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Levítico

LIVRO DE LEVÍTICO

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INTRODUÇÃO:

Levítico está em relação ao Êxodo como as Epístolas, aos Evangelhos. Êxodo fala da redenção, e põe a base da purificação, do culto e do serviço de um povo remido. Levítico dá os detalhes do andar, do culto e do serviço desse povo. Em Êxodo Deus fala desde o monte, ao qual era proibido chegar; em Levítico Ele fala desde o tabernáculo, onde habita no meio do povo, e diz-lhe o que convém à sua santidade na aproximação desse povo a Ele mesmo, para com Ele ter comunhão.

 

A palavra-chave de Levítico é "santidade" que ocorre 87 vezes. O versículo-chave é 19.2.

 

Levítico tem nove principais:

 

1) As ofertas (cap. I a 6.7).

2) A lei das ofertas (6.8 a 7.38).

3) Consagração (8.1 a 9.24).

4) Uma transgressão e um exemplo (10.1-20).

5) Um Deus santo exige um povo santo (caps. II a 15).

6) Expiação (cap. 16).

7) A conduta do povo de Deus (caps. 17 e 22).

8) As festas de Jeová (cap. 23).

9) Instruções e avisos (caps. 24 a 27).

 

ANÁLISE DE LEVÍTICO

 

1. O Caminho para Deus mediante o sacrifício, um privilégio (caps. 1 a 10).

A Obra do Filho por nós - Judicial: O que Ele é e faz.

1.1 A lei das ofertas - Oblação (caps. 1 a 7):

holocausto; manjares; pacífica; pecado; transgressão.

1.2 A lei do sacerdócio - mediação (caps. 8-10), Consagração (cap. 8); inauguração (cap. 9); transgressão (cap. 10).

 

2. O Andar com Deus pela santificação. (Prática) (caps. 11 a 25).

A Obra do Espírito em nós! Experimental: o que havemos de ser e fazer.

2.1 A lei da pureza. Separação (caps. 11-16).

    a. O requerimento (caps. 11-15).

    b. O fornecimento (cap. 16).

2.2 A lei da santidade. Santificação (caps. 17 a 25).

    a. O requerimento (caps. 17 a 24).

    b. O fornecimento (cap. 25).

 

3. Conclusão (cap. 26), referente ao Concerto.

4. Apêndice (cap. 27), referente aos votos.

 

 


MENSAGEM DE LEVÍTICO
 

Para entender Levítico devemos entender o que já temos estudado. Em Gênesis temos um povo escolhido de Deus; em Êxodo, um povo libertado por Deus: sua vontade revelada na Lei, e sua presença no tabernáculo.

Em Levítico se nos diz como se pode aproximar de Deus e o que Ele requer daqueles que estão na sua presença.

Em outras palavras, temos em Gênesis, eleição divina; em Êxodo libertação divina, e em Levítico culto divino. As lições ensinadas aqui são duas, e são propostas com tanta clareza e ênfase que é impossível perder a sua significação. São estas:
 

1. O caminho para Deus é somente pelo sacrifício (caps. 1 a 10).
 

2. 0 andar com Deus é somente pela santificação (caps. II a 27).
 

O primeiro se refere ao privilégio; o segundo, à prática. Ao considerar o primeiro, devemos nos lembrar de que o povo contemplado não é de pecadores separados de Deus, como as em redor, mas é o seu povo escolhido.

 

Não fala dos sacrifícios da redenção. porque esta foi efetuada pelo sangue espargido da Páscoa (Êx 12), mas fala de como pode ser mantida a relação com Deus para a qual o povo fora levado, e constitui uma maravilhosa revelação do que a morte de Cristo significa para com Deus, e deve ficar para nós.

É muito importante compreender isto. No começo da vida cristã, a única idéia que se costuma ter do Calvário é que ali morreu alguém para salvar as nossas almas da culpa do pecado-e purificar-nos dos nossos pecados; mais tarde, porém, na nova vida começamos a compreender os muitos e diversos aspectos desse sacrifício, simbolizados em Levítico; e somente quando compreendemos bem essa obra da Graça é que entramos na plenitude da bênção do Evangelho.

 

Em 1 João 1.5 a 2.1 temos a aplicação deste assunto de Levítico. O grande fato é que o homem pecador pode aproximar-se de Deus, mas somente da maneira apontada. Para Israel, acesso a Deus era possível somente no lugar que Ele escolhera e mediante o mediador que Ele apontara, e bem como pelos sacrifícios e ordenanças que Ele determinara.

Nem sacerdote nem levita tinha liberdade para inventar qualquer outro método de aproximação, ou acrescentar detalhe algum à ordem divina (Rm 5.1,2; Ef 2.18).
 

A segunda parte do livro trata do "andar" de Israel (e do nosso) para com Deus, que é baseado sobre nossa relação com Ele. Relacionamento é sempre a primeira coisa, comunhão sempre a segunda; e comunhão pelo andar, isto é, pelo proceder: "Se andarmos... temos comunhão" (1 Jo 1.7). (Ver Gênesis 5.24; Amós 3.3; Efésios 4.1; 5.2,8,15.).

 

A coisa que há de caracterizar-nos, e sem a qual não podemos andar com Deus de maneira alguma, é a santidade. Entre os capítulos 11 e 16 a palavra "limpo", ou seu equivalente, ocorre mais de 160 vezes, mostrando claramente onde deve cair a ênfase.

 

Purificação é tanto a condição como a conseqiiência de andar com Deus, e um cuidadoso estudo desta parte do livro mostrará que a santidade prática deve caracterizar a nossa vida, sem omitir coisa alguma. (Consultar 1 Coríntios 10.31; Colossenses 3.17; I Pedro Tudo deve ser marcado com "Santidade ao Senhor". A base e motivo de tudo é "Porque eu sou santo' .

 

Mais uma ou duas observações poderão ser úteis:

 

1. O equivalente de Levítico no N.T. é Hebreus. Esses livros devem ser lidos conjuntamente.

2. O capítulo central de Levítico é 0 16, que fala do grande Dia da Expiação.

3. Com exceção dos capítulos 8-10 e 24.10-12, Jeová mesmo dá todas as instruções neste livro.

4. O livro é um cumprimento de Êxodo 25.22.

5. O livro é referido ao menos 40 vezes no N.T.

6. Os assuntos que devem receber especial atenção em Levítico são : as ofertas; o sacerdócio; o grande Dia de Expiação; e a vida santa (Scroggie).
 

As crianças aprendem melhor por meio de coisas e figuras do que por argumentos e razões. Tenho visto uma palmatória pendurada num lugar bem à vista para fazer lembrar às crianças que a desobediência resulta em dor.

Na infância da raça quis Deus ensinar o seu povo que o pecado importa, não somente em dor, mas em morte, e serviu se dos sacrifícios como lições objetivas para esse fim. E ao mesmo tempo, por método idêntico, ensinou em figura outras lições espirituais, como substituição, expiação, santidade, etc.

Quem desejar compreender isto melhor pode ler "Á História de um Sacrifício" no livro "Palestras com os Meninos"
 

Levítico trata do ritual da Lei. Quem desejar seguir a história de Israel precisa passar de Êxodo a Números,
 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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LIVRO De levíticO CAPÍTULO 1

 

As ofertas de suave cheiro. As ofertas de suave cheiro são assim chamadas porque tipificam Cristo na sua própria perfeição e na sua dedicação à vontade do Pai. As ofertas sem suave cheiro tipificam
 

Cristo levando toda a culpa do pecador. Ambas têm o caráter de substituição. Por amor de nós, Cristo, no holocausto, supre a falta da nossa devoção, e, nas ofertas pelo pecado e pela transgressão, sofre por nossas desobediências.
 

O holocausto. O holocausto simboliza Cristo oferecendo-se sem mácula a Deus (Hb 9.14) no seu desejo de fazer a vontade do Pai, mesmo até a morte, Tem valor expiatório, porque o crente nem sempre tem tido esse prazer de fazer a vontade de Deus; tem valor de substituição (v. 4), porque Cristo morreu em vez do pecador.

Mas o pensamento de castigo não é saliente (Sl 40.6-8; FP 2.8; Hb 9.11-14; 10.5-7). As expressões principais (Lv 1.3-5) são "holocausto "da sua própria vontade" (Almeida), "aceitação", e 'expiação '
 

Os animais aceitáveis para sacrifícios são cinco:

    1) novilho ou boi, simboliza o Servo paciente (1 co 9.9,1(); Hb obediente até a morte (Is 52.13-15; FP 2.5-8). A oferta neste caráter é como substituto, visto que o ofertante não tem sido obediente assim.
 

    2) A ovelha simboliza Cristo submisso, mesmo nessa fase da morte sobre a cruz (Is 53.7; At 8.32-35).
 

    3) A cabra simboliza o pecador (Mt 25.33). e quando empregada em sacrifício, simboliza Cristo "contado com os transgressores" (Is 53.1'2• LC 23.33), e "feito pecado" e "maldição" ('2 co 521; Gl 3,13), como substituto do pecador.
 

(4 e 5) Rolas ou pombinhos. Símbolos de tristeza e inocência (IS 38.14, 59.11; Mt 23.37; Hb 7.26), associados com a pobreza em Levítico 5.7; falam de quem por amor de nós se fez pobre (Lc 9,58) e cujo caminho de pobreza começou com o lagar "a forma de Deus " e terminou com o sacrifício pelo qual fomos enriquecidos (2 co 8.9; Fp 2,6-8) (Scofield).
 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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LIVRO De levíticO CAPÍTULO 2

As ofertas de suave cheiro.

 

2) A oferta de manjares. Na oferta de manjares a flor de farinha fala da igualdade do caráter de Cristo; dessa perfeição em que nenhuma qualidade era excessiva e nenhuma ausente;

 

o fogo tipifica sua provação pelo sofrimento, mesmo até a morte;

o incenso, a fragrância da sua vida perante Deus (Êx 30,34-37),

a ausência de fermento: seu caráter como "a Verdade" (Êx 12.15),

a ausência de mel: nele não havia a mera doçura natural que pode haver onde não existe a graça de Deus,

o azeite misturado: Cristo nascido do Espírito (Mt 1.18-23); ungido com azeite: Cristo batizado pelo Espírito (Jo 1.32; 6.27);

o forno: os sofrimentos ocultos de Cristo (27.45,46; Hb 2.18);

a frigideira: seus sofrimentos mais evidentes (Mt 27.27-31);

o sal, o sabor da verdade. de Deus - aquilo que impede a ação do fermento (Scofield).
 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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LIVRO De levíticO CAPÍTULO 3

 

As ofertas de suave cheiro.

 

3) As ofertas pacíficas- "A oferta pacífica fala de paz com Deus consumada, do homem reconciliado, e da salvação realizada.

Por isso, a oferta, em vez de subir a Deus como o holocausto, ou ser dada ao sacerdote como a oferta de manjares, fornece, em figura, uma refeição em que Deus, o sacerdote e o ofertante se encontram. Porque, se temos paz com Deus. isso não pode ser meramente a paz: Deus na obra da salvação satisfaz o seu próprio coração, e atrai o nosso a Ele.

 Assim a oferta pacifica é também a oferta de louvores, e. mais do que qualquer outra. a expressão da boa vontade do ofertante, sendo também (junto com o holocausto e a oferta de manjares) um suave cheiro para Deus" (Grant).
 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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LIVRO De levíticO CAPÍTULO 4

 

As ofertas sem suave cheiro.

 

1) Sacrifício pelo pecado. O sacrifício pelo pecado, embora simbolize Cristo, simboliza-o carregando o pecado no lugar do pecador, e não, como nas ofertas de suave cheiro, onde Cristo é visto na sua própria perfeição. É a morte de Cristo como no Salmo 22; Isaías 53; Mateus 26.28; 1 Pedro 2.25 e 3.1-8, Mas repare como a essencial santidade daquele que foi "feito pecado por nós" (2 Co 5.21) é resguardada, sacrifícios pelo pecado têm aspecto de expiação e substituição (LV 4.12, 29,35).
 

"Fora do arraial" (v. 12), (Compare com Êxodo 29.14; Levítico 16.27; Números 19.3; Hebreus 13.10-13.) Este último trecho é a chave. O arraial era o judaísmo - uma religião de formas e cerimônias. "Jesus também, para que santificasse o povo pelo seu sangue, sofreu fora da porta" (Hb 13.13). — Mas como é que isto santifica um povo?

 

Santifica quando obedecemos a isto: "Saiamos, portanto, a Ele fora do acampamento fora do judaísmo; fora de um cristianismo cerimonial; fora de qualquer meio religioso que o nega como o sacrifício pelos pecados levando o seu opróbrio (v. 13).

 

A oferta pelo pecado, queimada fora do arraial, tipifica este aspecto da morte de Cristo. A Cruz vem a ser um novo altar, um novo lugar, onde, sem terem o mínimo merecimento em si, os remidos se reúnem. como crentes sacerdotes, para oferecerem sacrifícios espirituais (Hb 13.15; 1 Pe 2.5) .
 

Os corpos dos animais das ofertas pelos pecados não eram queimados fora do arraial (como alguns têm pensado), por estarem "impregnados do pecado", e impróprios para um arraial santo. Pelo contrário, um arraial impuro era um lugar impróprio para um sacrifício santo, O corpo morto do nosso Senhor não estava impregnado do pecado. embora nele tivessem sido levados os nossos pecados (1 Pe 2.24) (Scofield).

 

Nas "Notas de Sermões" de C.H. Spurgeon encontramos somente um caso sobre Levítico, mas esse é tão bom que merece ser traduzido para o V.T. Explicado:

 

"Levítico 4.29: 'Porá a mão sobre a cabeça da oferta do pecado".

 

"Aqui temos uma figura da maneira pela qual um sacrifício vem a ser eficaz para o ofertante. Ação idêntica é prescrita nos versículos 4,15,24,33 e em outros lugares; é por isso importante e instrutiva.
 

"O problema com muitas pessoas é como obter um interesse em Cristo de maneira que sejam salvas por Ele. Não podemos investigar um assunto de mais importância.
 

"E certo que isto é absolutamente necessário para todos; mas, infelizmente, tem sido negligenciado por muitos. Em vão morreu Cristo se não há fé nele

É um assunto que necessita ser atendido imediatamente.
 

"Mostra-nos o versículo, numa figura, a resposta à pergunta Corno pode o sacrifício de Cristo chegar a ser eficaz para mim?

Aprendermos:
 

I) A significação do símbolo;


     1) Importava numa confissão de pecado: de outro modo não seria preciso uma oferta.
 

 a. Acrescenta-se a isto uma confissão do merecido castigo, porque a vítima havia de ser morta.
 

b. Havia o abandono de quaisquer outros meios de remover o pecado. As mãos eram vazias, e postas sobre a oferta pelo pecado somente.
 

c. Podemos fazer isto com Cristo crucificado, pois somente pela Cruz foi o pecado removido.
 

2) Importava num consentimento com o plano de substituição.

 

a. Alguns duvidam da justiça e certeza deste método de salvação; aquele que porém quer ser salvo não faz isso, pois vê que Deus mesmo é quem sabe melhor qual o método correto. e, se Ele. aceita o substituto, nós bem podemos aceitá-lo.
 

b. A substituição grandemente honra a lei de Deus, e vindica a sua justiça.
 

c. Não existe outro plano de salvação que enfrente a problema da expiação do pecado. O sentimento de culpa não encontra satisfação de outra maneira. Mas esta traz descanso à consciência mais sensitiva.

 

3)  Importava numa aceitação da vítima.
 

a. Jesus é o mais natural substituto, porque Ele é o segundo Adão, o segundo cabeça da raça, o homem verdadeiro.
 

b. É o único exclusivamente competente para oferecer satisfação, por ter uma perfeita humanidade ligada com sua divindade.
 

c. Somente Ele é aceitável a Deus: bem pode ser também aceitável a nós.

 

4) Importava numa transferência do pecado mediante a fé.
 

a. Pela imposição das mãos, o pecado era, em figura, transferido para a vítima.
 

b. Era posto ali, para não estar mais sobre o oferta.

 

5) Importava numa dependência da vítima.
 

a. Porventura não há um apoio seguro em Jesus para o coração dependente?
 

b. Considera a natureza do sofrimento e morte pelo que a expiação foi feita, e descansarás nela.
 

c. Considera a dignidade e valor do sacrifício por quem a morte foi sofrida. A glória da pessoa de Cristo aumenta o valor da sua expiação (Hb 10.5-10).
 

d. Considera que nenhum dos santos agora no Céu tem tido qualquer outro sacrifício expiatório. 'Jesus somente' tem sido a esperança de todos os justificados. 'Ele ofereceu para sempre um só sacrifício' (Hb 10.5-10).
 

e. Todos os salvos descansam ali somente, por que não tu, e todos os espiritualmente necessitados?

 

II) A simplicidade do símbolo.

 

1) Não havia nenhuns ritos antecedentes. Ali está a vitima, e as mãos postas sobre ela: nada mais. Não acrescentamos a Cristo nem prefácio nem retrospecto: Ele é o Alfa e o Omega.
 

2) O ofertante tinha em todo seu pecado. Foi para ter seu pecado tirado que o ofertante trouxe o sacrifício: não porque ele já o tivesse tirado.
 

3) Não trazia nada na sua mão, de merecimento ou preço.
 

4) Não tinha nada sobre a mão. Nenhum anel de ouro pra indicar riqueza: nenhum símbolo de poder: nenhuma jóia que denunciasse a sua categoria.

O ofertante vinha como homem, e não como sábio, rico ou honrado.
 

5) Ele não demonstrava nenhuma destreza com a mão. Encostando a mãos sobre a vítima, ele tomava essa como seu representante; não se valia porém de quaisquer atos cerimoniais.
 

6) Nada se fazia à sua mão. A base da sua confiança era o sacrifício, não as mãos. Queria ter mãos limpas, mas não confiava nesse asseio para seu perdão.
 

 

"Vem, pois, querido ouvinte, santo ou pecador, e descansa em Jesus. Ele tira o pecado do mundo. Confia-lhe o teu pecado. e esse será para sempre tirado. Estende a mão, e aceita a expiação feita sobre a cruz pelo teu Redentor".
 

Sermões como este são como as janelas de uma casa; como as ilustrações de um livro. E pena que não temos lugar para muitos deles.
 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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LIVRO De levíticO CAPÍTULO 5

As ofertas sem suave cheiro.

 

2) sacrifício pelos pecados ocultos. Estes sacrifícios consideram mais o prejuízo do que a culpa do pecado.

 

A oferta do pobre (v. 11). É interessante ver aqui o caso de alguém incapaz de trazer uma oferta completa, incluindo o derramamento de sangue, e notar que nesse caso Deus podia aceitar "a décima parte de um efa de flor de farinha".

 

Aqui certamente não temos o pensamento de Deus sobre o que era necessário para a expiação do pecado, pois não se encontra o sangue que faz a expiação; mas vemos o que Deus pode aceitar, na sua misericórdia, quando o ofertante não é capaz de trazer outra coisa. É Cristo, já se vê, em quem se confia, embora a alma possa ser tão profundamente ignorante que nem compreenda que a morte dele era necessária para haver expiação.

 

Deus sabe a necessidade, e Cristo a tem suprido, até para esses de todo ignorantes do preço que Ele pagou por isso. Que bem aventurança! Pois é a Cruz que salva, e não a nossa inteligência a seu respeito!

 

Contudo devemos nos lembrar de que a ignorância da Cruz e uma oposição a ela são coisas diferentes, embora seja verdade que Pedro, quando primeiro ouviu dela, se opôs (Mt 16.21-23). Aqui precisamos deixar aquele que conhece os corações fazer a distinção (Grant).
 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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LIVRO De levíticO CAPÍTULO 6

 

O sacrifício pelos pecados voluntários. Notemos neste caso que, além de ser preciso trazer um sacrifício a Deus, era necessário também fazer restituição à pessoa ofendida. Isto é uma coisa muitas vezes ignorada ou esquecida pelos crentes! Deus pode perdoar ao crente arrependido que desobedeceu ao mandado "a ninguém devais coisa alguma", mas ainda assim ele precisa pagar a dívida, com juros de 20% (v. 5).
 

Nos capítulos de 1 a 6.7 temos as características das diferentes ofertas. Com 6.8 seguem as leis dessas ofertas. A lei de uma oferta se ocupa com a maneira de a oferecer, e diz se tal oferta pode ser comida pelos sacerdotes ou se deve ser totalmente queimada. Para poder comer dos sacrifícios era preciso ser dos filhos de Aarão (6.18). Quem não é filho de Deus nunca poderá apreciar, ou sustentar a sua alma com Cristo, o divino holocausto.
 

No versículo 18 devemos ler "todo o que tocar nelas precisa ser santo " (T). Os utensílios sagrados não podiam ser usados para serviços comuns.
 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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LIVRO De levíticO CAPÍTULO 7

 

Continua a lei das ofertas. A oferta pela culpa (l.10). A lei do sacrifício das ofertas pacíficas (v. 11).

 

"Na lei das ofertas, a oferta pacífica é tirada do seu lugar como o terceiro dos sacrifícios de suave cheira, e posta à parte, depois de todas as ofertas de cheiro suave. A explicação é tão simples como lindo é o fato.
 

"Ao revelar as ofertas, Deus opera de si mesmo em direção ao pecador (Êx 20.24). Vem primeiro o holocausto, porque trata daquilo que satisfaz às afeições divinas, e a oferta pela culpa por último, porque trata do mais simples aspecto do pecado: o prejuízo que dá. Mas o pecador começa necessariamente com aquilo que está mais próximo de uma consciência novamente despertada o reconhecimento de que, pelo pecado, está em inimizade contra Deus.

Por isso necessita primeiro de paz com Deus. E isto é precisamente a ordem no Evangelho. A primeira palavra de Cristo é 'Paz' (Jo 20.19) e depois Ele lhes mostra as mãos e o lado. Em 2 Coríntios 5.18-21 vemos primeiro 'a palavra de reconciliação' (v. 19), por isso as ofertas pelo pecado no versículo 21. Tal experiência troca a ordem da revelação" (Scofield).
 

"Bolos de pão levedado " (v. 13). Um dos raros casos em que o fermento entrava nos sacrifícios. Scofield explica assim: "0 emprego de fermento aqui é significativo.

Paz com Deus é alguma coisa que o crente goza junto com Ele. Cristo é nossa paz (Ef 2.14).

Qualquer agradecimento pela paz precisa, antes de tudo, se referir a Ele.

 

No versículo 12 temos uma figura disto, por isso não há fermento. No versículo 13 é o ofertante que agradece a sua participação na paz, e assim o fermento significa que, embora tenha ele paz com Deus mediante a obra de outro, o mal ainda existe nele. Isto é ilustrado em Amós 4.5, onde o mal em Israel está perante Deus."
 

Vemos em 7.22-27 que Deus proibiu comer a gordura e o sangue dos sacrifícios. Gordura geralmente é interpretada como a "excelência" da vítima, o superlativo, e em Cristo há uma excelência que nenhum crente pode compreender: é para Deus somente. O sangue — a parte da vítima que faz expiação satisfaz às exigências santas de Deus, e somente Ele pode apreciar todo o seu valor.
 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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LIVRO De levíticO CAPÍTULO 8

 

A consagração dos sacerdotes. Na primeira parte deste livro (caps. 1 a 10) temos: Expiação (caps. 1 a 7) e Mediação (8 a 10). Primeiro sacrifício, depois sacerdócio.

 

O sacerdote não é para servir a pecadores, mas a santos, isto é, a gente convertida. Cristo não é sacerdote para o mundo, mas somente para a Igreja (Jo 17.9). Assim vemos que o caminho para Deus é por expiação e mediação, e que Cristo é o sacrifício e o sacerdote. O melhor comentário sobre Levítico é a Epistola aos Hebreus (Scroggie).
 

Os sacerdotes não se consagraram a si mesmos, Tudo foi feito por outro. Neste caso, por Moisés, agindo por Deus. Os sacerdotes simplesmente apresentaram seus corpos. de acordo com Romanos 12.1.

 

 Vemos duas importantes diferenças no caso do sumo sacerdote, que confirmam a idéia de que ele é o tipo de Cristo, nosso Sumo Sacerdote.
 

1) Aarão é ungido (v. 12) antes de matar os sacrifícios, mas no caso dos sacerdotes a aplicação do sangue precede a unção (v. 24). Cristo, o Imaculado, não precisava de nenhuma preparação para poder receber a unção, símbolo do Espírito Santo.
 

2) Somente sobre o sumo sacerdote foi derramado o azeite (v. 12). 'Não lhe dá Deus o Espírito por medida' (Jo 3.34 Al). "Portanto Deus, o teu Deus, te ungiu com óleo de alegria acima dos teus companheiros  (Hb 1.9)" (Scofield).
 

A unção dos sacerdotes (v. 24). "O sentido deste versículo é fácil de entender: santificação pelo sangue de Cristo é aqui tipificada: do ouvido, para escutar a Palavra de Deus; da mão para servir; e do pé para andar nos seus caminhos. Não podemos fazer qualquer serviço aceitável, nem podemos viver uma vida aceitável, até que o sangue da expiação nos tenha consagrado para isto, como salvos e purificados" (Grant).

 

Notemos, que a carne do sacrifício neste capítulo havia de ser cozida e comida, enquanto a do cordeiro pascal havia de ser assada e não cozida (Êx 12.8,9). Alguns expositores acham significação nesta diferença.

 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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LIVRO De levíticO CAPÍTULO 9

Os sacerdotes começam o seu ministério. Esse dia foi um dia de vários sacrifícios - holocausto, oferta pelo pecado, ofertas pacíficas -, mas o ponto culminante foi o aparecimento da glória divina, prometido no versículo 4 e consumado no versículo 23.

Uma prolongada preocupação com Deus e seu serviço pode muito bem resultar numa compreensão maior da sua glória, como se deu então com o povo de Israel.
 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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LIVRO De levíticO CAPÍTULO 10

 

O pecado de Nadabe e Abiú„ Muitos expositores concordam em ligar este pecado com o "culto voluntário " de Colossenses 2.23. No original a palavra grega é "ethelo-threskéia", e o sentido dado pelo dicionário é culto de acordo com a vontade própria.
 

O certo é que Nadabe e Abiú não agiam de acordo com nenhum mandado divino: não pediram a direção divina para o seu serviço; não esperaram o impulso do Espírito Santo. Pelo visto, estavam meio embriagados, e, por isso, atrevidamente fizeram um serviço ditado pela sua própria imaginação e não ensinado pela Palavra de Deus.
 

Mesmo hoje, grande parte do serviço prestado a Deus segue um estilo ditado pela imaginação e vontade humanas, e não obedece à direção do Espírito de Deus (1 Co 12.11); porém é motivado por ignorância e não por embriaguez, por isso Deus o contempla com longanimidade.
 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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LIVRO De levíticO CAPÍTULO 11

 

Comidas permitidas e proibidas. "Os regulamentos referentes à dieta, impostos sobre os israelitas, devem ser considerados primeiramente no seu aspecto sanitário. Israel, é preciso lembrar, era uma nação na terra sob o governo teocrático (de Deus).

Necessariamente, a legislação divina se ocupou com a vida social e não apenas com a vida religiosa do povo. Exigir algum sentido simbólico de todos os detalhes desta legislação importa forçar 1 Coríntios 10.1-11 e Hebreus 9.23,24, além de tudo, o que é razoável" (Scofield).
 

"A lebre" (v. 6). No hebraico "arnebeth", um animal desconhecido, que certamente não é lebre.
 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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LIVRO De levíticO CAPÍTULO 12 a 15

 

Várias contaminações, Estes capítulos frisam a necessidade de constantes purificações para que o povo de Deus seja um povo santo, e em condições de comparecer perante Ele, "tendo os corações purificados de uma consciência má, e lavados os corpos com água pura" (Hb 10.22).
 

Descobrimos que sempre pode haver contaminação mesmo onde não haja pecado, e que o pensamento de Deus é que o necessário progresso de purificação seja empregado quanto antes, para que a comunhão com Ele e com seu povo sofra a menor interrupção possível.
 

Com respeito à lepra, Scofield diz: "A lepra é uma figura do pecado:

   

    1) porque existe primeiro no sangue na natureza da pessoa;

    2) porque se torna manifesta de diferentes maneiras;

    3) porque é incurável por tratamento humano. O antítipo na sua aplicação ao povo de Deus é 'o pecado', que requer o julgarmo-nos a nós mesmos (1 Co 11.31); e 'os pecados', que precisam ser confessados e purificados (1 Jo 1.9)
 

No 13.13 "a lepra tornou*se branca (cobertura de uma espécie de caspa): o homem é limpo". Dizem que quando tinha esse aspecto não' era mais contagiosa (T).
 

Aqui podemos resumir algumas das observações de Matthew Henry sobre a lepra:
 

"A lepra era mais uma impureza do que uma doença; ao menos foi assim que a Lei a considerou, por isso ocupou os sacerdotes e não os médicos com ela. De Cristo se diz que Ele purificou leprosos e não que os curou."
 

"Era um açoite infligido diretamente pela mão de Deus,e por isso havia de ser tratada de acordo com a lei divina. A lepra de Miriam e Geazi e a do rei Uzias foram castigo de pecados e, se era geralmente assim, não é de estranhar que houvesse tanto cuidado em distingui-la de uma doença comum, para que ninguém fosse considerado como sob esse notável sinal do desagrado divino, a não ser os casos completamente verificados."
 

"Era uma praga agora desconhecida. O que hoje se chama lepra é uma coisa bem diferente. Parece ter sido um castigo reservado para os pecadores daqueles tempos."
 

"Havia outras lesões do corpo mui semelhantes à lepra que podiam afligir o doente, mas não torná-lo imundo no sentido cerimonial."
 

"A discriminação do mal competia aos sacerdotes- Os leprosos eram considerados como açoitados por Deus, por isso seus servos haviam de examinar os casos."
 

"A lepra é uma figura da contaminação da mente humana pelo pecado, que é a lepra da alma contaminando a consciência, e que somente Cristo pode purificar."
 

"O sacerdote havia de tomar tempo com seu exame do caso. Sete dias, e mais sete. Os servos de Deus não devem ser apressados nas suas censuras, 'nem condenar nada antes do tempo'."
 

"Lepra numa casa (14.34) ou num vestido (14.55) são casos problemáticos que hoje são (talvez) desconhecidos."
 

"Com respeito ao "fluxo da sua carne" (15.2) Mattheu' Henry presume que se refere às doenças que resultam da imoralidade, e supõe que "é efeito e conseqüência da impureza e de uma vida dissoluta, enchendo os ossos do homem com os pecados da sua mocidade". Contudo, não é muito certo que esse seja o sentido."
 

"Alguns têm descoberto nos regulamentos deste capítulo, concernente a um caso de lepra, elaboradas provisões para o exercício da disciplina na igreja local. Disso tem resultado bastante orgulho espiritual, e crueldade. As instruções explícitas do N.T. são para nós a única e suficiente de disciplina."
 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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LIVRO De levíticO CAPÍTULO 16

 

Ritual da expiação anual. Este dia de expiação é referido também no capítulo 23.26 - 32.
 

Vemos que Aarão precisa primeiro oferecer sacrifício por si mesmo (v. 11) um novilho. Depois ele mata um dos bodes que é o sacrifício pelo povo (v. 15). Os dois bodes ele já os tinha reservado (v. 7) e deitado sortes sobre eles para ver qual devia ser sacrificado e qual devia ser o "bode emissário" (v. 8 Almeida).
 

Não há motivo suficiente para aceitar a tradução da V.B. que dá "para Azazel" em vez de bode emissário. O ponto é discutido amplamente por F. W. Grant, que escreve: "Para o povo há dois bodes, e aqui também há diversidade, pois servem fins distintos. isto é dado detalhadamente: e carece de alguma explicação.

 

"Lançam-se sortes sobre os dois bodes para determinar seu destino. Um é 'para Jeová', o outro 'para bode emissário', Neste último caso a Versão Revisada, com muitas outras autoridades, põe 'para Azazel', com alternativa na margem 'para mandar embora', que vem a ser quase a mesma coisa como a tradução antiga.

 

Azazel é meramente uma adaptação da palavra hebraica, cujo sentido e emprego têm sido tão discutidos que alguns consideram o caso um enigma insolúvel. Mas é certo que as duas primeiras letras da palavra significam 'bode', e que é um bode sobre o qual cai a sorte. O restante da palavra significa 'ir embora ' ou 'partir', e isso é exatamente o que faz o bode: por que então haver qualquer dúvida sobre o sentido?"


 

Kiel argumenta, porém, que "as palavras 'uma sorte para Jeová e uma para Azazel' requerem positivamente que Azazel seja tomado no sentido de um ser oposto a Jeová", mas isto é apenas a afirmação dele: ninguém que não tivesse um preconceito havia de perceber tal necessidade.

 

Contudo, uma longa lista de comentadores, judeus e cristãos, declaram ser Azazel um nome para Satanás. Com isto Kiel concorda, e também que o bode é enviado a Satanás; a causa não pode esclarecer, pela simples razão de que a Escritura nada diz a esse respeito.

 

A verdade é que os dois bodes são uma só oferta pelo pecado (v.5) e, evidentemente, uma dupla representação de Cristo, e o ponto principal é que os pecados pelos quais o primeiro morre são levados embora pelo segundo. Tudo isto é bastante simples, e não precisa de idéias esquisitas, que somente obscurecem o sentido. Assim o bode não é de modo algum enviado a Satanás.
 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 


 

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LIVRO De levíticO CAPÍTULO 17

 

A matança dos animais. Em qualquer ocasião que se matasse o boi, a ovelha, ou a cabra, era preciso reconhecer a necessidade de expiação antes de comer o animal, assim Deus ordenou que cada refeição fosse em comunhão com o altar: uma festa sobre um sacrifício.

 

Proposta emenda de tradução (v- 14): "Porque, enquanto à vida de toda carne, o sangue dela é unido com a vida dela".
 

A primeira vista parece que esta proibição de matar animais a não ser à porta do tabernáculo se referisse a toda classe de matanças. Contudo alguns comentadores entendem que se refere apenas aos animais oferecidos em sacrifício.
 

O ensino aqui limita a matança de sacrifícios, que outrora eram oferecidos nos campos (v. 5), com certas conseqüências de desordem e idolatria, então veio o lugar determinado por Deus. E esta lei tinha a sua aplicação aos estrangeiros residentes em Israel.

 

Nenhum de vós comerá sangue" (v. 12). Uma proibição repetida várias vezes (3.17 e 7.26) e primeiro encontrada em Gênesis 9.4. Este parece ser o único preceito do cerimonial judaico que passou para o cristianismo (At 15.29). Notemos que a pena pela transgressão era severa (v. 10). O motivo da proibição é, "Porque é o sangue que faz expiação'
 

E o derramado da caça sobre o chão, havia de ser coberto com terra (v. 13).
 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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LIVRO De levíticO CAPÍTULO 18

 

Casamentos ilícitos. Uniões de parentes, permitidas no começo da raça humana, são proibidas aqui, e a proibição deve ser respeitada ainda hoje.

 

Abundam exemplos de males físicos e mentais que resultam de tais casamentos ilícitos.
 

O versículo 24 lança uma luz funesta sobre o motivo da destruição das nações de Canaã por mandado divino. As abominações da imoralidade das nações pagãs tinham chegado a um tal extremo que, afinal, "a medida da iniqüidade dos amorreus estava cheia " (Gn 15.16). 

 

Pôr isso Deus advertiu o seu povo: "Não fareis segundo as obras da terra de Canaã" (v, 3). As abominações referidas nos versículos 19 a 30 não são de todo desconhecidas entre os povos civilizados de hoje.
 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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LIVRO De levíticO CAPÍTULO 19

 

Diversas leis. Embora todas estas leis tenham sido dadas a Israel, elas têm muita instrução para nós. O versículo 16 precisa sempre ser atendido.

 

O versículo 19 pode ter urna aplicação maior ou menor hoje, segundo a inteligência espiritual de cada crente.

 

É interessante que a proibição do versículo 26 passou para o cristianismo (At 15.29). Bem poucos homens crentes de hoje observam a proibição do versículo 27.

 

Os marinheiros freqüentemente desobedecem o versículo 28, e, não sendo israelitas, a sua consciência não os acusa. Pelo mesmo motivo não guardamos o sábado (v. 30). Notemos que o espiritismo é positivamente proibido.

 

Proposta emenda de tradução (v. 17): "teu próximo, e por causa dele não levarás pecado"

 

"Não cortarás o cabelo em redondo, nem destruirás o canto da barba " (v. 27). Matteu Henry entende que esta, e outras proibições deste capítulo, têm referência aos costumes dos pagãos em redor: "Esses que adoravam os astros, para honrá-los, cortavam seu cabelo para que as cabeças fossem semelhantes ao globo; mas o costume não somente era tolo em si, mas sendo feito com referência aos deuses falsos, era idolátrico"
 

Não era permitido fazer incisões na carne pelos mortos (v. 28) por ser esse também mais um costume pagão. '"Profanar a filha. fazendo-a prostituta" (v. 29), tinha a mesma referência aos costumes do paganismo. Ainda hoje a prostituição faz parte da religião em algumas partes da Índia.
 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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LIVRO De levíticO CAPÍTULO 20

 

Várias proibições- Notemos a expressão "povo da terra" neste capítulo, pela única vez em Levítico, salvo em 4.27. Em Esdras e Neemias a mesma expressão refere-se evidentemente aos cananitas, mas em Ageu 2.4 parece referir-se a Israel.
 

A proibição de "dar seus filhos a Moloque", está também em 18.21. Parece ter havido um costume antigo de oferecer crianças em holocausto a Moloque, ou de as "passar pelo fogo " como símbolo de tal holocausto. Creio que o romanismo no Brasil tem um costume semelhante na noite de S. João, que bem podia ter a sua origem nesse rito pagão. Deus reprovou rigorosamente tal prática (v. 5).
 

Neste capítulo o espiritismo é proibido outra vez (v. 6) e a santidade é requerida. Pecados sexuais são reprovados, e casamentos com parentes.
 

Nos últimos versículos a separação do povo de Deus é insistida, e notamos as palavras "eu vos separei dos povos para serdes meus'
 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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LIVRO De levíticO CAPÍTULO 21 e 22

 

Os sacerdotes. As cinco divisões destes capítulos vão marcadas, como nos outros capítulos, pelas palavras "Disse Jeová a Moisés"
 

Notamos que o sacerdote com defeito não podia exercer seu ministério (21.16-24), embora pudesse comer do pão do seu Deus (v. 22). Hoje todos os crentes são chamados para serem sacerdotes (Ap 1.6), e devem oferecer os sacrifícios de louvor (Hb 13.15) e alimentarem as suas almas do pão do Céu, que é Cristo.
 

No fim do capítulo 22 há quatro leis concernentes aos sacrifícios:
 

    Não deviam oferecer a Deus um animal com defeito. Vemos em Malaquias 1.8, 13,14 como Deus reprovou o povo decadente que lhe ofereceu sacrifícios defeituosos.
 

É verdade que em nossos sacrifícios de louvor, há às vezes, muitos defeitos, e o louvor cantado pode ter defeitos de harmonia, mas o maior defeito de todos seria a falta de sinceridade ou uma vaidade, como quando o crente canta os louvores a Deus em voz muito alta, para chamar atenção para si.
 

Quem põe na coleta da igreja uma nota rasgada ou suja pode pensar que ofereceu a Deus um sacrifício com defeito.
 

Nenhum animal podia ser oferecido em sacrifício antes de ter oito dias de idade (27), nem podia ser assim comido. Diz Matthew Henry: "Cristo foi sacrificado por nós, não na infância quando Herodes quis matá-lo, mas como homem feito".
 

Nenhuma vaca com a cria podia ser sacrificada no mesmo dia (v. 28). Em Deuteronômio 22.6 há uma lei semelhante com respeito aos pássaros.
 

A carne do sacrifício havia de ser comida no mesmo dia (29,30). Isto é uma repetição de 7.15 e 19.6,7.
 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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LIVRO De levíticO CAPÍTULO 23

 

A lei das festas anuais. Os primeiros três versículos não se referem às festas, mas separam os sábados das festas.

 

Havia sete principais festas religiosas para serem observadas cada ano:
 

1. A Páscoa (vv. 4,5). Esta festa é comemorativa, e recorda a redenção, de que toda a bênção depende. Em figura significa "Cristo, nossa páscoa, sacrificado por nós" (1 Co 5.7).
 

2. A Festa dos Pães Asmos (vv. 6-8). Esta festa simboliza comunhão com Cristo, o pão sem fermento, na plena bem-aventurança da sua redenção, e ensina um andar santo.

A ordem divina aqui é linda: primeiro, redenção, depois um viver santo. (Veja-se 1 Coríntios 5.6-8; 2 Coríntios 7.1; Gálatas 5.7-9.)
 

3. A Festa das Primícias (vv. 10-14). Esta festa é um símbolo da ressurreição, primeiro de Cristo, depois dos que são de Cristo, na sua vinda•.l Coríntios 15.23; 1 Tessalonicenses 4.13-18.
 

4. A Festa de Pentecoste, a nova oferta de cereais (vv. 15-22). Desta feita o antítipo é a descida do Espírito Santo para formar a Igreja. Por isso o fermento está presente (v. 17), porque existe o mal dentro da Igreja (Mt 13.33; At 5.1-10; 15.1).

 

Notemos que agora falasse de pães e não de um molho de espigas soltas. Importa uma verdadeira união das partículas, formando um corpo homogêneo.

A descida do Espírito Santo no Pentecoste uniu os discípulos em um só organismo (1 Co 10.16, 17; 12.13,20).

 

Os "pães movidos" eram oferecidos cinqüenta dias depois de oferecer o "molho da oferta movida" (v. 15). Isto é precisamente o período entre a ressurreição de Cristo e a formação da Igreja no Pentecoste pelo batismo com o Espirito Santo (At 2.1-4, 1 Co 1'2.12,13). Com o molho não havia fermento, porque em Cristo não existe o mal.
 

5. A Festa das Trombetas (vv. 23-25). Esta festa tem um valor profético e se refere à futura restauração de Israel. Passa-se um longo período entre Pentecoste e Trombetas, correspondendo ao longo período ocupado no trabalho pentecostal do Santo na atual dispensação.

 

Consulte-se Isaías 18.3;27.13; 58 (todo o capítulo) e Joel 2,1 a 3.21 com relação à festa das trombetas e verificar-se-á que estas trombetas, sempre relacionadas com um testemunho, referem-se ao ajuntamento e arrependimento de Israel depois de terminar o período pentecostal, que é o da Igreja. Esta festa é seguida imediatamente pelo Dia da Expiação.
 

6. O Dia da Expiação (26-32). O dia é o mesmo descrito em levítico 16, mas aqui a ênfase está sobre a tristeza e arrependimento de Israel. Em outras palavras, seu valor profético é saliente, e isso antecipa o arrependimento de Israel, depois do seu reajuntamento sob o concerto palestiniano (Dt 30.1-10), logo antes do segundo advento do Messias e do estabelecimento do Reino.
 

7. A Festa dos Tabernáculos (vv.33-44) é (semelhantemente à Ceia do Senhor para a Igreja) tanto memorial como profética - memorial da redenção do Egito (v. 43); profética do descanso milenial de Israel depois da sua restauração, quando a festa virá a ser outra vez um memorial, não somente para Israel mas para todas as nações (Zc 14.16-21) (Scofield).
 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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LIVRO De levíticO CAPÍTULO 24

 

Os pães da proposição (vv. 5-9). Notamos que este pão consagrado era para ser comido somente pelos sacerdotes (v. 9), mas que em certa ocasião Davi e seus companheiros o comeram (1 Sm 21.6; Mt 12.4), o que nos ensina que, em momentos de necessidade maior, o ritual pode ficar suspenso para que "o ungido de Deus" seja alimentado.
 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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LIVRO De levíticO CAPÍTULO 25

 

O descanso da terra, e o jubileu. "Este sistema de sabatismos está cheio de instrução. Significa que todo o tempo pertence a Deus, E a lei do ano sabático ensina também que a terra lhe pertence. Durante esse ano, a terra não era lavrada, o fruto era livre, e a confiança do povo em Deus era provada.

 

Aprendemos de Deuteronômio 31.10-13 que este ano era empregado para dar instrução religiosa. Durante os 490 anos da monarquia esta lei não foi observada, como devia ter sido 70 vezes. Por isso foram dados ao povo 70 anos de cativeiro (LV 26.34,35). O ano do Jubileu (8-55) era um período importante em Israel.

 

Sete vezes sete anos consumavam todas as estações apontadas, e traziam alivio e liberdade ao povo. Era 'o ano aceitável do Senhor' e era uma figura da dispensação do Evangelho. Então, era liberdade da escravatura; agora, liberdade do pecado. Então, perdão de dívidas; agora, perdão de pecados. Seguia-se imediatamente o Dia da Expiação (v. 9) porque o jubileu da alma agora e na eternidade é o resultado da Cruz. Todas as estações e cerimônias de Israel têm seu paralelo agora em Cristo, que é a consumação de todas elas (CI 2.16, 17)" (Scroggie).
 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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LIVRO De levíticO CAPÍTULO 26

 

Favor para os fiéis. Este capítulo é maiormente profético.

 

Pode ser dividido em cinco partes: introdução (1,2); obediência e bênção (3„13); desobediência e castigo (14-39); arrependimento e restauração (40-45); e conclusão (46). E a primeira grande profecia da história de Israel, e inclui um período não menor de 3.500 anos.
 

(Este capítulo deve ser estudado junto com Deuteronômio 28,29 e 30.)
 

O versículo parece terminar o livro, por isso alguns pensam que o capítulo 27 devia vir antes do 26. Outros, que 0 27 foi escrito mais tarde.
 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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LIVRO De levíticO CAPÍTULO 27

 

Pessoas e coisas dedicadas. Expositores eruditos têm achado ensinos profundos neste capítulo - especialmente F. W. Grant - mas não podemos nos demorar numa larga exposição das possíveis interpretações dele.

 

Uma coisa podemos notar: que cada pessoa e cada animal e cada campo tem valor aos olhos de Deus. Cada um tem seu préstimo. Qual é o préstimo de cada um de nós no serviço de Deus? Se pensamos que valemos apenas ('cinco ciclos" quando Deus nos avalia em cinqüenta, é provável que havemos de prestar pouco serviço de valor na sua obra.
 

 

No versículo 30 temos uma declaração bem positiva sobre o dízimo: "Todos os dízimos da terra... pertencem a Jeová; santos são a Jeová". É uma afirmação que merece ser ponderada, e se os ensinos do Velho Testamento foram escritos para nossa instrução (1 Co 10.11), podemos indagar o que devemos aprender disso.
 

 

REFERÊNCIAS AO LEVÍTICO NO NOVO TESTAMENTO
 

A frase característica deste livro é: "santo, porque Eu [Jeová] sou santo" (11.44,45; 19.2; 20.7,26), repete-se em 1 Pedro 1.16 com a fórmula "Está escrito.
 

Também aqui se acha o grande mandamento, em 19.18; "Amarás a teu próximo como a ti mesmo", o qual é citado em Mateus 19.19, e 22.39; Marcos
12.31; Lucas 10.27; Romanos 13.9; Gálatas 5.14, e Tiago 2.8.
 

Alusões especiais a sacrifício: a um par de rolas por motivo de purificação (12.6,8) em Lucas 2.22,24; ao novilho e ao bode para expiação do pecado (16.18,27) em Hebreus 9.12, 13 e 10.4 e 13.11-13; a sacrifício de louvor ou de ação de graças (7.1'2) em Hebreus 13.15.
 

Em Levítico 26.11, 12 está a grande promessa que Deus fez aos israelitas de que havia de pôr o seu tabernáculo no meio deles. (Compare com Ez 87.27; Jo 1.14; 2 co 6.18; Ap 7.15 e 21.3.)
 

 

 

 

 

 

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