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INTRODUÇÃO:
Este livro deriva sem nome do
fato de recordar a enumeração de Israel. Historicamente falando, Números
continua a história onde Êxodo a deixou, e vem a ser o livro das peregrinações
no deserto de um povo remido, que não conseguiu entrar na terra por
Cades-Barnéia.
Tipicamente, é o livro de serviço e caminhada, e, assim, completa, com os livros precedentes, uma linda ordem moral: Gênesis, o livro da Criação e Queda; Êxodo, o da Redenção; Levítico, o de Culto e Comunhão; Números, o daquilo que deve seguir - Serviço e Conduta.
Importante ver que não se deixa nada à vontade própria. Cada servo foi contado, compreendia seu lugar na família, e tinha seu serviço definido. O caso paralelo no N. T. é 1 Coríntios 12.
A segunda lição típica é que,
provado pelas circunstâncias do deserto, Israel fracassou inteiramente.
Números tem cinco divisões:
1. A ordem do povo (1.1 a 10.10).
2. De Sinai a Cades-Barnéia (10.11 a 12.16).
3. Israel em Cades-Barnéia (13.1 a 19.22).
4. As peregrinações no deserto (20.1 a 33.49).
5. Instruções finais (33.50 a 36.13) (Scofield).
ANÁLISE DE NÚMEROS
1. Aparelhamento. Preparação para a viagem (caps. a 9.14).
1.1 O peregrino como guerreiro (caps. 1 e 2).
1.2 O peregrino como obreiro (caps. 3 e 4).
1.3 O peregrino como adorador (caps. 5 a 9.14).
2. Avanço. Desafeição na viagem (caps. 9.15 a 14).
2.1. Direção divina no caminho (caps. 9.15 a 10).
2.2 Descontentamento pecaminoso com o fornecimento (caps. 11 e 12).
2.3 Descrença fatal das promessas (caps. 13 e 14).
3. Recuo. Interrupção da viagem (caps. 15 a 19).
3.1 Legislação para o futuro (cap. 15).
3.2 Vindicação do sacerdócio (caps. 16 a 18).
3.3 Purificação dos contaminados (cap. 19).
4. Volta. Continuação da viagem (caps. 20 a 36).
4.1 Renovado progresso do país (caps. 20 a 21).
4.2 Ampla perspectiva para o pais (caps. 22 a 25).
4.3
Ricas promessas à nação (caps.
26 a 36).
MENSAGEM DE NÚMEROS
Visto que a análise do livro é
bem ampla, resta apenas frisar seu grande aviso, que vem a ser a mensagem
principal - a história da triste rebelião de Israel nos capítulos 13.1 a 14.45.
Entendamos os fatos. Um mês
depois da construção do tabernáculo, a Coluna guiou Israel para avançar, e
avançou mesmo até Cades-Barnéia. Então chegou a crise. Doze espias foram
enviados a ver a terra, e voltaram com seu relatório: dez deles desanimaram o
povo e dois encorajaram-no.
Então rebelou-se o povo de Israel, e olhou para trás, para o Egito, e até quis eleger um capitão e voltar. Quando Josué e Calebe protestaram, o povo quis apedrejá-los.
Isto foi o GRANDE PECADO de
Israel, e trouxe seu terrível castigo. Por isso o Senhor lhe disse: "Dos homens
que, tendo visto a minha glória e os prodígios que fiz no Egito e no desato, e
todavia me puseram à prova já dez vezes, e não obedeceram à minha voz, nenhum
deles verá a terra que com juramento prometi a seus pais, sim, nenhum daqueles
que me desprezaram a verá. Tornai-vos amanhã e caminhai para o deserto em
direção ao mar Vermelho"
Desse ponto voltaram de Cades para o deserto, vaguearam ali 38 anos, fora do círculo da vontade divina, e então morreram (cap. 26.64,65). Ora, é vital distinguir entre as duas viagens: uma dentro da vontade divina, e outra fora dela. Esta última o Salmista chama a "tentação no deserto" (Sl 95.8-11).
O povo podia ter, e devia ter, subido à Terra Prometida diretamente de Cades, mas não quis. Este ato de Israel aqui era totalmente diferente de qualquer outro ato na história do Êxodo. Não era uma mera murmuração pelas asperezas do caminho ou o desagrado da comida: era um ato de deliberada rebelião, um ato de apostasia nacional.
Em Cades Israel deliberadamente
recusou consentir com os propósitos de Deus. Aqui a viagem terminou e a
vagueação começou, e todos esses anos foram um período de castigo. Quase nenhuma
recordação resta desse período, mas sem dúvida foi uma temporada bem triste. Uma
geração inteira marcava passo à espera da morte. A história dos anos é resumida
numa lista de lugares, a maior parte deles inteiramente desconhecida hoje, onde
o acampamento parou por algum tempo.
Quantas vezes consideramos a
murmuração como um pecado pequeno, e somente quando tentamos nos corrigir é que
descobrimos quanto ela nos tem prejudicado, e quão facilmente caímos novamente
nela. Notemos a descida de Israel, em Números, do descontentamento à
concupiscência, desprezando o Senhor, falando contra seus servos, provocando,
desconfiando, tentando a Deus: rebelião, presunção, desânimo. Combatendo a Deus
e falando contra Ele, e, afinal, aberta imoralidade e idolatria. Estejamos
avisados!
Ser salvo da murmuração é um
passo para a perfeição. (Veja-se Filipenses 2.14.) Se isto parece negativo
demais, olhemos para 1 Tessalonicenses, para ver o lado positivo. "Em tudo dai
graças" [em tudo mesmo nas vossas circunstâncias especialmente penosas, com
vossas tentações especiais, com vossos fracos nervos e deprimento de espírito -
em tudo dai graças, e ao brado da fé, ao cântico de louvor, o inimigo fugirá e a
vitória será vossa ] (Scroggie).
LIVRO De números CAPÍTULO 1 e 2
A ordem das tribos. Notemos, referente às comunicações que se seguem: a
localidade - "no deserto de Sinai'; o ponto - "na tenda de encontro"; a ocasião
'no primeiro dia do segundo mês, no segundo ano depois de ter saído do Egito; o
sentido - "Tirai a soma de toda a congregação". Um recenseamento geral de todo o
Israel.
Notemos em 2.33: "os levitas,
porém, não foram contados entre os filhos de Israel" e o número de 12 tribos é
completado por incluir na lista os dois filhos de José (1.32-35).
Vemos que foram numerados
somente homens crescidos, de vinte anos para cima, homens competentes para a
peleja (1.3). Na Igreja de hoje quantos são homens feitos, e quantos meninos?
(Ef 4.14).
Vemos que os guerreiros
numerados foram 603.550, aos quais devemos acrescentar outro tanto de homens
velhos e meninos, fazendo 1207.100, e outro tanto de mulheres, perfazendo um
total de 2.414.200 almas (Christian's Armoury p. 250).
LIVRO De números CAPÍTULO 3
() serviço do tabernáculo. "Números é o livro dos levitas, como Levítico é o dos
sacerdotes. Estes pertencem ao santuário quando estabelecido, e têm seu serviço
nele como intercessores e adoradores; aqueles cuidam dele exteriormente, e o
atendem nas suas viagens. Os levitas olham para fora, e os sacerdotes para
dentro, isto é, para Deus: é esta a distinção em todos os tempos entre
ministério (aos homens) e serviço sacerdotal (a Deus).
Devemos lembrar que no
cristianismo o povo de Deus tem os dois serviços, e não apenas alguns do povo,
mas todos. 'Vós sois um sacerdócio santo' - é o que se diz de todos os crentes.
Aqui temos a atitude sacerdotal: o rosto para Deus, embora os sacrifícios agora
não tenham um caráter expiatório, havendo Cristo se oferecido uma vez para
sempre.
"Por outro lado, o serviço levítico é de Deus e por Deus, para com os homens; e isto inclui o ministério da palavra hoje, e de diversas maneiras: não somente a pregação pública, pois, por exemplo, quando a mulher 'sem palavra' ganha o seu marido descrente (1 Pe 3.1), mesmo assim é mediante a palavra manifestada nos seus efeitos no caráter da mulher, e ela, nesse ato, é mais verdadeiramente ministra da palavra do que alguns pregadores verbosos.
Todos os crentes são, assim,
ministros: embora o sacerdócio já não seja uma classe especial (mas todos os
crentes são sacerdotes), assim tampouco é o ministério uma classe especial,
embora haja diferentes tipos de ministério. Nem tampouco há entre os santos de
Deus uma classe especial, mais santa pelo seu ofício do que as outras. Todos são
santos, embora seja um leigo e outro clérigo (Grant).
LIVRO De números CAPÍTULO 4
Serviços dos filhos de Levi.
Três eram os filhos de Levi (3.17): Gérson, Coate e Merari. Esses tinham
serviços especificados referentes ao tabernáculo, nas suas viagens. Coate com os
vasos sagrados (v. 15); Gérson com as cortinas (vv.24,25), e Marari com as
tábuas e colunas (31,32)
As divisões do capítulo são:
O serviço dos Coatitas (1-15).
O ofício de Eleazar, filho de Aarão (16-20).
O serviço dos Gersonitas (21-28).
O serviço dos Meraritas (29-45).
O
número dos levitas (46-49).
Aprendemos deste capítulo a
distribuição do serviço da Casa de Deus, como também em Efésios 4.11, 12, e não
a sua concentração nas mãos de um só ministro.
Proposta emenda de tradução (v.
20): "não entrarão para per, nem por um momento, quando (R. 42).
LIVRO De números CAPÍTULO 5
A purificação do arraial. Depois
de promover a boa ordem no arraial, Jeová fala a respeito da sua purificação.
N
o leproso e no que padece do
fluxo achamos, em diferentes graus, as manifestações da carne (v. 1). A
contaminação da vida natural pelo pecado facilmente se percebe nestes símbolos
que são, de fato, penalidades do pecado. Disso não poderia haver nenhuma
libertação, nenhum auxilio, se não pudéssemos receber uma nova vida, de origem
divina, e por isso sem mácula,
Contaminação por contato com os
mortos é característica do livro de Números: encontramo-la outra vez na lei dos
nazireus, na Páscoa adiada (9.6-11), e, principalmente, na lei da novilha
vermelha.
O contato que contamina já se
vê, tem uma interpretação espiritual. É esse apego ao mundo que o apóstolo
lamenta até nas que professam o cristianismo. e que, no seu pleno
desenvolvimento, torna-os tais "cujo deus é o ventre, e a sua glória assenta no
que é vergonhoso, e só cuidam de coisas terrenas" (Fp 3.19). Estes ele chama
inimigos da cruz de Cristo, porque é por ela (a cruz) que somos crucificados
para o mundo e o mundo para nós (Gl 6.14) -(Grant).
A segunda coisa na purificação do arraial é a restituição (v. 7) com mais 20%. Deus não está satisfeito por ser o prejuízo apenas desfeito; precisa haver uma compensação para quem sofreu o prejuízo, e nisso Deus também é glorificado.
Isto simboliza o lado positivo
da vitória no conflito com o mal, e para isto a cruz de Cristo é necessária,
como se vê no sacrifício apontado.
O terceiro caso (vv. 11-31) não
trata de um pecado provado, mas de uma suspeita de pecado.
O simbolismo da oferta de
"farinha de cevada " (não de trigo) tem sido estudado pelos expositores
entendidos. F. W. Grant diz: "A farinha de cevada
mais grossa e ordinária do que a de trigo, bem podia servir para simbolizar uma
vida que, aos olhos de Deus, não podia ser de grande. valor, embora não corrupta
como a acusação alegava. Esta, oferecida pela mão da mulher, podia fazer seu
apelo a Deus.
A omissão de azeite ou incenso
havia de falar de alguém que chegava com o coração triste, e não no alegre
espirito de louvor".
LIVRO De números CAPÍTULO 6
A lei do nazireado. nazireu era uma pessoa separada inteiramente para Deus. A abstenção de vinho expressava uma dedicação que. achava todo o seu gozo no Senhor (Sl 87.7; Fp 3.1-3; 4.4, 10).
O cabelo comprido, naturalmente uma desonra para um homem (1 Co 11.14), era de uma vez o sinal visível da separação do nazireu, e da sua disposição de sofrer o opróbrio por amor de Jeová.
A figura achou seu pleno
cumprimento em Jesus, que era "santo, imaculado, separado dos pecadores" (Hb
7.26); que era inteiramente dedicado ao Pai (Jo 6.38); que não permitiu que
qualquer consideração meramente natural nele influísse (Mt 12.46-50) (Scofield).
"Neste capítulo não aparece um motivo para alguém tomar esse voto de nazireu. Podia ter sido penitencial ou devocional. No caso de Samuel e Sansão era sem dúvida para que. estivessem sem impedimento no seu trabalho especial. No caso de Paulo era provavelmente em reconhecimento de alguma especial misericórdia que recebera (At 18.18; 21.26).
No caso de Cristo tais coisas foram realizadas, não de uma maneira cerimonial ou legal, mas espiritualmente. Ele reconheceu que Deus o santificara e o enviara (Jo 10.36) e por isso santificou-se (Jo 17.19). Isto tomou o lugar do voto de nazireado, e deve ser assim com o crente.
O crente também reconhece que tem sido 'santificado pela oferta do corpo de Jesus Cristo, feita uma vez para sempre' (Hb 10.10; 13.12), e responde a isto por se apresentar a si mesmo, e seu corpo como 'um sacrifício vivo' (Rm 6.13; 12.1). Então procura andar em santidade de vida, 'renunciando a impiedade e as paixões mundanas' (Tt 2.12), 'aperfeiçoando a santidade no temor do Senhor' ('2 co 7.1) e dedicando-se ao serviço do Mestre.
Qualquer tentativa de desvendar
o futuro por meio de um voto, é um erro. Como salvaguarda, é ineficiente, pois
somente o poder de Deus pode guardar o coração, e, em nosso serviço devemos
estar livres para fazer ou ser tudo quanto nosso Senhor deseja" (Goodman).
LIVRO De números CAPÍTULO 7
As ofertas dos príncipes. Este é um dos capítulos - mais compridos da Bíblia. Podia ter sido muito resumido, visto que cada um dos príncipes ofereceu as mesmas coisas; cada oferta, porém, é relatada separadamente, como se Deus apreciasse a devoção individual do seu povo, e não somente seu serviço coletivo.
A ocasião das dádivas era a dedicação do altar (v. 10), uma figura da cruz de Cristo. Séculos depois, quando os israelitas voltaram do Cativeiro, a primeira coisa que fizeram foi levantar um altar (Ed 3). A verdadeira religião começa com o Calvário.
Matthew Henry tem alguns
pensamentos interessantes com respeito às ofertas dos príncipes. Resumimos o que
ele diz:
No que diz respeito às ofertas dos príncipes, observemos:
1)
Quando foi. Somente depois de o tabernáculo ser levantado (v, 1). Quando tudo
ficara pronto com respeito ao tabernáculo e ao acampamento, então começaram com
as suas contribuições. Provável, mente no oitavo dia do segundo mês. Notemos que
os atos necessários devem ser praticados primeiro, e depois seguem-se as ofertas
voluntárias.
2) Quem ofereceu: os príncipes
de Israel. cabeços das casas dos pais (v. 2), Notemos que os que tem maior
poder ou dignidade devem ir adiante e dar o exemplo aos outros. De quem mais
tem, mais se espera.
3) Que ofereceram. Seis carros
cobertos, e bois, e estes carros não foram recusados, embora nenhum modelo fora
dado sobre o monte. Notemos que não é de esperar que a divina instituição de
ordenanças desça a todos os detalhes que podem ser resolvidos pela nossa
prudência e inteligência.
Logo que o tabernáculo é
levantado, faz-se esta provisão para o caso de sua remoção. Embora estejamos bem
arraigados no mundo, devemos estar preparados para qualquer mudança, conforme a
vontade de Deus. especialmente para a grande mudança deste para o outro mundo.
4) A disposição da oferta. Os carros e bois foram dados aos levitas para o serviço do transporte do tabernáculo.
Os gersonitas, que tinham uma carga leve, receberam dois carros. Os meraritas, que tinham as coisas mais pesadas, receberam quatro carros; e os coatitas, que levavam as peças mais sagradas, não receberam carro nenhum, porque haviam de levar tudo nos ombros (v. 6).
Quando, no tempo de Deus levaram
a arca num carro novo, Deus mostrou seu desagrado, "porque não o buscamos
segundo a ordenança " (1 Cr 15.13).
As ofertas de valores (vv. 12 a
83) são chamadas "dádivas dedicatórias do altar" (v. 84). Notemos:
1) Os príncipes, os homens graúdos, foram os primeiros a adiantar a obra de Deus.
2) As ofertas foram de muito
valor. Alguns objetos, para serviço permanente: pratos, bacias, colheres, etc.
Outros para o gasto imediato - farinha, novilhos, carneiros, etc.
3)
Cada um trouxe sua oferta no seu
dia marcado, e assim a cerimônia durou doze dias, incluindo um ou dois sábados.
Era um serviço santo, próprio para um dia santo.
4)
Todas as ofertas eram idênticas,
demonstrando, assim, que cada tribo tinha igual interesse no altar e igual parte
nos sacrifícios oferecidos ali.
5)
Naassom, príncipe de Judá,
ofereceu primeiro, porque Deus dera a essa tribo o lugar de honra no
acampamento.
6)
Embora sejam idênticas as
ofertas, cada uma é relatada individualmente. Temos certeza de que não há
repetições inúteis na Bíblia, e aprendemos deste caso como Deus toma sentido na
devoção individual do seu povo, e não somente no culto coletivo.
7)
Ao fim, o total de tudo é
mencionado, para declarar que grande soma se faz quando cada um traz a sua
parte. Como o santuário de Deus havia de ser enriquecido nos nossos dias, se
cada crente trouxesse a contribuição que lhe compete na pureza e devoção, na
caridade e serviço!
Depois de tudo isto, Moisés
entra na tenda da revelação e ouve a própria voz de Deus, falando-lhe "de cima
do propiciatório". Isto é o cumprimento de Êxodo 25.22. A voz de Deus é referida
também em Êxodo 19.19 e Deuteronômio 5.22, onde é ouvida por toda a assembléia.
LIVRO De números CAPÍTULO 8
As lâmpadas e o candeeiro (v. 14). Devemos notar que no versículo 2 as palavras da V,B. "O espaço em frente" não estão no original, nem podemos discernir qualquer significação espiritual na iluminação de um espaço.
Provavelmente devemos ler, como dizem Grant e outros expositores, "para iluminar o candeeiro O candeeiro - um tipo de Cristo - sustenta as lâmpadas e as lâmpadas realçam a beleza do candeeiro de ouro que as mantém. O apóstolo disse: "que Cristo seja engrandecido no meu corpo, seja pela morte ou pela vida" (Fp 1.20).
A purificação dos levitas. Aqui
temos (v. 7) um dos "vários batismos" referidos em Hebreus 9.10. "A água de
expiação" é descrita mais detalhadamente no capítulo 19.8, 17. Notemos que não
era a água uma separação suficiente para o serviço deles. Necessitavam também de
vários sacrifícios (v. 8). Não podemos servir a Deus devidamente sem a obra
expiatória da Cruz.
Os levitas foram aceitos, para o
serviço divino, em lugar de toda a congregação, mas, para isso, era necessário
"os filhos de Israel porem as mãos sobre os levitas" (v. 10), identificando-se,
assim, com eles. Além disso, haviam de ser, oferecidos diante de Jeová pelo sumo
sacerdote. Somente por Cristo poderemos oferecer serviço aceitável a Deus.
Notemos no versículo 19 a
descrição do serviço dos levitas. O serviço de qualquer deles podia continuar
por 25 anos (vv. 24,25).
Os levitas - uma dádiva a Aarão
e seus filhos (v. 19). Diz Matthew Henry: "São dados a Aarão e seus filhos, mas
de maneira que seu serviço seja disponível a todo o Israel, Aarão oferece os
levitas a Deus (v. 11) e então Deus os devolve a Aarão (19). Notemos que o que
oferecemos a Deus Ele tomará a dar-nos, e muito para nosso proveito. Nossos
corações, nossos filhos, nossos bens nunca são nossos mais verdadeiramente e
mais vantajosamente do que quando os oferecemos a Deus".
Os levitas haviam de agir pelo
povo. Foram tomados "para fazerem o serviço dos filhos de Israel na tenda da
reunião" (v. 19). Isto é, não somente para fazerem serviços em vez de Israel,
mas também para servirem a Israel em serviços que haviam de redundar em honra,
segurança e prosperidade da comunidade inteira, Notemos que esses que fazem a
obra de Deus fielmente prestam um dos melhores serviços que se pode dar ao
público.
LIVRO De números CAPÍTULO 9
A Páscoa (v. 1-14). A primeira divisão de Números chega a 10.10, e considera o peregrino como guerreiro, obreiro e adorador.
Ao fim desta divisão há três leis:
a lei da Páscoa (9.1-14);
a lei da Nuvem (9.15-23) e
a lei das Trombetas.
Estas leis são dadas em vista da
marcha do Sinai, que havia de começar em seguida. A lei da Páscoa é dada mui
explicitamente: primeiro, o requerimento geral (1-5); depois, casos especiais: o
contaminado (6-12); o desobediente (13); e o estrangeiro (14). A primeira Páscoa
foi observada na noite da saída de Israel do Egito (Êx 12), e a última na semana
da Paixão de Jesus Cristo.
Todos podem valer-se dela, os nativos e os estrangeiros (14), mas ninguém tem o direito de mudar o seu caráter ou modificar as suas exigências. Ao atravessarmos um mundo como este há contaminações que não podemos evitar: semelhantes à poeira que pega nos pés dos viajantes, mas acerca desta contaminação podemos dizer duas coisas: primeiro, que ela não precisa privar-nos da cruz de Cristo, e, segundo, que essa contaminação deve sempre enviar-nos à Cruz (10).
É excluído somente o homem que
não tem lugar na sua vida para o Calvário (v. 13) - (Scroggie).
A nuvem (vv. 15-23). Com este
trecho leia-se 10.1-10, porque os sinais para marchar foram divinos e humanos, a
nuvem e as trombetas. O primeiro fala do Pai nas suas providências, para que
sejamos pacientes e preparados; o segundo, do Espírito nas Escrituras, para
nossa missão e progresso (vv. 29-34); e a Arca era Cristo no meio (10.33).
Pode-se dizer duas coisas referentes à nossa peregrinação cristã; que o tempo da
nossa espera e caminhada é incerto; e segundo, que a direção infalível de Deus é
certa. Devemos estar prontos a parar ou a avançar, e sempre prontos a obedecer
(Scroggie).
LIVRO De números CAPÍTULO 10
As trombetas de prata. Notemos:
1) Seu feitio: de prata, obra
batida (não fundida), e somente duas trombetas. No tempo de Salomão lemos de 120
sacerdotes com trombetas (2 Cr 5.12).
2) Quem havia de usá-las: os
sacerdotes, filhos de Aarão (v. 8). "Isto significa que os ministros de Deus
devem levantar a voz como uma trombeta, para mostrar ao povo os seus pecados (Is
58.1) e chamá-lo a Cristo (Is 25.13)" (Matthew Henry).
3) Quando haviam de ser usadas:
a) para ajuntar a congregação (v. 2);
b) para pôr em marcha as tribos (v. 5);
c) para tocar alarme no dia de batalha (v. 9);
d) para solenizar as festas
sagradas (v. 10).
Os israelitas partem do Sinai
(vv. 11-28). O sinal: a nuvem levantada (v. 11); a marcha: "à ordem de Jeová"
(v. 13). Como é bom quando podemos dizer o mesmo sobre cada mudança de
localidade da nossa parte!
O ponto de parada. Saindo do
deserto de Sinai, descansaram no deserto de Parã (v. 12). As nossas mudanças
aqui no mundo são de um deserto para outro, enquanto Cristo não exercer a
soberania universal.
Hobabe, cunhado de Moisés. O
sogro de Moisés é chamado Reuel aqui em Êxodo 2.18, e Jetro em Êxodo 3.1 e
capítulo 18. Por isso concluímos que tinha os dois nomes. Jetro, que visitara
Moisés no deserto, voltou depois para a sua terra (Êx 18.27), mas parece que seu
filho Hobabe tinha ficado, e agora vemos Moisés convidando-o a servir de guia
(v, 31). Contudo, parece que esse expediente humano não era necessário, porque
"a arca da aliança de Jeová ia adiante deles... para lhes buscar um lugar de
descanso" (v. 33).
Em Juízes 4.11 Hobabe é chamado
"sogro de Moisés mas a palavra hebraica tem as duas significações: "cunhado" e
"sogro".
Este capitulo não diz que Hobabe aceitou o convite de Moisés, mas estudando
Juízes 1.16; 4.11 e I Samuel 15.6 ficamos sabendo que ele aceitou mesmo.
Esta é a primeira vez (v. 33)
que lemos da "arca da aliança
LIVRO De números CAPÍTULO 11
Murmurações dos israelitas.
Depois de uma parada de quase um ano no distrito do Sinai (Êx 19 e Nm 10.11) a
peregrinação dos israelitas continua. Queixam-se. Não mais se contentam com o
"pão do céu". Um dos males que havia com Israel era "a grande mistura de gente"
(v. 4) no seu meio, gente sem espiritualidade e sem fé. A presença de descrentes
na igreja promove muitas murmurações.
Moisés se desanima, e queixa-se
da sua pesada carga. O povo, na sua falta de espiritualidade, pede carne (v. 18)
e o comentário do salmista é que Deus "deu-lhes o que pediram, mas enviou
magreza às suas almas" (Sl 106.15).
Resumimos de Matthew Henry o
seguinte:
A culpa dos murmuradores foi
que:
1.
Engrandeceram as iguarias do
Egito (v. 5), como se Deus lhes fizera um grande mal ao tirá-los dali.
2.
Ficaram enjoados da boa provisão
que Deus lhes fizera (v. 6). Era pão do céu, e para mostrar como era sem razão a
queixa do povo, o maná é aqui descrito (vv. 7-9).
3.
Não podiam contentar-se sem ter
carne para comer. Trouxeram manadas e rebanhos em abundância do Egito, mas por
qualquer razão isto não servia.
4. Duvidaram do poder e da
bondade de Deus, dizendo "Quem nos dará carne a comer?" (v,4), como se não
valesse a pena pedir isso a Deus.
5.
Comeram com gulodice (v. 33),
demonstrando assim a sua carnalidade.
O comportamento de Moisés não
foi muito exemplar:
1.
Ele deu pouco valor à honra que
Deus lhe dera, fazendo-o ilustre instrumento da sua graça na libertação do povo.
2. Ele se queixa demasiadamente de uma pequena tribulação e se importa demais com um cansaço passageiro.
3. Ele engrandece o seu
trabalho, dizendo "puseste sobre mim a carga de todo este POVO" (v. 11).
4.
Não reconhece a sua obrigação de
fazer tudo quanto possível para desempenhar o serviço que lhe fora confiado.
5.
Ele toma responsabilidade demais
sobre si quando diz: "Donde teria eu carne para dar a todo este povo (v. 13),
como se fosse ele o provedor, e não Deus.
6.
Ele tem em pouco a graça divina
quando diz: "Eu só não posso levar este povo" (v. 14). Se a tarefa tivesse sido
muito menor, ele também não teria podido dar conta dela pelas suas próprias
forças, mas se tivesse sido muito maior, pela ajuda divina teria podido agüentar
com ela.
7.
Pior de tudo, ele quer que Deus
o mate, em vez de pedir graça divina suficiente para seu trabalho.
Podemos tomar como texto áureo o
versículo 23: "Porventura é curta a mão de Jeová? " e pensar como a resposta a
tal pergunta pode ter sentido para nós nos dias da nossa provação.
Com respeito à profecia dos setenta anciãos, nom tamos uma diferença de tradução no versículo 25. Figueiredo tem: "e não cessaram de o fazer"; Almeida: ' 'mas depois nunca mais", e V. B. "porém nunca mais o fizeram ' P. Almeida e V. B. têm aqui a tradução correta. (Veja-se R. p. 216.) caso de Eldade e Medade, aprendemos que pode haver ministério da Palavra não somente ' 'á entrada da tenda de encontro", mas também "no arraial"
LIVRO De números CAPÍTULO 12
Uma desinteligência de família.
Notemos neste triste incidente: que a contenda foi promovida por liriã, cujo
nome figura primeiro; que não sabemos se Zípora ainda vivia; que nada se nos diz
da "mulher casita" se era pessoa espiritual ou não; que os queixosos mostraram
inveja e carnalidade; que Moisés mostrou humildade (v, 3); que Deus o defendeu,
sem aludir ao casamento problemático; que o juízo caiu sobre Miriã, a principal
ofensora; que o castigo produziu resultado imediato e suficiente.
Alguns pensam que "a mulher
cusita " se refere ao segundo matrimônio que Moisés contraíra; outros, que é uma
alusão a Zípora com um apelativo de desprezo. Matthew Henry sugere que poderia
ter havido alguma desinteligência entre Miriã e Zipora que motivou a
animosidade.
A queixa não é de Moisés ter
governado mal, mas de ter governado sozinho, e é expressada com a pergunta: "É
verdade que Jeová falou só com Moisés?
Notemos:
O juízo divino sobre Miriã, "A
nuvem retirouse de cima da Tenda", como sinal do desagrado de Deus com os
queixosos, e Miriã é ferida de lepra.
Em seguida Aarão se arrepende e
se humilha (vv. 11,12) confessando a sua culpa e pedindo perdão.
A intercessão de Moisés por
Miriã (v. 13): Ele clamou alto porque a nuvem se retirara, e Deus parecia estar
afastado. Um caso semelhante é quando a
mão paralisada de Jeroboão é restaurada ao pedido do profeta contra quem ela
fora estendida (1 RS 13.6).
O assunto harmonizado: misericórdia e saúde para Miriã; perdão da parte de
Moisés; justiça satisfeita, por Miriã estar excluída do arraial durante sete
dias.
O progresso do povo impedido por
sete dias (v. 15).Isto podia ser uma admoestação para todos os que se sentiram
culpados, como Miriã, de um espírito queixoso. Mostrava também respeito por
Miriã. O povo todo esperou por ela.
Embora saibamos que Moisés escreveu o Pentateuco (Mt 19.7; At 6.14; etc.),
alguns pensam que o versículo 3 foi acrescentado mais tarde por um editor, como
também a narrativa da sua morte em Deuteronômio 34.
LIVRO De números CAPÍTULO 13
Os doze espias. Capítulos 13 e
14 recordam "Á apostasia em Cades-Barnéia ", um acontecimento de imensa
importância, por ser uma das três grandes rebeliões de Israel entre a saída do
Egito e a ida para a Babilônia - um período de 900 anos. A segunda é recordada
em 1 Samuel 8 e a terceira em 1 Reis 12.
Cades, embora a localidade não possa ser agora determinada com exatidão, é um lugar de grande importância histórica, pois marcou o termo da primeira viagem dos israelitas, o começo das suas peregrinações, e o ponto de partida da sua última caminhada. (Leiam-se os versículos 1-3 com Deuteronômio 1.20-25.).
As duas narrativas dão
impressões bem diferentes. A verdade parece ser que a idéia de mandar espias se
originou com o povo, que Moisés aprovou-a (erradamente) e que então Deus
condescendeu com o desejo do povo, para revelar a perversidade dos seus
corações. Leia com cuidado as instruções de Moisés (17-20). Desde o principio ao
fim lançam dúvidas sobre a sabedoria, poder e fidelidade de Deus. Toda essa
informação Deus já tinha dado (Gn 15.18-21; Êx 3.8). Nenhuma investigação humana
pode tornar mais garantido o que Deus já disse.
Os espias foram e voltaram,
Concordaram quanto ao relatório (27-29) mas discordaram quanto ao conselho
(Scroggie).
LIVRO De números CAPÍTULO 14
Querem voltar ao Egito. Notemos
a diferença entre a linguagem da descrença e a linguagem da fé. A descrença diz
que é melhor voltar à escravidão do Egito. A fé diz que "Deus nos introduzirá
nesta terra" (v. 8). Ainda hoje há pessoas que desconfiam do poder de Deus para
satisfazer o seu povo com bênçãos espirituais, e voltam aos prazeres mundanos
aos pecados pelos quais outrora estavam escravizados.
Perdoados, mas proibidos de entrar na Terra (vv. 11-25). "Muitos pecadores acham misericórdia: em verdade, todos os que se refugiam em Cristo acham na, mas muitos filhos de Deus (pecadores perdoados) carecem de entrar no pleno gozo das promessas divinas (nossa 'Terra Prometida por causa da desobediência.
Como Israel outrora, tentam a
Deus (v. 22) e não escutam a sua voz, apesar de toda a sua misericórdia. Assim,
em vez de uma vida vitoriosa em Canaã, e do gozo da sua herança em Cristo, são
obrigados a perambular pelo deserto de dúvidas e receios, de desobediência e
fracasso. A intercessão de Moisés pelos desobedientes faz-nos pensar naquele que
vive para fazer intercessão por nós, e assim nos salva das conseqüências da
nossa loucura" (Goodman).
A presunção da incredulidade (vv. 26-45). Depois de ouvirem a solene sentença de Deus a respeito da sua incredulidade, os rebeldes repentinamente voltam a face e se atrevem a desafiar o julgamento pronunciado: não haviam de morrer no deserto (como outrora desejaram - v.2) nem voltar ao Egito (como tinham falado - v.4). Estão resolvidos a entrar na terra.
A sua loucura tem os sinais
comuns dos pecados presunçosos: a) confessam seu pecado levianamente: "Temos
pecado" (v. 41); b) seguem, apesar de aviso ao contrário (v, 41); c) marcham
sem a Arca do Concerto (v. 44). O resultado foi uma derrota ignominiosa (v. 45).
LIVRO De números CAPÍTULO 15
Diversas leis repetidas. Este
capítulo interrompe a narrativa histórica com instruções referentes a certos
sacrifícios, instruções para serem observadas "quando entrardes na terra" (v.
2). Com certeza esta referência à posse da terra nesse momento - precisamente
quando Israel tinha voltado as costas a ela - é um evidente encorajamento à fé e
uma prova da continuada graça de Deus para com o povo.
Para os pecados de ignorância (vv. 27-29), há sacrifício e há perdão, mas não
para um "adversário" (Hb 10.27) que peca "afoitamente" (v. 30), diz F. W. Grant:
"Sem dúvida há certos pecados que vêm entre os pecados de ignorância, e há os pecados voluntários daqueles que, apesar de terem conhecimento da verdade, demonstram ser 'adversários'. Pedro, no palácio do sumo sacerdote, ilustra o caso. Quando ele com imprecações negou ter conhecimento do 'homem', certamente não era a ignorância que falava; contudo, não era também um 'adversário'.
Tinha ele chegado, por confiança
em si mesmo, a um ponto onde as circunstâncias o venceram, e o medo arrancou
dele palavras iníquas e covardes, para serem mais tarde reprovadas amargamente.
Mas adversário ele não era: e a graça de Deus agiu para com ele restauração.
Tais pecados não são contemplados neste trecho de Números 15".
A punição pela violação do
sábado (vv. 32-36). Notemos que a Lei não admite exceções; quem está debaixo da
lei de Moisés é culpado de um pecado mortal se esquenta seu café ao lume no dia
de sábado.
O crente em Cristo não está
debaixo da Lei, mas debaixo da graça (Rm 6.14); mas ele recebe muita instrução
da santa lei que Deus deu a Israel, e no caso de ele andar sob o controle do
Espírito Santo, a exigência justa da Lei se cumpre nele (Rm 8.4).
LIVRO De números CAPÍTULO 16
A rebelião de Coré, Datã e Abirão. No capítulo 14 os israelitas estão em Cades e em 20.1 estão outra vez em Cades, por isso os capítulos 15 a 19 representam 38 anos, Nestes cinco capítulos descobrimos somente um acontecimento de importância histórica (cap. 16), sendo o restante do trecho maiormente legislativo, e referindo-se ao futuro (15.2).
Durante esses 38 anos a história
de Israel estava paralisada. Israel tinha desobedecido a Deus. e, em vez de
serem peregrinos sob a sua proteção, tornaram-se viajantes da morte. A parte da
nossa vida passada fora da vontade de Deus não é recordada no relatório dele.
Este incidente é de bastante importância para ser referido no X. T. como "a revolta de Coré" (Jd 11).
Coré. primo de Moisés, parece ter tido ciúme de Moisés e Aarão, e conspira com os rubenitas Datã e Abirão para fazerem uma revolta contra esses que Deus tinha apontado como chefes do seu povo.
Podemos dividir este capítulo assim:
a) a revolta (1-15):
b) a prova (16-19);
c) a separação (20-27);
d) o julgamento (28-35).
As pessoas envolvidas na
revolta: Os principais: Coré, Datã e Abirão; -as suas famílias (v. 27); toda a
congregação (v. 19); os 250 homens (v. 2).
Qualidades manifestadas: com Coré e seus companheiros: inveja, presunção,
atrevimento, religiosidade.
Com Moisés: humildade, piedade e
espírito de oração, ira (v, 15), confiança em Deus (v. 16), conciliação,
intercessão (vv. 22,45).
Com Deus: retribuição, justiça
(v. 35), misericórdia (v. 46).
Com o povo: insensatez
espiritual, murmuração, rebelião, falta de espiritualidade.
No versículo 1 devemos preferir
a tradução de Almeida
Os filhos de Coré. Á primeira vista, parece que Coré, Datã e Abirão e suas famílias todos sofreram o mesmo suplício.
Vemos no versículo 27 que os
filhos de Datã e Abirão estiveram junto com os pais em pé, e no versículo 32 que
"todos os homens que pertenciam a Coré, com toda a sua fazenda" foram tragados
pela terra que abriu a sua boca.
Mais adiante, porém, no contexto
remoto do capítulo 26.11, lemos "Todavia não morreram os filhos de Coré"
Sem dúvida eles obedeceram ao
mandado de Moisés, e fugiram do tabernáculo que os rebeldes tinham levantado, e
assim foram salvos,
Estes "filhos de Coré", assim salvos do suplício, e sendo monumentos da graça de
Deus, mais tarde tiveram proeminência no serviço do Templo, "o verdadeiro
tabernáculo", sob Davi e Ezequias (Bullinger)
LIVRO De números CAPÍTULO 17
A vara de Aarão floresce. O sumo
sacerdote, reprovado pelo povo insensato, é manifestamente aprovado por Deus,
mediante um sinal milagroso. Isto faz-nos pensar em Cristo, nosso Sumo
Sacerdote, reprovado pelos homens descrentes, mas elevado por Deus ao supremo
lugar (At 4.11).
Os expositores percebem na vara de Aarão um tipo de ressurreição - evidência de
vida numa vara seca e aparentemente morta. Cristo nosso Sumo Sacerdote vive para
sempre.
"O príncipe de cada tribo trouxe uma vara completamente morta: Deus deu vida
somente à de Aarão. Assim todos os autores das religiões têm morrido, e Cristo
entre eles, mas somente Cristo ressurgiu dos mortos, e foi exaltado a ser o Sumo
Sacerdote diante de Deus (Hb 4.14; 5.4-10)" (Scofield).
LIVRO De números CAPÍTULO 18
A iniqüidade do santuário. (v. 1). É difícil sermos mui positivos sobre o
sentido desta expressão. Matthew Henry oferece os seguintes pensamentos: "Se o
santuário fosse profanado pela intrusão de estrangeiros ou pessoas imundas, a
culpa estaria sobre os levitas e sacerdotes, que deviam ter vedado a entrada de
tais pessoas. Embora o pecador que entrasse presumidamente morresse pela sua
iniqüidade, contudo seu sangue seria requerido dos responsáveis.
na ocasião própria ou de acordo com a ordenança; se qualquer objeto for pedido ou mal colocado na remoção do santuário, vós sacerdotes seríeis os responsáveis".
Os próprios sacerdotes levariam 'a iniqüidade do sacerdócio', isto é, se
negligenciassem qualquer parte do seu trabalho, ou permitissem qualquer outra
pessoa intrometer-se e fazer seu trabalho, a culpa seria deles".
Esta é uma explicação que podemos não achar de todo satisfatória.
F. W. Grant oferece uma interpretação mais espiritual e mais diretamente ligada
com Cristo:
"Aqui vemos um (o nosso Sumo Sacerdote) que é competente para manter seu povo. Por isso vemos a 'iniqüidade do santuário' posta sobre Ele, 'para que não levante outra vez indignação sobre os filhos de Israel' (v.5).
No serviço de intercessão, a casa de Aarão pode tornar parte com Aarão - os sacerdotes inferiores com o sumo sacerdote, mas sempre lembrando que foi a vara do sumo sacerdote que brotou, e que, afinal, tudo está sob a sua responsabilidade.
Assim
Cristo que morreu por nós leva-nos para a plena e final salvação, 'no poder de
uma vida indissolúvel' ('incorruptível', Almeida). Ele sempre vive para fazer
intercessão por nós; junto com o valor de uma obra de eficácia infinita, temos
uma poderosa mão que nos sustenta - tudo posto no poder de quem é 'Filho sobre a
casa de Deus' (Hb 3.6) e, em todo sentido, divinamente competente"
Deveres, direitos e dízimos. O sustento dos sacerdotes vinha dos sacrifícios
(8-20) e o dos levitas dos dízimos (21-32). Mas vemos que os levitas também
eram dizimistas, e desse dízimo deles era dado aos sacerdotes (v. 28).
Aprendemos desta contribuição dos levitas que o ministério paga seu tributo ao
culto de adoração, e do melhor que tem (v. 29). Como é agradável perceber em
tudo isto que Cristo deseja e recebe a sua parte do serviço espiritual (Grant).
LIVRO De números CAPÍTULO 19
A novilha vermelha. "Este notável tipo é interpretado para nós em Hebreus 9.13. Trata-se do caso de um povo remido ser contaminado por contato com a morte, isto é, um verdadeiro crente ocupar-se novamente com as coisas mortas do seu tempo de incredulidade, e assim pecar, de maneira que a sua consciência fica contaminada.
Um filho de Deus precisa guardar sempre uma boa consciência perante Deus e os
homens. Isto devia ser seu "regozijo", o testemunho da sua consciência quanto à
sua simplicidade e sinceridade perante Cristo (2 Co 1.12). Quando a sua
consciência novamente o acusa, ele é como o israelita que tocou no morto e
carecia da "purificação da carne" mediante as cinzas da novilha.
"A novilha foi sacrificada somente uma vez, e as suas cinzas foram guardadas para uso futuro. Assim Cristo morreu uma vez, para nunca mais morrer. Seu sacrifício, 'um sacrifício pelos pecados' (Hb 10.10-14), santificou o seu povo uma vez para sempre, e os aperfeiçoou. Se eles se contaminam novamente pelo contato com coisas mortas, não é necessário que Cristo morra outra vez, nem que sejam remidos novamente.
Uma vez arrependidos, banhados, são de todo purificados (Jo 13.10) e necessitam apenas da lavagem dos pés. Assim as cinzas da novilha são um símbolo do único e perfeito sacrifício. O 'espargir' (v. 18) da água com cinzas simboliza a fé que aplica ao coração a memória da morte expiatória, e que reconhece a sua continuada eficácia.
Precisa-se da 'água da purificação' (v.9),
isto é, da Palavra de Deus aplicada ao coração, e da obediência que resulta em
renunciar as coisas iníquas" (Goodman).
"As cinzas da novilha não eram para quem pecou atrevidamente, como fez Coré e os
que com ele estavam mas para aqueles que inconscientemente contraíram alguma
contaminação (v. 11). A imundícia não é menos imunda quando é inevitável ou
inconsciente. Cada um nas suas ocupações diárias tem contatos que sujam. O meio
de purificação para nós se encontra em Cristo, mas precisa ser apropriado e
aplicado (vv. 11-12)" scroggie.
LIVRO De números CAPÍTULO 20
A rocha novamente ferida. Outra vez a falta de água e outra vez a murmuração. O
povo está cheio de queixas, e briga com Moisés.
Entre os capítulos 14 e 20, os israelitas têm andado no deserto por 33 anos.
Toda uma geração pereceu, e agora os filhos chegam ao lugar Cades - onde seus
pais tinham apostatado. Eles murmuraram como seus pais fizeram, e pelo mesmo
motivo (Êx 17): não houvera progresso espiritual.
"Em Horebe, e também em Cades, o Senhor misericordiosamente fez provisão pela necessidade do povo, dando-lhe água, mas indicou um modo diferente. Em Horebe mandou ferir a rocha, mas aqui Ele diz: 'falai à rocha' (v. 8). A palavra hebraica para rocha não é a mesma em ambos os casos, mas em ambos 'a rocha é Cristo' (1 Co 10.4).
Em Horebe, Cristo ferido;'em Cades, Cristo suplicado. A significação da diferença vê-se na severidade do castigo que seguiu à desobediência de Moisés (v. 12). Cristo não pode ser ferido mais de uma vez; desde então o recurso que há nele se obtém mediante a oração" (Scroggie).
Evitando contenda entre irmãos (vv. 14-21). "Embora Esaú fosse homem 'profano', contudo Deus o abençoou com a boa terra do monte Seir, ao sudeste do mar Morto. Para entrar na Palestina, Israel devia passar por este distrito montanhoso, onde há poucos desfiladeiros.
Embora os israelitas apelassem para o rei de Edom pelo
seu 'irmão Israel' (v. 14 - Jacó era irmão gêmeo de Esaú) não somente o pedido
foi repelido, mas foram atacados violentamente, Porém a falta de fraternidade de
Edom mais tarde trouxe o juízo sobre a terra, como aprendemos de Obadias, 10.15"
(Goodman).
LIVRO De números CAPÍTULO 21
A serpente levantada (vv. 1-9). "A serpente de metal é um tipo de Cristo feito
pecado por nós' (Jo 3.14, 15; 2 co 5.20) e levando ao juízo que nós merecíamos"
(Scofield).
"O meio de salvação e vida era 'Olhar... e viver'. Olhar é a mais simples
expressão da fé. Inclui dirigir a atenção para Cristo; observá-lo; esperar dele;
depender dele. Dava-se vida a quem olhasse. Notemos o cuidado do Espírito Santo
no emprego das palavras. Não diz 'foi sarado' ou 'melhorou', mas 'vivia'. A vida
eterna é dom de Deus" (Goodman).
Notemos neste trecho que a murmuração dos israelitas esta vez foi "por causa do caminho ": falta de pão e água, e aborrecimento do maná (v.5). Se porventura o crente alguma vez chegar a ter fastio do "pão do Céu", que pensa fazer se quer ficar sem Cristo: sem a proteção de um grande amigo, sem a direção de um divino guia, sem o ensino de um sábio mestre, sem a expiação de uma obra redentora, sem os socorros do seu Sumo Sacerdote, sem a esperança da Segunda Vinda?
A caminhada e o conflito (vv. 10-35). Os inimigos ao leste do Jordão eram
diferentes dos cananitas ao oeste. Aqueles eram todos relacionados com Israel:
eram inimigos que podiam ter sido amigos se não tivesse havido desinteligência
entre parentes no passado.
Devemo-nos preparar hoje para o dia de amanhã. Não
havemos de pensar que essa gente se tenha oposto a Israel por querer combater
contra Deus, mas sua oposição chegou a ser isso mesmo.
Notemos que as vitórias ao leste do Jordão deram às duas tribos e meia a sua
herança futura (32,33). Isto era um benefício duvidoso. Ficaram, afinal, aquém
da terra prometida. E nós temos entrado, porventura, em todos os benefícios
espirituais que Deus deseja proporcionar-nos? Ou estamos contentes em ter "um
bilhete para o Céu" e mais nada?
LIVRO De números CAPÍTULO 22 a 24
Balaão, o profeta. Balaão é o tipo do profeta mercenário, que procura vender seu
dom. Isto é o caminho de Balaão (2 Pe 2.15), e caracteriza os ensinadores
falsos.
O erro de Balaão (Jd 11) era que podia enxergar apenas a moralidade natural, e
por isso ele calculou que um Deus santo havia forçosamente de amaldiçoar um povo
rebelde como Israel. Como todos os ensinadores falsos, ele ignorava a moralidade
mais sublime de uma expiação vicária, pela qual Deus podia ser justo e contudo o
justificador dos pecadores arrependidos e crentes (Rm 3.26).
A doutrina de Balaão (Ap 2.14) se refere ao seu ensino a Balaque sobre como
podia corromper o povo ao qual não podia amaldiçoar (Nm 25.1-3 e 31.16 e Tg
4.4) (Scofield).
"Um jumento mudo... refreou a loucura do profeta" (2 Pe 2.16). "A loucura de Balaão consistia em ele perseverar num curso errado depois de ter recebido expressa ordem do Senhor: 'Não irás!.. não amaldiçoarás!'
Tornar a interrogar a Deus depois disto, era pedir a resposta que recebeu, que veio a ser. praticamente: 'Muito bem: segue o teu próprio caminho, e aprende pela experiência o teu erro'.
E contudo Deus marcou uma condição que Balaão não
atendeu: 'Se os homens te vierem chamar' (v. 20). "Para a fé não há dificuldade
em a jumenta falar com voz humana. Se os homens podem ensinar um papagaio a
falar, por que dizer que Deus não pode ensinar uma jumenta a fazer uma coisa
parecida?" (Goodman).
É preciso ler 23.23 na V.B. Em 22.22 devemos traduzir: "A ira de Deus
acendeu-se, porque ele estava resolvido a ir .
O versículo 17 deve ler-se: "uma estrela procedeu" (R. 118)
LIVRO De números CAPÍTULO 25
O pecado de Peor. Vemos agora o resultado funesto do iníquo conselho de Balaão
(Nm 31.16), e Israel seduzido à idolatria e à imoralidade. O zelo e energia de
Finéias vingou o mal, e 'fez expiação pelos filhos de Israel' (v. 13).
Neste capítulo vemos os moabitas e midianitas identificados (vv. 1 e 14,16).
LIVRO De números CAPÍTULO 26
Segunda numeração das tribos. Podemos comparar esta numeração, feita uns 38 anos
depois com aquela descrita no capitulo primeiro, e ver que com algumas tribos
houve aumento e com outras diminuição. E ao mesmo tempo podemos pensar se
porventura nossa vida espiritual, e nosso desejo pela verdade de Deus, aumentam
com o decorrer do tempo.
Em forma de tabela as duas listas são as seguintes:
|
cap. 1 | cap. 26 | |
Rúben |
46.500 | 43.730 | (menos) |
Simeão |
59.300 | 22.200 | (menos) |
Gade |
45.650 | 40.500 | (menos) |
Judá |
74.600 | 76.500 | (mais) |
Issacar | 54.400 | 64.300 | (mais) |
Zebulon |
57.400 | 60.500 | (mais) |
Manassés |
32.200 | 52.700 | (mais) |
Efraim |
40.500 | 32.500 | (menos) |
Benjamim |
35.400 | 45.600 | (mais) |
Dan | 62.700 | 64.400 | (mais) |
Aser | 41.500 | 53.400 | (mais) |
Naftali |
53.400 | 45.400 | (menos) |
TOTAIS
|
603.550 | 601.730 | |
Levi |
23.000 |
Visto que foram numerados somente os homens de 20 anos para cima, devemos
multiplicar por quatro para saber aproximadamente o total dos israelitas
incluindo mulheres, velhos e crianças.
LIVRO De números CAPÍTULO 27
A morte de Moisés predita (vv, 12-14). Vê Moisés a terra
prometida; nela, porém,
não entra, devido à sua desobediência. Avista-a de longe, do alto da montanha, e
percebe as suas belezas naturais sem ver detalhadamente todas as coisas imundas
e a idolatria daquela terra. Muitos séculos depois ele põe seu pé na terra,
sobre outro monte, e, junto com Elias, conversa com o seu Salvador sobre essa
morte expiatória que ia para sempre anular o pecado que séculos antes tinha
vedado a sua entrada em Canaã.
Deus, que retira seus servos, continua sua obra, e Josué é apontado para chefiar
o povo de Israel e levá-lo para a Terra Prometida.
Moisés viu a Terra do monte Abarim (Nm 27.12) ou Pisga (Dt 3.27) ou Nebo (Dt
3'2.49). Pisga é parte dos montes de Abarim, dos quais Nebo é o pico mais alto
(A. 415).
LIVRO De números CAPÍTULO 28 e 29
Várias ofertas. Notemos como Deus instruía seu povo durante a sua infância
espiritual por meio de símbolos e figuras, por sacrifícios e cerimônias, e como
mais tarde, no Novo Testamento, mudou por completo, e ensinou por parábolas e
preceitos.
Não devemos imaginar que Deus tivesse algum prazer em cheirar a carne queimada
de um cordeiro, mas queria preocupar seu povo continuamente com a verdade da
expiação.
LIVRO De números CAPÍTULO 30
Israel debaixo da Lei estava sujeito à lei dos vou tos, Israel nunca cumpriu seu
voto de perfeita obediência à lei de Deus (Êx 19.8). No terreno do legalismo
eles fracassaram e nós também.
"Por isso o Senhor, no sermão da montanha,
proíbe tomar o compromisso de um
voto: 'Tendes ouvido que foi dito aos antigos: não jurarás falso, mas cumprirás
para com o Senhor os teus juramentos. Eu, porém, vos digo que absolutamente não
jureis' (Mt 5.33,34). Isto é baseado naquela imperfeição humana que a Lei
demonstrou ser a sua condição moral" (Grant).
LIVRO De números CAPÍTULO 31
Vitória sobre os midianitas. Vemos que nesta batalha Balaão morre (v. 8), mas
não morre da morte que desejara: a de um justo (23.10). Identificando-se com os
inimigos do povo de Deus, partilhou da sorte deles.
Diz Matthew Henry: "Este trecho (vv. 7-12) fala da descida do pequeno exército de Israel (que estava sob a divina comissão, conduto e comando) sobre o país de Midiã. 'Pelejaram contra Midiã'.
É bem provável que primeiro tenham publicado seu manifesto, mostrando os motivos da guerra e exigindo a entrega dos responsáveis pela grande iniqüidade, pois isso depois veio a ser lei (Dt 20.10; Jz 20.12,13).
Mas os midianitas, não justificando seus atos e apoiando os
responsáveis, foram atacados pelos israelitas com fogo e espada, e cheios de
zelo santo"
"Mataram todos os homens" (v. 7), isto é, os homens com quem se encontraram.
Sabemos que não mataram todos os homens do país, pois vemos Midiã como um
poderoso e formidável inimigo nos dias de
Gideão.
"Mataram os reis de Midiã" os mesmos que são chamados anciãos de Midiã (22.4) e
príncipes de Seom (Js 13.21).
"Também mataram Balaão". Há várias conjeturas sobre o que motivara estar Balaão entre os midianitas nesse tempo. Pode ser que os midianitas, tendo notícias da marcha de Israel, tivessem mandado buscar Balaão para os ajudar com seus encantamentos; ou, se ele não pudesse agir ofensivamente contra Israel, ao menos agisse defensivamente, invocando uma bênção sobre Midiã.
Qualquer que fosse o motivo de
ele estar ali, foi uma providência divina que agiu no caso, e ali a justiça o
atingiu.
"Matança das mulheres" (v. 17). Ê preciso lembrar que as mulheres midianitas
tinham sido um laço especial para os israelitas.
LIVRO De números CAPÍTULO 32
Duas tribos e meia escolhem a sua sorte aquém do Jordão. Diz Matthew Henry:
"Muita gente procura seu próprio interesse e não o bem geral nem os interesses de Cristo, e assim fica aquém da Canaã celestial.
A escolha dessas tribos importa:
1) um desprezo da terra prometida;
2) uma desconfiança do poder de Deus;
3) uma negligência dos interesses dos seus irmãos;
4) uma consulta baseada
nos seus próprios interesses e riquezas. É para notar-se que estas tribos, as
primeiras a serem colocadas, anos depois foram as primeiras a serem
desapossadas".
"Nós, porém, nos armaremos... diante dos filhos de Israel" (v. 17). Isto não quer dizer que todos os homens foram à guerra.
No último censo havia de Rúben 43.730, de Gade 40.500 e de Manassés 52.700, da qual a metade é 26.350, perfazendo um total de 110.580.
Ora Josué 4.13 diz-nos que 40.000 atravessaram o
Jordão, por isso ficaram 70.580 homens para defender as famílias.
LIVRO De números CAPÍTULO 33 e 34
No capítulo 33 temos uma lista dos pontos visitados pelos israelitas desde que
partiram do Egito "aos quinze dias do primeiro mês" (v. 3) até afinal
acamparem-se "junto ao Jordão... nas planícies de Moabe" (v. 49). Uma lista
comprida que, hoje em dia, não parece ter muito interesse ou instrução para nós.
Mas não podemos dizer que carece inteiramente de ensino sem investigar o sentido
de cada nome recordado, e sua possível significação para um povo peregrino.
LIVRO De números CAPÍTULO 35 e 36
Cidades dos levitas e cidades de refúgio. "As cidades de refúgio são tipos de
Cristo como o abrigo do
pecador do juízo vindouro (Êx 21.13; Dt 19.2-13; Sl
46.1; 142.5; Is 4.6; Rm Fp 3.9; Hb 6.18,19) (Scofield).
O refúgio era para o homicida involuntário, não para o assassino. Alguns
percebem sentido na significação dos nomes das cidades. Consulte o "Pequeno
Dicionário Bíblico".
O casamento das herdeiras. Sobre isto Grant comenta:
"Aqui mais uma vez aparecem as filhas de Selofade (referidas primeiro em 27.1-11) mediante a representação dos chefes das famílias de Manassés.
A primeira sentença a seu favor tinha garantido que a herança de seu pai lhes pertencia, mas havia o perigo, no caso de contraírem casamento fora da tribo, de que a herança passasse para qualquer outra tribo. e assim toda a estabilidade para posse segundo as tribos fosse prejudicada. Ordenou-se, por isso, que em tal caso a herdeira casasse dentro da tribo e assim a herança da tribo seria garantida perpetuamente.
Tudo tinha de ceder à primeira necessidade, isto é, que
a herança determinada por Deus ficasse com a tribo que Deus determinara. Nada
havia de mudar isto, nada. Bendito seja Deus, que não há de impedir qualquer um
dos seus do gozo eterno da herança preparada".
REFERÊNCIAS AO LIVRO DE NÚMEROS NO NOVO TESTAMENTO
Nm 12.7 - Moisés fiel em toda a sua casa (Hb 3,5,6).
Nm 14.16 - Prostrados no deserto (1 Co 10.5 e Hb 3.17).
Nm 16.5 - "Jeová mostrará quem são os seus" (2 Tm 2.19).
Nm 17.8 - A vara de Aarão floresce (Hb 9.4).
Nm 19.1-9 - A respeito da bezerra ruiva (Hb 9.13).
Nm 22.5 - Balaão, filho de Beor ou Bosor (2 Pe 2.15, Jd 11 e Ap 2.14).
Nm 24.6 - Como árvore do sândalo, que o Senhor plantou (Hb 8.2).
A comparação "como ovelhas que não têm pastor" aparece pela primeira vez em
Números 27.17. Compare-se com 1 Reis 22.17; 2 Crônicas 18.16; Ezequiel 34.5;
Zacarias 10.2 e no Novo Testamento com Mateus 9.36 e Marcos 6.34 (Angus).
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