "para fazerem o serviço dos filhos de Israel na tenda da reunião" (v. 19). Isto é, não somente para fazerem serviços em vez de Israel, mas também para servirem a Israel em serviços que haviam de redundar em honra, segurança e prosperidade da comunidade inteira, Notemos que esses que fazem a obra de Deus fielmente prestam um dos melhores serviços que se pode dar ao público.
 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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LIVRO De números CAPÍTULO 9

 

A Páscoa (v. 1-14). A primeira divisão de Números chega a 10.10, e considera o peregrino como guerreiro, obreiro e adorador.

 

Ao fim desta divisão há três leis:

 

a lei da Páscoa (9.1-14);

a lei da Nuvem (9.15-23) e

a lei das Trombetas.

 

Estas leis são dadas em vista da marcha do Sinai, que havia de começar em seguida. A lei da Páscoa é dada mui explicitamente: primeiro, o requerimento geral (1-5); depois, casos especiais: o contaminado (6-12); o desobediente (13); e o estrangeiro (14). A primeira Páscoa foi observada na noite da saída de Israel do Egito (Êx 12), e a última na semana da Paixão de Jesus Cristo.
 

Todos podem valer-se dela, os nativos e os estrangeiros (14), mas ninguém tem o direito de mudar o seu caráter ou modificar as suas exigências. Ao atravessarmos um mundo como este há contaminações que não podemos evitar: semelhantes à poeira que pega nos pés dos viajantes, mas acerca desta contaminação podemos dizer duas coisas: primeiro, que ela não precisa privar-nos da cruz de Cristo, e, segundo, que essa contaminação deve sempre enviar-nos à Cruz (10).

 

É excluído somente o homem que não tem lugar na sua vida para o Calvário (v. 13) - (Scroggie).
 

A nuvem (vv. 15-23). Com este trecho leia-se 10.1-10, porque os sinais para marchar foram divinos e humanos, a nuvem e as trombetas. O primeiro fala do Pai nas suas providências, para que sejamos pacientes e preparados; o segundo, do Espírito nas Escrituras, para nossa missão e progresso (vv. 29-34); e a Arca era Cristo no meio (10.33). Pode-se dizer duas coisas referentes à nossa peregrinação cristã; que o tempo da nossa espera e caminhada é incerto; e segundo, que a direção infalível de Deus é certa. Devemos estar prontos a parar ou a avançar, e sempre prontos a obedecer (Scroggie).
 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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LIVRO De números CAPÍTULO 10

As trombetas de prata. Notemos:
 

1) Seu feitio: de prata, obra batida (não fundida), e somente duas trombetas. No tempo de Salomão lemos de 120 sacerdotes com trombetas (2 Cr 5.12).
 

2) Quem havia de usá-las: os sacerdotes, filhos de Aarão (v. 8). "Isto significa que os ministros de Deus devem levantar a voz como uma trombeta, para mostrar ao povo os seus pecados (Is 58.1) e chamá-lo a Cristo (Is 25.13)" (Matthew Henry).
 

3) Quando haviam de ser usadas:

    a) para ajuntar a congregação (v. 2);

    b) para pôr em marcha as tribos (v. 5);

    c) para tocar alarme no dia de batalha (v. 9);

    d) para solenizar as festas sagradas (v. 10).
 

Os israelitas partem do Sinai (vv. 11-28). O sinal: a nuvem levantada (v. 11); a marcha: "à ordem de Jeová" (v. 13). Como é bom quando podemos dizer o mesmo sobre cada mudança de localidade da nossa parte!
 

O ponto de parada. Saindo do deserto de Sinai, descansaram no deserto de Parã (v. 12). As nossas mudanças aqui no mundo são de um deserto para outro, enquanto Cristo não exercer a soberania universal.
 

Hobabe, cunhado de Moisés. O sogro de Moisés é chamado Reuel aqui em Êxodo 2.18, e Jetro em Êxodo 3.1 e capítulo 18. Por isso concluímos que tinha os dois nomes. Jetro, que visitara Moisés no deserto, voltou depois para a sua terra (Êx 18.27), mas parece que seu filho Hobabe tinha ficado, e agora vemos Moisés convidando-o a servir de guia (v, 31). Contudo, parece que esse expediente humano não era necessário, porque "a arca da aliança de Jeová ia adiante deles... para lhes buscar um lugar de descanso" (v. 33).
 

Em Juízes 4.11 Hobabe é chamado "sogro de Moisés mas a palavra hebraica tem as duas significações: "cunhado" e "sogro".
Este capitulo não diz que Hobabe aceitou o convite de Moisés, mas estudando Juízes 1.16; 4.11 e I Samuel 15.6 ficamos sabendo que ele aceitou mesmo.
 

Esta é a primeira vez (v. 33) que lemos da "arca da aliança
 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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LIVRO De números CAPÍTULO 11

 

Murmurações dos israelitas. Depois de uma parada de quase um ano no distrito do Sinai (Êx 19 e Nm 10.11) a peregrinação dos israelitas continua. Queixam-se. Não mais se contentam com o "pão do céu". Um dos males que havia com Israel era "a grande mistura de gente" (v. 4) no seu meio, gente sem espiritualidade e sem fé. A presença de descrentes na igreja promove muitas murmurações.
 

Moisés se desanima, e queixa-se da sua pesada carga. O povo, na sua falta de espiritualidade, pede carne (v. 18) e o comentário do salmista é que Deus "deu-lhes o que pediram, mas enviou magreza às suas almas" (Sl 106.15).
 

Resumimos de Matthew Henry o seguinte:
 

A culpa dos murmuradores foi que:
 

    1. Engrandeceram as iguarias do Egito (v. 5), como se Deus lhes fizera um grande mal ao tirá-los dali.
   

    2. Ficaram enjoados da boa provisão que Deus lhes fizera (v. 6). Era pão do céu, e para mostrar como era sem razão a queixa do povo, o maná é aqui descrito (vv. 7-9).
 

    3. Não podiam contentar-se sem ter carne para comer. Trouxeram manadas e rebanhos em abundância do Egito, mas por qualquer razão isto não servia.
       

    4. Duvidaram do poder e da bondade de Deus, dizendo "Quem nos dará carne a comer?" (v,4), como se não valesse a pena pedir isso a Deus.
 

    5. Comeram com gulodice (v. 33), demonstrando assim a sua carnalidade.
 

O comportamento de Moisés não foi muito exemplar:
 

    1. Ele deu pouco valor à honra que Deus lhe dera, fazendo-o ilustre instrumento da sua graça na libertação do povo.
 

    2. Ele se queixa demasiadamente de uma pequena tribulação e se importa demais com um cansaço passageiro.

 

    3. Ele engrandece o seu trabalho, dizendo "puseste sobre mim a carga de todo este POVO" (v. 11).
 

    4. Não reconhece a sua obrigação de fazer tudo quanto possível para desempenhar o serviço que lhe fora confiado.
 

    5. Ele toma responsabilidade demais sobre si quando diz: "Donde teria eu carne para dar a todo este povo (v. 13), como se fosse ele o provedor, e não Deus.
 

    6. Ele tem em pouco a graça divina quando diz: "Eu só não posso levar este povo" (v. 14). Se a tarefa tivesse sido muito menor, ele também não teria podido dar conta dela pelas suas próprias forças, mas se tivesse sido muito maior, pela ajuda divina teria podido agüentar com ela.
 

    7. Pior de tudo, ele quer que Deus o mate, em vez de pedir graça divina suficiente para seu trabalho.
 

Podemos tomar como texto áureo o versículo 23: "Porventura é curta a mão de Jeová? " e pensar como a resposta a tal pergunta pode ter sentido para nós nos dias da nossa provação.
 

Com respeito à profecia dos setenta anciãos, nom tamos uma diferença de tradução no versículo 25. Figueiredo tem: "e não cessaram de o fazer"; Almeida: ' 'mas depois nunca mais", e V. B. "porém nunca mais o fizeram ' P. Almeida e V. B. têm aqui a tradução correta. (Veja-se R. p. 216.) caso de Eldade e Medade, aprendemos que pode haver ministério da Palavra não somente ' 'á entrada da tenda de encontro", mas também "no arraial"


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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LIVRO De números CAPÍTULO 12

 

Uma desinteligência de família. Notemos neste triste incidente: que a contenda foi promovida por liriã, cujo nome figura primeiro; que não sabemos se Zípora ainda vivia; que nada se nos diz da "mulher casita" se era pessoa espiritual ou não; que os queixosos mostraram inveja e carnalidade; que Moisés mostrou humildade (v, 3); que Deus o defendeu, sem aludir ao casamento problemático; que o juízo caiu sobre Miriã, a principal ofensora; que o castigo produziu resultado imediato e suficiente.
 

Alguns pensam que "a mulher cusita " se refere ao segundo matrimônio que Moisés contraíra; outros, que é uma alusão a Zípora com um apelativo de desprezo. Matthew Henry sugere que poderia ter havido alguma desinteligência entre Miriã e Zipora que motivou a animosidade.
 

A queixa não é de Moisés ter governado mal, mas de ter governado sozinho, e é expressada com a pergunta: "É verdade que Jeová falou só com Moisés?
 

Notemos:
 

O juízo divino sobre Miriã, "A nuvem retirouse de cima da Tenda", como sinal do desagrado de Deus com os queixosos, e Miriã é ferida de lepra.
 

Em seguida Aarão se arrepende e se humilha (vv. 11,12) confessando a sua culpa e pedindo perdão.
 

A intercessão de Moisés por Miriã (v. 13): Ele clamou alto porque a nuvem se retirara, e Deus parecia estar afastado. Um caso semelhante é quando a
mão paralisada de Jeroboão é restaurada ao pedido do profeta contra quem ela fora estendida (1 RS 13.6).
O assunto harmonizado: misericórdia e saúde para Miriã; perdão da parte de Moisés; justiça satisfeita, por Miriã estar excluída do arraial durante sete dias.
 

O progresso do povo impedido por sete dias (v. 15).Isto podia ser uma admoestação para todos os que se sentiram culpados, como Miriã, de um espírito queixoso. Mostrava também respeito por Miriã. O povo todo esperou por ela.
Embora saibamos que Moisés escreveu o Pentateuco (Mt 19.7; At 6.14; etc.), alguns pensam que o versículo 3 foi acrescentado mais tarde por um editor, como também a narrativa da sua morte em Deuteronômio 34.
 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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LIVRO De números CAPÍTULO 13

 

Os doze espias. Capítulos 13 e 14 recordam "Á apostasia em Cades-Barnéia ", um acontecimento de imensa importância, por ser uma das três grandes rebeliões de Israel entre a saída do Egito e a ida para a Babilônia - um período de 900 anos. A segunda é recordada em 1 Samuel 8 e a terceira em 1 Reis 12.
 

Cades, embora a localidade não possa ser agora determinada com exatidão, é um lugar de grande importância histórica, pois marcou o termo da primeira viagem dos israelitas, o começo das suas peregrinações, e o ponto de partida da sua última caminhada. (Leiam-se os versículos 1-3 com Deuteronômio 1.20-25.).

 

As duas narrativas dão impressões bem diferentes. A verdade parece ser que a idéia de mandar espias se originou com o povo, que Moisés aprovou-a (erradamente) e que então Deus condescendeu com o desejo do povo, para revelar a perversidade dos seus corações. Leia com cuidado as instruções de Moisés (17-20). Desde o principio ao fim lançam dúvidas sobre a sabedoria, poder e fidelidade de Deus. Toda essa informação Deus já tinha dado (Gn 15.18-21; Êx 3.8). Nenhuma investigação humana pode tornar mais garantido o que Deus já disse.
 

Os espias foram e voltaram, Concordaram quanto ao relatório (27-29) mas discordaram quanto ao conselho (Scroggie).
 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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LIVRO De números CAPÍTULO 14

 

Querem voltar ao Egito. Notemos a diferença entre a linguagem da descrença e a linguagem da fé. A descrença diz que é melhor voltar à escravidão do Egito. A fé diz que "Deus nos introduzirá nesta terra" (v. 8). Ainda hoje há pessoas que desconfiam do poder de Deus para satisfazer o seu povo com bênçãos espirituais, e voltam aos prazeres mundanos aos pecados pelos quais outrora estavam escravizados.
 

Perdoados, mas proibidos de entrar na Terra (vv. 11-25). "Muitos pecadores acham misericórdia: em verdade, todos os que se refugiam em Cristo acham na, mas muitos filhos de Deus (pecadores perdoados) carecem de entrar no pleno gozo das promessas divinas (nossa 'Terra Prometida por causa da desobediência.

 

Como Israel outrora, tentam a Deus (v. 22) e não escutam a sua voz, apesar de toda a sua misericórdia. Assim, em vez de uma vida vitoriosa em Canaã, e do gozo da sua herança em Cristo, são obrigados a perambular pelo deserto de dúvidas e receios, de desobediência e fracasso. A intercessão de Moisés pelos desobedientes faz-nos pensar naquele que vive para fazer intercessão por nós, e assim nos salva das conseqüências da nossa loucura" (Goodman).
 

A presunção da incredulidade (vv. 26-45). Depois de ouvirem a solene sentença de Deus a respeito da sua incredulidade, os rebeldes repentinamente voltam a face e se atrevem a desafiar o julgamento pronunciado: não haviam de morrer no deserto (como outrora desejaram - v.2) nem voltar ao Egito (como tinham falado - v.4). Estão resolvidos a entrar na terra.

 

A sua loucura tem os sinais comuns dos pecados presunçosos: a) confessam seu pecado levianamente: "Temos pecado" (v. 41); b) seguem, apesar de aviso ao contrário (v, 41); c) marcham sem a Arca do Concerto (v. 44). O resultado foi uma derrota ignominiosa (v. 45).
 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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LIVRO De números CAPÍTULO 15

 

Diversas leis repetidas. Este capítulo interrompe a narrativa histórica com instruções referentes a certos sacrifícios, instruções para serem observadas "quando entrardes na terra" (v. 2). Com certeza esta referência à posse da terra nesse momento - precisamente quando Israel tinha voltado as costas a ela - é um evidente encorajamento à fé e uma prova da continuada graça de Deus para com o povo.
Para os pecados de ignorância (vv. 27-29), há sacrifício e há perdão, mas não para um "adversário" (Hb 10.27) que peca "afoitamente" (v. 30), diz F. W. Grant:
 

"Sem dúvida há certos pecados que vêm entre os pecados de ignorância, e há os pecados voluntários daqueles que, apesar de terem conhecimento da verdade, demonstram ser 'adversários'. Pedro, no palácio do sumo sacerdote, ilustra o caso. Quando ele com imprecações negou ter conhecimento do 'homem', certamente não era a ignorância que falava; contudo, não era também um 'adversário'.

 

Tinha ele chegado, por confiança em si mesmo, a um ponto onde as circunstâncias o venceram, e o medo arrancou dele palavras iníquas e covardes, para serem mais tarde reprovadas amargamente. Mas adversário ele não era: e a graça de Deus agiu para com ele restauração. Tais pecados não são contemplados neste trecho de Números 15".
 

A punição pela violação do sábado (vv. 32-36). Notemos que a Lei não admite exceções; quem está debaixo da lei de Moisés é culpado de um pecado mortal se esquenta seu café ao lume no dia de sábado.
 

O crente em Cristo não está debaixo da Lei, mas debaixo da graça (Rm 6.14); mas ele recebe muita instrução da santa lei que Deus deu a Israel, e no caso de ele andar sob o controle do Espírito Santo, a exigência justa da Lei se cumpre nele (Rm 8.4).
 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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LIVRO De números CAPÍTULO 16

A rebelião de Coré, Datã e Abirão. No capítulo 14 os israelitas estão em Cades e em 20.1 estão outra vez em Cades, por isso os capítulos 15 a 19 representam 38 anos, Nestes cinco capítulos descobrimos somente um acontecimento de importância histórica (cap. 16), sendo o restante do trecho maiormente legislativo, e referindo-se ao futuro (15.2).

 

Durante esses 38 anos a história de Israel estava paralisada. Israel tinha desobedecido a Deus. e, em vez de serem peregrinos sob a sua proteção, tornaram-se viajantes da morte. A parte da nossa vida passada fora da vontade de Deus não é recordada no relatório dele.
 

Este incidente é de bastante importância para ser referido no X. T. como "a revolta de Coré" (Jd 11).

 

Coré. primo de Moisés, parece ter tido ciúme de Moisés e Aarão, e conspira com os rubenitas Datã e Abirão para fazerem uma revolta contra esses que Deus tinha apontado como chefes do seu povo.

 

Podemos dividir este capítulo assim:

 

a) a revolta (1-15):

b) a prova (16-19);

c) a separação (20-27);

d) o julgamento (28-35).
 

As pessoas envolvidas na revolta: Os principais: Coré, Datã e Abirão; -as suas famílias (v. 27); toda a congregação (v. 19); os 250 homens (v. 2).
Qualidades manifestadas: com Coré e seus companheiros: inveja, presunção, atrevimento, religiosidade.
 

Com Moisés: humildade, piedade e espírito de oração, ira (v, 15), confiança em Deus (v. 16), conciliação, intercessão (vv. 22,45).
 

Com Deus: retribuição, justiça (v. 35), misericórdia (v. 46).
 

Com o povo: insensatez espiritual, murmuração, rebelião, falta de espiritualidade.
 

No versículo 1 devemos preferir a tradução de Almeida
 

Os filhos de Coré. Á primeira vista, parece que Coré, Datã e Abirão e suas famílias todos sofreram o mesmo suplício.

 

Vemos no versículo 27 que os filhos de Datã e Abirão estiveram junto com os pais em pé, e no versículo 32 que "todos os homens que pertenciam a Coré, com toda a sua fazenda" foram tragados pela terra que abriu a sua boca.
 

Mais adiante, porém, no contexto remoto do capítulo 26.11, lemos "Todavia não morreram os filhos de Coré"
 

Sem dúvida eles obedeceram ao mandado de Moisés, e fugiram do tabernáculo que os rebeldes tinham levantado, e assim foram salvos,
Estes "filhos de Coré", assim salvos do suplício, e sendo monumentos da graça de Deus, mais tarde tiveram proeminência no serviço do Templo, "o verdadeiro tabernáculo", sob Davi e Ezequias (Bullinger)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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LIVRO De números CAPÍTULO 17

 

A vara de Aarão floresce. O sumo sacerdote, reprovado pelo povo insensato, é manifestamente aprovado por Deus, mediante um sinal milagroso. Isto faz-nos pensar em Cristo, nosso Sumo Sacerdote, reprovado pelos homens descrentes, mas elevado por Deus ao supremo lugar (At 4.11).
 

Os expositores percebem na vara de Aarão um tipo de ressurreição - evidência de vida numa vara seca e aparentemente morta. Cristo nosso Sumo Sacerdote vive para sempre.
 

"O príncipe de cada tribo trouxe uma vara completamente morta: Deus deu vida somente à de Aarão. Assim todos os autores das religiões têm morrido, e Cristo entre eles, mas somente Cristo ressurgiu dos mortos, e foi exaltado a ser o Sumo Sacerdote diante de Deus (Hb 4.14; 5.4-10)" (Scofield).
 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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LIVRO De números CAPÍTULO 18


A iniqüidade do santuário. (v. 1). É difícil sermos mui positivos sobre o sentido desta expressão. Matthew Henry oferece os seguintes pensamentos: "Se o santuário fosse profanado pela intrusão de estrangeiros ou pessoas imundas, a culpa estaria sobre os levitas e sacerdotes, que deviam ter vedado a entrada de tais pessoas. Embora o pecador que entrasse presumidamente morresse pela sua iniqüidade, contudo seu sangue seria requerido dos responsáveis.
 

na ocasião própria ou de acordo com a ordenança; se qualquer objeto for pedido ou mal colocado na remoção do santuário, vós sacerdotes seríeis os responsáveis".

Os próprios sacerdotes levariam 'a iniqüidade do sacerdócio', isto é, se negligenciassem qualquer parte do seu trabalho, ou permitissem qualquer outra pessoa intrometer-se e fazer seu trabalho, a culpa seria deles".
 

Esta é uma explicação que podemos não achar de todo satisfatória.
 

F. W. Grant oferece uma interpretação mais espiritual e mais diretamente ligada com Cristo:
 

"Aqui vemos um (o nosso Sumo Sacerdote) que é competente para manter seu povo. Por isso vemos a 'iniqüidade do santuário' posta sobre Ele, 'para que não levante outra vez indignação sobre os filhos de Israel' (v.5).

 

No serviço de intercessão, a casa de Aarão pode tornar parte com Aarão - os sacerdotes inferiores com o sumo sacerdote, mas sempre lembrando que foi a vara do sumo sacerdote que brotou, e que, afinal, tudo está sob a sua responsabilidade.

 

Assim Cristo que morreu por nós leva-nos para a plena e final salvação, 'no poder de uma vida indissolúvel' ('incorruptível', Almeida). Ele sempre vive para fazer intercessão por nós; junto com o valor de uma obra de eficácia infinita, temos uma poderosa mão que nos sustenta - tudo posto no poder de quem é 'Filho sobre a casa de Deus' (Hb 3.6) e, em todo sentido, divinamente competente"
 

Deveres, direitos e dízimos. O sustento dos sacerdotes vinha dos sacrifícios (8-20) e o dos levitas dos dízimos (21-32). Mas vemos que os levitas também eram dizimistas, e desse dízimo deles era dado aos sacerdotes (v. 28).
 

 

Aprendemos desta contribuição dos levitas que o ministério paga seu tributo ao culto de adoração, e do melhor que tem (v. 29). Como é agradável perceber em tudo isto que Cristo deseja e recebe a sua parte do serviço espiritual (Grant).
 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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LIVRO De números CAPÍTULO 19

 

A novilha vermelha. "Este notável tipo é interpretado para nós em Hebreus 9.13. Trata-se do caso de um povo remido ser contaminado por contato com a morte, isto é, um verdadeiro crente ocupar-se novamente com as coisas mortas do seu tempo de incredulidade, e assim pecar, de maneira que a sua consciência fica contaminada.

Um filho de Deus precisa guardar sempre uma boa consciência perante Deus e os homens. Isto devia ser seu "regozijo", o testemunho da sua consciência quanto à sua simplicidade e sinceridade perante Cristo (2 Co 1.12). Quando a sua consciência novamente o acusa, ele é como o israelita que tocou no morto e carecia da "purificação da carne" mediante as cinzas da novilha.
 

"A novilha foi sacrificada somente uma vez, e as suas cinzas foram guardadas para uso futuro. Assim Cristo morreu uma vez, para nunca mais morrer. Seu sacrifício, 'um sacrifício pelos pecados' (Hb 10.10-14), santificou o seu povo uma vez para sempre, e os aperfeiçoou. Se eles se contaminam novamente pelo contato com coisas mortas, não é necessário que Cristo morra outra vez, nem que sejam remidos novamente.

Uma vez arrependidos, banhados, são de todo purificados (Jo 13.10) e necessitam apenas da lavagem dos pés. Assim as cinzas da novilha são um símbolo do único e perfeito sacrifício. O 'espargir' (v. 18) da água com cinzas simboliza a fé que aplica ao coração a memória da morte expiatória, e que reconhece a sua continuada eficácia.

 

Precisa-se da 'água da purificação' (v.9), isto é, da Palavra de Deus aplicada ao coração, e da obediência que resulta em renunciar as coisas iníquas" (Goodman).
 

"As cinzas da novilha não eram para quem pecou atrevidamente, como fez Coré e os que com ele estavam mas para aqueles que inconscientemente contraíram alguma contaminação (v. 11). A imundícia não é menos imunda quando é inevitável ou inconsciente. Cada um nas suas ocupações diárias tem contatos que sujam. O meio de purificação para nós se encontra em Cristo, mas precisa ser apropriado e aplicado (vv. 11-12)" scroggie.
 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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LIVRO De números CAPÍTULO 20

 

A rocha novamente ferida. Outra vez a falta de água e outra vez a murmuração. O povo está cheio de queixas, e briga com Moisés.
 

Entre os capítulos 14 e 20, os israelitas têm andado no deserto por 33 anos. Toda uma geração pereceu, e agora os filhos chegam ao lugar Cades - onde seus pais tinham apostatado. Eles murmuraram como seus pais fizeram, e pelo mesmo motivo (Êx 17): não houvera progresso espiritual.
 

"Em Horebe, e também em Cades, o Senhor misericordiosamente fez provisão pela necessidade do povo, dando-lhe água, mas indicou um modo diferente. Em Horebe mandou ferir a rocha, mas aqui Ele diz: 'falai à rocha' (v. 8). A palavra hebraica para rocha não é a mesma em ambos os casos, mas em ambos 'a rocha é Cristo' (1 Co 10.4).

 

Em Horebe, Cristo ferido;'em Cades, Cristo suplicado. A significação da diferença vê-se na severidade do castigo que seguiu à desobediência de Moisés (v. 12). Cristo não pode ser ferido mais de uma vez; desde então o recurso que há nele se obtém mediante a oração" (Scroggie).

 

Evitando contenda entre irmãos (vv. 14-21). "Embora Esaú fosse homem 'profano', contudo Deus o abençoou com a boa terra do monte Seir, ao sudeste do mar Morto. Para entrar na Palestina, Israel devia passar por este distrito montanhoso, onde há poucos desfiladeiros.

 

Embora os israelitas apelassem para o rei de Edom pelo seu 'irmão Israel' (v. 14 - Jacó era irmão gêmeo de Esaú) não somente o pedido foi repelido, mas foram atacados violentamente, Porém a falta de fraternidade de Edom mais tarde trouxe o juízo sobre a terra, como aprendemos de Obadias, 10.15" (Goodman).
 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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LIVRO De números CAPÍTULO 21

A serpente levantada (vv. 1-9). "A serpente de metal é um tipo de Cristo feito pecado por nós' (Jo 3.14, 15; 2 co 5.20) e levando ao juízo que nós merecíamos" (Scofield).
 

"O meio de salvação e vida era 'Olhar... e viver'. Olhar é a mais simples expressão da fé. Inclui dirigir a atenção para Cristo; observá-lo; esperar dele; depender dele. Dava-se vida a quem olhasse. Notemos o cuidado do Espírito Santo no emprego das palavras. Não diz 'foi sarado' ou 'melhorou', mas 'vivia'. A vida eterna é dom de Deus" (Goodman).
 

Notemos neste trecho que a murmuração dos israelitas esta vez foi "por causa do caminho ": falta de pão e água, e aborrecimento do maná (v.5). Se porventura o crente alguma vez chegar a ter fastio do "pão do Céu", que pensa fazer se quer ficar sem Cristo: sem a proteção de um grande amigo, sem a direção de um divino guia, sem o ensino de um sábio mestre, sem a expiação de uma obra redentora, sem os socorros do seu Sumo Sacerdote, sem a esperança da Segunda Vinda?


A caminhada e o conflito (vv. 10-35). Os inimigos ao leste do Jordão eram diferentes dos cananitas ao oeste. Aqueles eram todos relacionados com Israel: eram inimigos que podiam ter sido amigos se não tivesse havido desinteligência entre parentes no passado.

 

Devemo-nos preparar hoje para o dia de amanhã. Não havemos de pensar que essa gente se tenha oposto a Israel por querer combater contra Deus, mas sua oposição chegou a ser isso mesmo.
 

Notemos que as vitórias ao leste do Jordão deram às duas tribos e meia a sua herança futura (32,33). Isto era um benefício duvidoso. Ficaram, afinal, aquém da terra prometida. E nós temos entrado, porventura, em todos os benefícios espirituais que Deus deseja proporcionar-nos? Ou estamos contentes em ter "um bilhete para o Céu" e mais nada?
 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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LIVRO De números CAPÍTULO 22 a 24


Balaão, o profeta. Balaão é o tipo do profeta mercenário, que procura vender seu dom. Isto é o caminho de Balaão (2 Pe 2.15), e caracteriza os ensinadores falsos.
 

O erro de Balaão (Jd 11) era que podia enxergar apenas a moralidade natural, e por isso ele calculou que um Deus santo havia forçosamente de amaldiçoar um povo rebelde como Israel. Como todos os ensinadores falsos, ele ignorava a moralidade mais sublime de uma expiação vicária, pela qual Deus podia ser justo e contudo o justificador dos pecadores arrependidos e crentes (Rm 3.26).
 

A doutrina de Balaão (Ap 2.14) se refere ao seu ensino a Balaque sobre como podia corromper o povo ao qual não podia amaldiçoar (Nm 25.1-3 e 31.16 e Tg 4.4) (Scofield).
 

"Um jumento mudo... refreou a loucura do profeta" (2 Pe 2.16). "A loucura de Balaão consistia em ele perseverar num curso errado depois de ter recebido expressa ordem do Senhor: 'Não irás!.. não amaldiçoarás!'

Tornar a interrogar a Deus depois disto, era pedir a resposta que recebeu, que veio a ser. praticamente: 'Muito bem: segue o teu próprio caminho, e aprende pela experiência o teu erro'.

E contudo Deus marcou uma condição que Balaão não atendeu: 'Se os homens te vierem chamar' (v. 20). "Para a fé não há dificuldade em a jumenta falar com voz humana. Se os homens podem ensinar um papagaio a falar, por que dizer que Deus não pode ensinar uma jumenta a fazer uma coisa parecida?" (Goodman).
 

 

É preciso ler 23.23 na V.B. Em 22.22 devemos traduzir: "A ira de Deus acendeu-se, porque ele estava resolvido a ir .
 

O versículo 17 deve ler-se: "uma estrela procedeu" (R. 118)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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LIVRO De números CAPÍTULO 25


O pecado de Peor. Vemos agora o resultado funesto do iníquo conselho de Balaão (Nm 31.16), e Israel seduzido à idolatria e à imoralidade. O zelo e energia de Finéias vingou o mal, e 'fez expiação pelos filhos de Israel'  (v. 13).
 

Neste capítulo vemos os moabitas e midianitas identificados (vv. 1 e 14,16).
 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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LIVRO De números CAPÍTULO 26


Segunda numeração das tribos. Podemos comparar esta numeração, feita uns 38 anos depois com aquela descrita no capitulo primeiro, e ver que com algumas tribos houve aumento e com outras diminuição. E ao mesmo tempo podemos pensar se porventura nossa vida espiritual, e nosso desejo pela verdade de Deus, aumentam com o decorrer do tempo.
 

Em forma de tabela as duas listas são as seguintes:
 

 

cap. 1 cap. 26  

Rúben

46.500 43.730 (menos)

Simeão

59.300 22.200 (menos)

Gade

45.650 40.500 (menos)

Judá

74.600 76.500 (mais)
    Issacar 54.400 64.300 (mais)

Zebulon 

57.400 60.500 (mais)

Manassés

32.200 52.700 (mais)

Efraim

40.500 32.500 (menos)

Benjamim

35.400 45.600 (mais)
    Dan 62.700 64.400 (mais)
    Aser 41.500 53.400 (mais)

Naftali  

53.400 45.400 (menos)

 

TOTAIS

 

603.550 601.730  

Levi

  23.000  


Visto que foram numerados somente os homens de 20 anos para cima, devemos multiplicar por quatro para saber aproximadamente o total dos israelitas incluindo mulheres, velhos e crianças.
 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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LIVRO De números CAPÍTULO 27

 

A morte de Moisés predita (vv, 12-14). Vê Moisés a terra prometida; nela, porém, não entra, devido à sua desobediência. Avista-a de longe, do alto da montanha, e percebe as suas belezas naturais sem ver detalhadamente todas as coisas imundas e a idolatria daquela terra. Muitos séculos depois ele põe seu pé na terra, sobre outro monte, e, junto com Elias, conversa com o seu Salvador sobre essa morte expiatória que ia para sempre anular o pecado que séculos antes tinha vedado a sua entrada em Canaã.
 

Deus, que retira seus servos, continua sua obra, e Josué é apontado para chefiar o povo de Israel e levá-lo para a Terra Prometida.
Moisés viu a Terra do monte Abarim (Nm 27.12) ou Pisga (Dt 3.27) ou Nebo (Dt 3'2.49). Pisga é parte dos montes de Abarim, dos quais Nebo é o pico mais alto (A. 415).
 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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LIVRO De números CAPÍTULO 28 e 29

 

Várias ofertas. Notemos como Deus instruía seu povo durante a sua infância espiritual por meio de símbolos e figuras, por sacrifícios e cerimônias, e como mais tarde, no Novo Testamento, mudou por completo, e ensinou por parábolas e preceitos.
Não devemos imaginar que Deus tivesse algum prazer em cheirar a carne queimada de um cordeiro, mas queria preocupar seu povo continuamente com a verdade da expiação.
 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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LIVRO De números CAPÍTULO 30

 

Israel debaixo da Lei estava sujeito à lei dos vou tos, Israel nunca cumpriu seu voto de perfeita obediência à lei de Deus (Êx 19.8). No terreno do legalismo eles fracassaram e nós também.
 

"Por isso o Senhor, no sermão da montanha, proíbe tomar o compromisso de um voto: 'Tendes ouvido que foi dito aos antigos: não jurarás falso, mas cumprirás para com o Senhor os teus juramentos. Eu, porém, vos digo que absolutamente não jureis' (Mt 5.33,34). Isto é baseado naquela imperfeição humana que a Lei demonstrou ser a sua condição moral" (Grant).
 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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LIVRO De números CAPÍTULO 31

 

Vitória sobre os midianitas. Vemos que nesta batalha Balaão morre (v. 8), mas não morre da morte que desejara: a de um justo (23.10). Identificando-se com os inimigos do povo de Deus, partilhou da sorte deles.
 

Diz Matthew Henry: "Este trecho (vv. 7-12) fala da descida do pequeno exército de Israel (que estava sob a divina comissão, conduto e comando) sobre o país de Midiã. 'Pelejaram contra Midiã'.

 

É bem provável que primeiro tenham publicado seu manifesto, mostrando os motivos da guerra e exigindo a entrega dos responsáveis pela grande iniqüidade, pois isso depois veio a ser lei (Dt 20.10; Jz 20.12,13).

 

Mas os midianitas, não justificando seus atos e apoiando os responsáveis, foram atacados pelos israelitas com fogo e espada, e cheios de zelo santo"
"Mataram todos os homens" (v. 7), isto é, os homens com quem se encontraram. Sabemos que não mataram todos os homens do país, pois vemos Midiã como um poderoso e formidável inimigo nos dias de Gideão.
 

"Mataram os reis de Midiã" os mesmos que são chamados anciãos de Midiã (22.4) e príncipes de Seom (Js 13.21).
 

"Também mataram Balaão". Há várias conjeturas sobre o que motivara estar Balaão entre os midianitas nesse tempo. Pode ser que os midianitas, tendo notícias da marcha de Israel, tivessem mandado buscar Balaão para os ajudar com seus encantamentos; ou, se ele não pudesse agir ofensivamente contra Israel, ao menos agisse defensivamente, invocando uma bênção sobre Midiã.

 

Qualquer que fosse o motivo de ele estar ali, foi uma providência divina que agiu no caso, e ali a justiça o atingiu.
 

"Matança das mulheres" (v. 17). Ê preciso lembrar que as mulheres midianitas tinham sido um laço especial para os israelitas.
 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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LIVRO De números CAPÍTULO 32

 

Duas tribos e meia escolhem a sua sorte aquém do Jordão. Diz Matthew Henry:
 

"Muita gente procura seu próprio interesse e não o bem geral nem os interesses de Cristo, e assim fica aquém da Canaã celestial.

 

A escolha dessas tribos importa:

 

1) um desprezo da terra prometida;

 

2) uma desconfiança do poder de Deus;

 

3) uma negligência dos interesses dos seus irmãos;

 

4) uma consulta baseada nos seus próprios interesses e riquezas. É para notar-se que estas tribos, as primeiras a serem colocadas, anos depois foram as primeiras a serem desapossadas".
 

"Nós, porém, nos armaremos... diante dos filhos de Israel" (v. 17). Isto não quer dizer que todos os homens foram à guerra.

 

No último censo havia de Rúben 43.730, de Gade 40.500 e de Manassés 52.700, da qual a metade é 26.350, perfazendo um total de 110.580.

 

Ora Josué 4.13 diz-nos que 40.000 atravessaram o Jordão, por isso ficaram 70.580 homens para defender as famílias.
 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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LIVRO De números CAPÍTULO 33 e 34

 

No capítulo 33 temos uma lista dos pontos visitados pelos israelitas desde que partiram do Egito "aos quinze dias do primeiro mês" (v. 3) até afinal acamparem-se "junto ao Jordão... nas planícies de Moabe" (v. 49). Uma lista comprida que, hoje em dia, não parece ter muito interesse ou instrução para nós. Mas não podemos dizer que carece inteiramente de ensino sem investigar o sentido de cada nome recordado, e sua possível significação para um povo peregrino.
 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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LIVRO De números CAPÍTULO 35 e 36

 

Cidades dos levitas e cidades de refúgio. "As cidades de refúgio são tipos de Cristo como o abrigo do pecador do juízo vindouro (Êx 21.13; Dt 19.2-13; Sl 46.1; 142.5; Is 4.6; Rm Fp 3.9; Hb 6.18,19) (Scofield).
 

O refúgio era para o homicida involuntário, não para o assassino. Alguns percebem sentido na significação dos nomes das cidades. Consulte o "Pequeno Dicionário Bíblico".
 

O casamento das herdeiras. Sobre isto Grant comenta:
 

"Aqui mais uma vez aparecem as filhas de Selofade (referidas primeiro em 27.1-11) mediante a representação dos chefes das famílias de Manassés.

 

A primeira sentença a seu favor tinha garantido que a herança de seu pai lhes pertencia, mas havia o perigo, no caso de contraírem casamento fora da tribo, de que a herança passasse para qualquer outra tribo. e assim toda a estabilidade para posse segundo as tribos fosse prejudicada. Ordenou-se, por isso, que em tal caso a herdeira casasse dentro da tribo e assim a herança da tribo seria garantida perpetuamente.

 

Tudo tinha de ceder à primeira necessidade, isto é, que a herança determinada por Deus ficasse com a tribo que Deus determinara. Nada havia de mudar isto, nada. Bendito seja Deus, que não há de impedir qualquer um dos seus do gozo eterno da herança preparada".
 

 

REFERÊNCIAS AO LIVRO DE NÚMEROS NO NOVO TESTAMENTO
 

Nm 12.7 - Moisés fiel em toda a sua casa (Hb 3,5,6).

Nm 14.16 - Prostrados no deserto (1 Co 10.5 e Hb 3.17).

Nm 16.5 - "Jeová mostrará quem são os seus" (2 Tm 2.19).

Nm 17.8 - A vara de Aarão floresce (Hb 9.4).

Nm 19.1-9 - A respeito da bezerra ruiva (Hb 9.13).

Nm 22.5 - Balaão, filho de Beor ou Bosor (2 Pe 2.15, Jd 11 e Ap 2.14).

Nm 24.6 - Como árvore do sândalo, que o Senhor plantou (Hb 8.2).
 

A comparação "como ovelhas que não têm pastor" aparece pela primeira vez em Números 27.17. Compare-se com 1 Reis 22.17; 2 Crônicas 18.16; Ezequiel 34.5; Zacarias 10.2 e no Novo Testamento com Mateus 9.36 e Marcos 6.34 (Angus).
 

 

 

 

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