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APOCALIPSE

 

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INTRODUÇÃO:

 

 

 

a explicação deste livro, desejei apresentar aos leitores as exposições dos mais eruditos expositores, e consultei uma variedade de livros, a fim de colher os apontamentos mais instrutivos. As explica es que apresento, porém, seguem, na sua maior parte, o livro sobre o Apocalipse, de A.C. Gabelein cujo ensino está de acordo com o de outros comentadores igualmente eruditos.

 

Reconheço que muitos outros têm feito exposições e interpretações bem diferentes, porém não inspiram tanta confiança.

 

Escritor: o apóstolo João (1.1).

 

Data: 96 d.C.

 

Tema: O tema do livro é Jesus Cristo, que se nos apresenta de maneira tríplice:

 

1) Quanto ao tempo: "que é, que era, e que há de vir".

2) Quanto às suas relações: para com as igrejas (1.9 a 3.22), para com a tribulação (4.1 a 19.21), e para com o reino (20.1 a 22.21).

3) Quanto a seus cargos como sumo sacerdote (8.3-6), noivo (19.7-9), e Rei-juiz (20-1-15).

 

Divisões: Devem ser claramente discernidas as três principais divisões, para que a interpretação seja coerente. João recebeu ordens para escrever sobre três classes de coisas (1.19):

 

1. Coisas passadas: "o que tens visto", isto é, a visão em Patmos;

2. coisas presentes: "as que são ou seja, coisas então existentes - evidentemente as igrejas na Ásia;

3. coisas futuras: "as que depois hão de acontecer", isto é, os acontecimentos depois de terminar o período da Igreja.

 

Esta terceira divisão, como Erdman demonstrou, contém uma série de seis setes. Os seis setes são:

 

1) Os sete selos (4.1 a 8.1).

2) As sete trombetas (8.2 a 11.19).

3) As sete personagens (12.1 a 14.20).

4) As sete taças (15.1 a 16.21).

5) Os sete juízos (17.1 a 20.15).

6) As sete coisas novas ('21.1 a 22.21).

 

 

As cinco passagens parentéticas são:

1) O restante de Israel e os santos durante a Tribulação (7.1-17).

2) O anjo, o pequeno livro, as duas testemunhas (10.1 a 11.14).

3) O Cordeiro, o Restante, e o Evangelho eterno (14.1-13).

4) O ajuntamento dos reis em Armagedom (16.13-16).

5) As quatro aleluias no Céu (19.1-6).

 

Todos estes trechos não apresentam uma narração contínua. Olhando para trás e para diante, eles resumem fatos cumpridos e falam de consequências futuras como se já estivessem realizadas. Em 14.1, por exemplo, o Cordeiro e o Restante se veem, profeticamente, sobre o monte Sião, embora ali não cheguem efetivamente (20.4-6).

 

No Apocalipse, o fim do período da Igreja fica sem terminar. Terminará com o cumprimento de 1 Tessalonicenses 4.14-17. Ê geralmente entendido que os capítulos 4 a 19 correspondem à setuagésima semana de Daniel (Dn 9.27). A Grande Tribulação começa no meio da semana e continua por três anos e meio (Ap 11.3 a 19.21). A Tribulação termina com a manifestação do Senhor e o conflito de Armagedom (Mt 24.29,30; Ap 19.11-21). Segue o Reino (Ap 20.4,5); depois disso um curto período (Ap 20.7-15) e então a eternidade (Scofield).

 

 

ANÁLISE DE APOCALIPSE

 

Prólogo (1.1-8).

1. Uma visão da graça (1.9 a 3.22).

    1.1 O Cristo soberano (1.9-20).

    1.2 As sete Igrejas (caps. 2 e 3).

 

2. Uma visão de governo (caps. 4 a 19.10).

   

2.1 Cenário e processo do julgamento (caps. 4 a 11).

    2.1.1 O trono e o livro selado (caps. 4 e 5).

    2.1.2 A abertura dos selos (caps. 6 a 8.1).

    2.1.3 As trombetas (caps. 8.2 a cap. 11).

 

2.2 Os instrumentos e consequências do julgamento (cap. 12 a 19.10).

    2.2.1 O conflito do bem e do mal (caps. 12 a 14).

    2.2.2 As taças da ira de Deus (caps. 15 e 16).

    2.2.3 A destruição da Babilônia (caps. 17 a 19.10).

 

3. Uma visão gloriosa (19.11 a 22.5).

    3.1 O reino milenar (cap. 19.11 a cap. 20).

    3.2 A Nova Jerusalém (cap. 21 a 22.5). Epílogo (22.6-21) — (Scroggie).

 

O ESCOPO DO LIVRO

 

A leitura cuidadosa do Apocalipse, sem idéias preconcebidas, resultará em vermos que suas notas principais são:

 

1) Um grande conflito entre o Bem e o Mal, e

2) Uma gloriosa vitória do Bem sobre o Mal, isto é, Deus vencendo o Diabo e toda a sua atividade.

 

Não importa ao momento a exata interpretação do livro, pois o fato deste secular conflito entre o Bem e o Mal é, independentemente de qualquer interpretação particular, por ser um fato evidente em cada página da história humana. Mas neste livro vemos bem claro o resultado do conflito e o triunfo do Bem sobre o Mal (Scroggie).

 

Nota: A canonicidade do Apocalipse demorou a ser reconhecida pela Igreja: Segundo a lista dada pelo dr. Angus, não era admitida por Eusébio Panfílio, Cirilo de Jerusalém, Concílio de Laodicéia, Gregório Nazianzeno, Anfilóquio de Icônio, e Filástrio de Bréscia.

Diz Lamsa: "O Concílio de Beth-Lapeth deliberou sobre a aceitação do Apocalipse, que não está incluído no cânon da Peshita e, por muitos séculos, não foi aceito pelos cristãos orientais".

 

Diz o dr. Angus: "Depois do ano 400, já não existiam dúvidas a respeito do cânon do Novo Testamento".

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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A VISÃO EM PATMOS DO FILHO DO HOMEM GLORIFICADO

 

 

 APOCALIPSE CAPÍTULO  1

 

Introdução e saudação (1-8). Encontramos sempre neste livro grupos de sete, e ainda com maior frequência grupos de três. Nestes oito versículos iniciais há sete destes grupos de três, sendo o primeiro o que João testificou: da Palavra de Deus; do testemunho de Cristo; de tudo que tinha visto.

 

Há uma especial bem-aventurança ligada com este livro do Apocalipse: a bem-aventurança de quem lê ou ouve, e guarda. Se a bênção fosse somente para quem entende o livro todo, poucos, até mesmo dos crentes mais instruídos, poderiam alcançá-lo

 

Se a revelação de Jesus Cristo fosse limitada ao que está escrito nesta introdução, ainda assim saberíamos muitas preciosas verdades a seu respeito. Quais são?

 

A visão na ilha de Patmos (9-18). No versículo 10 encontramos o primeiro dos problemas de que este livro está cheio: o "dia do Senhor" significa o Domingo, ou "o Dia do Senhor" como em 1 Coríntios 5.5; 1 Tessalonicenses 5.'2, etc.? F, assunto muito discutido pelos estudiosos, mas ainda não resolvido. A palavra traduzida "do Senhor" é "kuriakos", nunca empregada em outra parte do N.T. senão em 1 Coríntios 11.20. Podia melhor ser traduzida "senhorial".

 

Alguns, incluindo F. W. Grant, entendem que significa "no Domingo", apontando assim o apóstolo a localidade (Patmos) e o dia (Domingo) das visões. O que é indiscutível é que as primeiras coisas que João viu, "as coisas que são", nada têm com "o Dia do Senhor", mas antes contrastam com ele.

 

Podemos estudar neste trecho o que João ouviu, e o que viu — a visão dos versículos 1'2-16.

 

O aspecto de Cristo nesta visão é muito parecido com o que é descrito em Daniel 10.5,6. "Cada detalhe fala de uma feição da sua glória como aquele que cuida e ministra às igrejas — o Senhor no meio" (Goodman).

 

"Nesta visão Cristo é revelado em sua dignidade oficial, grande afeição (13), perfeita santidade, conhecimento consumidor (14), justo juízo, autoridade absoluta (15), administração soberana, verdade discriminadora, e transcendente glória (16)" (Scroggie).

 

A ordem para escrever (19,20). Estes dois versículos são de suma importância, porque mencionam as três divisões que fornecem a chave para entender o livro todo.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

"AS COISAS QUE SÃO" - AS MENSAGENS ÀS SETE IGREJAS

 

 

 

  APOCALIPSE CAPÍTULO  2

 

Adotamos o parecer de muitos instruídos expositores do Apocalipse, de que as cartas às sete igrejas fornecem um esboço profético da Igreja até a vinda do Senhor, sendo incluído este período nas "coisas que são" (1.19). Traduzimos da Bíblia de Scofield os títulos de cada igreja.

 

Um dos motivos mais eficientes para percebermos nas cartas um valor profético é o fato de que as quatro últimas falam todas da vinda do Senhor, dando a entender que esses quatro aspectos dá Igreja, em algum sentido, hão de permanecer até essa vinda.

 

Notemos: que cada mensagem, começa com uma descrição distintiva do Senhor; que a cada igreja o Senhor diz "sei", "farei", "darei", "virei", etc.; que cada igreja é exortada a ouvir o que o Espírito diz; que a cada igreja se fala dum galardão para o vencedor.

 

Devemos considerar quem são os anjos das igrejas, visto que tantas vezes têm sido discutidas a questão. Podemos concordar com Scofield que o sentido mais natural é que o anjo — ou mensageiro — era esse que vinha de cada igreja em visita ao que, voltando, seria o portador da "carta". Ao mesmo tempo devemos notar que os anjos são "estrelas" e por isso podem ser considerados, sem exagero, como focos luminosos nas igrejas.

 

Mas não devemos acrescentar à Escritura qualquer coisa com respeito aos anjos que a Bíblia não diz, como, por exemplo, que somente o anjo tinha o direito de ministrar, ou celebrar a Ceia.

 

A mensagem a Éfeso: A Igreja no fim da Idade Apostólica — falta-lhe o primeiro amor (1-7).

 

Éfeso significa "desejado"; a Igreja como objeto do amor de Cristo; por esse amor Ele se deu a si mesmo. O Senhor louva muitas coisas em Éfeso, mas censura a falta do seu primeiro amor. Conosco pode-se dar a mesma coisa.

 

Scofield explica nicolaítas assim: "O termo vem de 'niko', subjugar, e 'laos', o povo ou leigos. Não existe vestígio de nenhuma seita dos nicolaítas. Se a palavra é simbólica, refere-se ao começo da noção de uma ordem sacerdotal na Igreja, um 'clero', que mais tarde dividiu uma irmandade igual (Mt 23.8)  em 'clero' e 'leigos'". Aquilo que em Éfeso "obras" tornou-se "doutrina" em Pérgamo (v. 15) - (Pequeno Dicionário Bíblico).

 

A mensagem a Smirna - Período das grandes perseguições, até 316 d.C. (8-11).
 

Smirna quer dizer "mirra", um dos ingredientes empregados na embalsamação de corpos. No meio dos seus sofrimentos, Smirna ouve que há um Salvador (que foi morto, mas vive) sobre todos, sabendo tudo, prevendo tudo, controlando tudo, animando todos. A coroa da vida é para os fiéis, mas fidelidade importa sacrifício, e, às vezes, sofrimento.

 

A expressão "os que se dizem judeus e não são lembra-nos duma seita moderna que pretende colocar os crentes sob a lei de Moisés, com o sábado judaico. Esse ensino errado tem encontrado apoio, na falta de um claro testemunho, no meio evangélico, ao ensino que "não estamos debaixo da lei, mas debaixo da graça" (Rm 6.15).

 

Diz F. W. Grant: "Na epístola aos Colossenses achamos o apóstolo enfrentando as mesmas tendências quando lhes diz que a cédula ou obrigação das ordenanças que nos era contrária. Cristo a tinha tirado e anulado, cravando-a na Cruz (Cl 2.14). Por isso não deviam ser julgados com respeito ao sábado ou aos manjares do judaísmo.

 

"A epístola a Timóteo fala ainda mais positivamente quando trata dos que queriam ser mestres da Lei, mas não entendiam o que diziam — nem percebiam as conseqüências terríveis que haviam de resultar do seu legalismo. Assim o conflito com o judaísmo não era coisa meramente exterior, pois dentro da própria Igreja tinha a sua mais ampla significação.

Tornou-se, de fato, a causa em que o ataque do inimigo à graça do Evangelho era mais evidente, e assim a própria Igreja foi transformada, não somente na sua forma exterior, mas em todo o seu espírito, numa mera continuação daquilo que os homens ainda chamam a Igreja judaica... Aos homens que introduziram tal mudança, dizendo-se judeus sem o serem, o Senhor chama de a sinagoga de Satanás. "

 

A mensagem a Pérgamo —A igreja sob o favor imperial. De 316 até o fim (12.17).
Pérgamo significa "elevado" ou "casado". "Esta igreja era culpada de tolerar o que não devia. Havia nela muitas coisas boas (13), mas permitia no seu meio o que era ruim (14,15). Havia pecado passivo e ativo. Deixar de condenar e, quando possível, excluir o pecado de nosso meio, é participar do mal. Se fordes culpados de semelhante transigência no vosso coração, na vida comercial ou na igreja. deveis arrepender-vos; senão, a espada da verdade (16) vos feri(Scroggie).

 

Na mensagem ao vencedor, o que mais parece ter cativado a imaginação dos cristãos é a "pedra branca", pois se fala dela em alguns hinos. Mas, afinal, que significa para o crente a pedrinha branca? Não seria melhor pensar também no "maná escondido ": a secreta preocupação com Cristo, que é o sustento espiritual do crente; e o "novo nome" de intimidade entre ele e seu Salvador, que parece importar num precioso laço de amizade individual: o segredo do Senhor, para com quem o teme?

 

Da pedra branca, diz Grant: "Essa era a pedra branca que nas eleições o eleitor colocava na urna; nela estava gravado o nome do seu candidato, com o nome que ele aprovava escrito. Assim a pedra branca fala de aprovação, mas aqui é aprovação da pare de Cristo. No maná vemos a apreciação de Cristo pelo crente; na pedra branca a aprovação do crente por Cristo. É a sua aprovação do vencedor que aqui se tem em mira, e o novo nome escrito é alguma coisa entre Ele e esse vencedor".

 

A mensagem a Tiatira - De 500 a 1500 anos — o triunfo do balaonismo e do nicolaitismo — Um restante crente (18-29).
 

"A corrupção que entrou como dilúvio no século quarto aumentou até merecer o título de 'profundezas de Satanás' (v. 24). Tiatira leva-nos ao período do pleno desenvolvimento do romanismo.

Aqui nosso Senhor fala de si como o Filho de Deus. O romanismo fala dele mais como o filho da Virgem, o filho de Maria. A apostasia romana tem colocado uma mulher no lugar do Filho de Deus. Jezabel, a mulher iníqua, representa o papismo. Jezabel era uma mulher pagã casada com um rei israelita (1 RS 16.31).

 

Ela era rainha idólatra, e perseguidora dos verdadeiros profetas de Deus (1 Rs caps. 18 a 21). Aplicamos tudo isto à Igreja Romana na sua luxúria e idolatria espirituais. Na quarta parábola do Reino, em Mateus 13, correspondente a este quarto período da Igreja, nosso Senhor fala de urna mulher que tomou fermento (corrupção) e o escondeu em três medidas de fina e pura farinha (simbolizando a doutrina de Cristo). A mulher na parábola do fermento é Roma, a Jezabel da mensagem a Tiatira" (Gabelein).
 

Notemos no versículo 25 a alusão à segunda vinda, que é referida na mensagem a cada uma das últimas quatro igrejas. Isto nos ajuda a compreender que o estado da igreja figurada em cada uma dessas quatro continua até o fim.
 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

"AS COISAS QUE SÃO" - AS MENSAGENS ÀS SETE IGREJAS

 

 

 

  APOCALIPSE CAPÍTULO  3

 

A mensagem a Sardis — O período logo após à Reforma — Um restante crente (1-6).
 

"Em Sardis vemos o período da Reforma, o período que produziu o Protestantismo. A Reforma foi de Deus, e os grandes homens que se empenharam nela foram poderosos instrumentos do Espírito Santo. Mas da Reforma nasceram as organizações humanas conhecidas por Protestantismo. A Reforma começou bem, mas logo chegou a ser, nos diferentes sistemas protestantes, uma coisa morta, sem vida espiritual. Com nome de viver, mas morta. Tal é a sentença do Senhor contra as igrejas que nasceram da Reforma"
 

Diz F. W. Grant: "A promessa ao vencedor aqui tem um caráter um tanto negativo: 'não riscarei seu nome do livro da vida'... O vestir-se de branco é mais positivo, como é também a confissão dos seus pelo Senhor perante o Pai e os anjos. Mas em tudo sentimos falta da aprovação plena que achamos nas outras cartas. Não há, ao menos, o que vimos em Pérgamo, o maná escondido e a pedra branca' .
 

A mensagem a Filadélfia: A verdadeira igreja no meio da igreja professante (7-13).
 

Nesta carta, como na carta a Smirna, não há repreensão. Filadélfia quer dizer "amor fraternal". Como Sardis saiu de Tiatira, e é um protesto contra ela, assim Filadélfia (no sentido histórico e profético) sai de Sardis e é um protesto contra a falta de vida no seio do Protestantismo oficial... Em Filadélfia há uma revivificação do ensino profético, e uma ardente expectação da vinda do Senhor (v. 11). A promessa ao vencedor em Filadélfia merece ser ponderada demoradamente.

 

A expressão "eu te guardarei da hora da tentação que há de vir sobre o mundo " é geralmente tomada como uma promessa que a Igreja fiel não passará pela Grande Tribulação, sendo arrebatada primeiramente. De fato, custa-nos acreditar que uma tal promessa tivesse seu pleno cumprimento na acanhada experiência de uma pequena igreja local na Ásia Menor, em tempos completamente passados.

 

A expressão "os que habitam na terra " (v. 10) encontra-se várias vezes no Apocalipse, e parece referir-se particularmente às pessoas mundanas: "os moradores sobre a terra '

 

Diz F. W. Grant: "Filadélfia inclui todos aqueles que procuram em tudo ser obedientes à Palavra de Cristo (v. 10) e não admitem que palavras humanas lhe sejam acrescentadas. De fato, aquilo que se acrescenta a essa Palavra vem a tomar-lhe o lugar. Filadélfia importa a recusa de tudo isto, para guardar aquilo que é certamente a Palavra de Cristo".

A mensagem a Laodicéia: O estado final de apostasia (14-22). Quando a Igreja é aparentemente apóstata, e está morta, há sempre esperança para o indivíduo: "se alguém ouvir a minha voz". Cristo pede coragem, abnegação, fidelidade até a morte. Para vencer em Laodicéia, quando o mundo protegia a Igreja, precisava-se de um cristianismo ainda mais apurado, uma satisfação com Cristo que não ligava importância aos favores mundanos.

 

É digno de nota que, qualquer que seja o estado da igreja professante, Cristo conta sempre com alguns que vencem e alguns que tem ouvidos para ouvir a sua voz.

 

F. W. Grant explica que Laodicéia significa "as maneiras", "o direito" ou "o juízo do povo". Expressões relacionadas, importando a voz popular.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

"AS COISAS QUE HÃO DE SER DEPOIS" - O FIM DOS TEMPOS

 

  APOCALIPSE CAPÍTULO  4

 

Entramos agora na terceira divisão do livro: "as coisas que depois destas hão de acontecer" que ocupam os capítulos 4 a 2'2. A cena também muda, e a Igreja não mais está na Ásia, mas no Céu.

O trono no Céu, e os anciãos entronizados (1-5). Devemos entender que entre o fim do capítulo 3 e o começo do 4 se cumpriu 1 Tessalonicenses 4.15-17.

 

No versículo 3 a pedra sardônica é provavelmente idêntica ao rubi, uma pedra preciosa de cor de sangue. A pedra jaspe não era o jaspe comum, de pouco valor; era uma pedra resplandecente (21.11). Muitos pensam que era o diamante, ou talvez a opala. Nosso Senhor e a glória da sua pessoa são assim representados simbolicamente por estas pedras: sua glória na pedra brilhante; sua obra redentora na pedra sardônica de cor de sangue.

 

"Os vinte e quatro anciãos" (v.4) a quem representam? "Não podem ser anjos: anjos nunca se veem sentados sobre tronos, nem são coroados, nem podem cantar o cântico da redenção. Há somente um sentido possível: representam os remidos, os santos na glória. Mas por que vinte e quatro? Lembra-nos das 24 turmas de sacerdotes do templo (l Cr 24). Duas vezes doze sugere os santos do Velho e Novo Testamento".

 

Os relâmpagos, vozes e trovões simbolizam o trono de Deus no seu aspecto judicial.

 

Sobre os "sete Espíritos de Deus" diz Grant: "Eles são as diferentes operações do Espírito nessa perfeição que necessariamente lhe pertence". O que lemos em Isaías 11.2 se parece um tanto com isto.

 

Do "mar de vidro, semelhante ao cristal" diz Grant: "Isto é para lembrar-nos do mar de bronze no templo (1 RS 7.23, etc.), que era para purificação. Aqui a purificação está consumada; não há mais necessidade de água, vendo-se, portanto, um mar daquilo que representa a perfeita pureza".

 

As quatro criaturas viventes, e a grande adoração (6-11). As criaturas viventes não representam a Igreja, nem uma classe especial de santos, mas são os seres sobrenaturais vistos no V.T. e sempre em conexão com o trono e a presença de Jeová. São os querubins da grande visão de Ezequiel capítulos 1 e 10, sua palavra "Santo! Santo! Santo!" lembra-nos os serafins também (Is 6). O culto aqui é ao Criador.

 

"Nota-se aqui que as criaturas viventes apenas celebram e declaram; e os anciãos adoram com entendimento. Em todo o Apocalipse os anciãos apresentam as razões do seu culto. Eles têm inteligência espiritual" (Darby).

 

"Frequentemente tem sido notado como estas criaturas viventes correspondem à significação dos quatro evangelhos e à sua apresentação de Cristo. Assim, em Mateus, o evangelho do Reino, vemo-lo como o Leão da tribo de Judá; em Marcos, o evangelho do Servo perfeito, vemo-lo como o paciente boi, servindo a vontade de Deus e a necessidade humana; em Lucas vemos o semblante de um homem, porque é o evangelho do Filho do homem; e em João, o evangelho celestial, vemos a águia voando" (Ridout).

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

"AS COISAS QUE HÃO DE SER DEPOIS" - O FIM DOS TEMPOS

 

  APOCALIPSE CAPÍTULO  5

 

O livro selado, e quem pode abri-lo (1-7). Podemos observar as diversas personagens que figuram neste capítulo: o que está sentado no trono; o anjo forte; o Leão que é também o Cordeiro; as criaturas viventes; os anciãos; os muitos anjos, e toda criatura. Entre todos, o único digno de abrir o livro dos julgamentos divinos concernentes à Terra é o Cordeiro.

Nós, que já conhecemos Cristo como "0 Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo", sabemos que mais tarde Ele será revelado como o Leão da tribo de Judá, o soberano universal, alvo da adoração dos seres celestiais.

Grant comenta a significação dessa relação de Cristo como "o Leão da tribo de Judá", isto é, relacionado com Israel e não com a Igreja.

 

0s anciãos adoram (8-14). Notemos com cuidado que o motivo da adoração dos seres vivos e dos anciãos é a redenção (9). Não entoam esse cântico os anjos ao redor do trono, nem as demais criaturas (13).

Esta visão, que nos permite ver alguma coisa da adoração nos céus, pode servir de modelo para nosso culto aqui.

Alguns têm ensinado que o livro selado representa os documentos da herança universal que Cristo há de receber, mas não temos base bíblica para afirmar isto positivamente.

 

O que sabemos do Livro é: que estava na destra do que estava sentado no trono; que estava fechado; que estava selado; que quando o Cordeiro o tomou, houve ao abrir de cada selo, uma nova revelação profética. Por isso podemos concluir que o Livro continha a declaração dos fatos que deviam acontecer: fatos estes que somente Cristo tinha o direito de revelar. Seis dos selos abrem-se sucessivamente no capítulo 6 e o sétimo no capítulo 8.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

"AS COISAS QUE HÃO DE SER DEPOIS" - O FIM DOS TEMPOS

 

  APOCALIPSE CAPÍTULO  6

 

Abertura dos quatro primeiros selos (1-8). Neste trecho podemos considerar os três primeiros selos, cuja abertura revela, profeticamente, alguma coisa dos acontecimentos futuros antes do estabelecimento do Milênio.

 

Devemos omitir as palavras "e vê" (Almeida) nos versículos 1,3,5 e 7. A palavra "Vem" não é dirigida a João, mas aos respectivos cavaleiros.

 

Muitos têm julgado que o vencedor sobre o cavalo branco representa as conquistas do Evangelho. mas, bem ponderada, essa interpretação é inaceitável.

 

O progresso do Evangelho durante os séculos não tem sido tão espetacular que possa corresponder a semelhante símbolo. Tem sido um progresso lento, oculto, em face de terríveis perseguições, e seu triunfo, embora real, nunca tem sido muito evidente aos olhos naturais. Ê mais aceitável a interpretação de Scofield, Gabelein e outros: "O cavaleiro aqui é um notável ditador, não o Anticristo pessoalmente, mas a 'ponta pequena' que Daniel viu sair do animal que tinha dez pontas (Dn 7.8) ... Este chefe vindouro do ressurgido império romano sairá conquistando, e se fará seu chefe político..."

 

Ao abrir do segundo selo, a paz é tirada da terra, e, em consequência das guerras, vem o terceiro selo, com fomes, que resultam em pestilências e morte no quarto selo. Tudo isso foi predito por Cristo em Mateus 24.5,6.

 

A abertura do quinto selo (9-11) descobre as almas dos que morreram pela Palavra de Deus, que — coisa estranha — pedem vingança, no espírito de Israel no Velho Testamento e não do cristianismo. Isto faz-nos lembrar que, com a retirada da Igreja da terra, se finda o dia da graça, e os juízos que seguem condizem mais com a vingança do que com a salvação de Deus. Durante muitos séculos a graça divina tem sido ultrajada e desprezada, mas, afinal, o dia da ira divina chegará.

 

Estes mesmos mártires do fiel restante de Israel, mortos durante os três anos e meio da Grande Tribulação, são referidos novamente no capítulo 20.4.

 

O sexto selo (12-17). O abalo de todas as coisas. Uma antecipação do fim. "Devemos entender literalmente ou simbolicamente os acontecimentos sob este selo? Uma grande parte é simbólica, mas ao mesmo tempo é possível que haverá grandes fenômenos físicos. Tudo o que há no mundo está sendo abalado. Os poderes civis e governamentais deste mundo são abalados; todas as categorias, desde os reis até os escravos, são afetadas.

 

E quando estes tempos de abalo tiverem chegado plenamente, quando os tronos caírem e a anarquia reinar; quando o colapso da civilização estiver acompanhado de sinais na terra e no céu, os 'moradores-na-terra' verão antecipadamente a aproximação do dia da ira. O terror encherá cada coração, e os que têm zombado da oração (como agora fazem os que rejeitam a Cristo), terão uma reunião de oração para pedir aos rochedos que os cubram.

 

Em relação a este selo, leiam-se Isaías 24; 34.2-4; Joel 2.30,31; Sofonias 1 e Ageu 2.6,7" (Gabelein).

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

"UMA VISÃO PARENTÉTICA ENTRE O SEXTO E O SÉTIMO SELOS"

 

 

  APOCALIPSE CAPÍTULO  7

 

O restante de Israel chamado e selado (1-8). "Este restante é frequentemente visto nas páginas da profecia do V. T. Lemos de seus anelos e suas orações. Algumas das passagens são: Salmos 44.10-26; 55-57; 64; 78; 80; Isaías 63.15 a capítulo 64. Este restante, iluminado pelo Espírito Santo, subsistirá durante todo o período de sete anos.

 

Muitos sofrerão martírio, mas a maior parte passará por toda a Tribulação, perseverando até o fim, e sendo salvo pelo seu Rei, nosso Senhor, quando Ele vier em glória... Eles são os pregadores do Evangelho do Reino, como testemunho a todas as nações antes de chegar o fim (Mt 24.14).

 

Assim durante o tempo da execução dos juízos haverá uma pregação mundial do Evangelho do Reino, proclamando a vinda do rei, chamando ao arrependimento e fé no seu nome, e ainda oferecendo misericórdia" (Gabelein).

 

Diz F. W. Grant: "O propósito do sexto selo é o de assinalar os que pertencem a Deus, tornando-se assim, como depois veremos (9.4), uma proteção contra a praga dos gafanhotos".

 

S. Ridout diz o seguinte: "O fato de que os assinalados constituem um restante tirado da massa da nação, os caracteriza suficientemente. Sem dúvida são semelhantes em caráter ao restante referido em Ezequiel 9.4: 'Marca com um sinal as testas dos homens que suspiram e que gemem por causa de todas as abominações que se fazem no meio dela [Jerusalém]'.

A impressão do sinal tinha em vista a matança subsequente da massa ímpia. O que sempre caracteriza um restante (piedoso) é uma tristeza moral, um horror, diante da iniquidade reinante. Dos tais, diz o Senhor: 'Eles serão meus no dia que eu faço, uma possessão particular' (MI 3.17)".

 

Gentios salvos durante a Tribulação (9-17). "A grande multidão representa gentios que ouviram o testemunho final, e creram. Nosso Senhor fala deles no grande julgamento das nações como ovelhas que ficam à sua direita, e herdam o reino (Mt 25.31, etc.) Os 'irmãos' do nosso Senhor, mencionados em Mateus 25, são o restante de Israel. Esta grande companhia não estará perante um trono celeste, mas perante o trono milenar sobre a terra. É uma cena milenar, depois de terminada a Tribulação.

 

"O capítulo termina com uma descrição das bênçãos milenares para estas nações remidas".

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

  APOCALIPSE CAPÍTULO  8

 

O sétimo selo (1-5). Neste trecho o "outro anjo" (v. 3) sem dúvida é o próprio Senhor, o único competente para apresentar a Deus as orações dos santos. O silêncio no Céu é uma introdução a acontecimentos solenes.

 

"O sétimo selo leva-nos imediatamente àquilo que rege todo o curso dos acontecimentos. As trombetas que vão soar são trombetas de guerra. Correspondem ao cerco de Jericó, feito sete vezes no último dia da sua existência, e mostram-nos detalhadamente o julgamento do mundo prefigurado pela queda e juízo de Jericó.

Devemos recordar que, no quadro do V.T., as trombetas são de jubileu. De um lado fazem soar uma nota de alarme e juízo, mas do outro falam de liberdade e restauração; e aqui vemos o que é que move a Mão que move o universo: a saber, que as trombetas soam como resposta divina às súplicas dos santos" (Grant).

 

As quatro primeiras trombetas (6-13), estas têm um caráter mais brando que as três últimas. Os juízos profetizados ferem "a terça parte " da terra, referindo-se provavelmente, à esfera do antigo Império Romano, incluindo quase toda a Europa. "O grande monte ardendo em fogo" (v. 8) é para ser entendido em sentido simbólico.

Na Bíblia uma montanha representa um reino (Sl 46.2; Is 2.2: Zc 4.7, e especialmente Jeremias 51.25). O mar representa as nações. Algum reino, ardendo interiormente, devido talvez à revolução, será precipitado no instável mar das nações, e o resultado será ainda maior destruição de vida e comércio.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

  APOCALIPSE CAPÍTULO  9

 

A quinta trombeta (1-1'2). Há um "ai" ligado a cada uma das últimas três trombetas. Isto foi anunciado no último versículo do capítulo anterior. A "águia" mencionada era arauto de grandes juízos (Mt 24.28: Ap 19.17, 18). A quinta trombeta é um juízo especial sobre o Israel apóstata. A Grande Tribulação dos três anos e meio finais agora começa. No capítulo 12.12 lemos alguma coisa da mensagem de tribulação da águia.

 

"A estrela que cai do céu com a chave do abismo é Satanás. Aprendemos os detalhes disto no capítulo 12".

 

Grant observa que no caso do terceiro anjo a estrela "cai" do Céu, mas com o quinto anjo a estrela já está "caída " (V.B.). "É a história de um apóstata. A ele é dada a chave do abismo, e por seu meio abre-se sobre a terra uma influência satânica do abismo semelhante à fumaça de uma grande fornalha...

 

O abismo ou cova não é o próprio Inferno, nem, segundo a Escritura, já está Satanás ali. No N. T. 'cova' é muitas vezes o sinônimo de masmorra, e pelo visto é esse o sentido aqui. Assim os demônios rogam que não sejam lançados no abismo (Lc 8.31) e Satanás, no capitulo 20, está encerrado ali...

 

"Porém devemos lembrar que toda a linguagem aqui é simbólica. Não precisamos supor que Cristo ponha literalmente a chave da masmorra nas mãos de um apóstata..."

 

 

A sexta trombeta — o segundo ai (13-21). Seguem-se ainda mais juízos. Um grande exército destrói "a terça parte' o ressurgido Império Romano. "Os quatro anjos têm sido interpretados diversamente. Não devem ser identificados com os anjos do capítulo 7.1. A plena compreensão desta profecia não podemos esperar antecipadamente. Ligada a esta invasão há mais uma manifestação do poder de demônios (20,21)

 

"Por que 'quatro anjos'? e que simbolizam? A repressão sob a qual estavam indica que eram poderes contrários, e exclui a possibilidade de anjos santos; nem é provável serem literalmente anjos. Parecem poderes representativos; e, na interpretação histórica, eles têm sido tomados como representando as divisões do antigo império turco..."

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

ENTRE A SEXTA E A SÉTIMA TROMBETAS UM PARÊNTESE COM VÁRIAS VISÕES

                                                           (cap. 10 a 11.14)

 

 

  APOCALIPSE CAPÍTULO  10

 

O anjo forte e o livrinho (1-7). Este anjo é geralmente interpretado como representando o próprio Senhor. "Antes da abertura do sétimo selo, Ele aparece na sua dignidade sacerdotal. Aqui, antes de tocar a sétima trombeta. Ele aparece da mesma forma, mas é chamado anjo forte. e percebemos a sua dignidade real. A nuvem. o arco-íris. o rosto como o sol, etc., tudo atesta a mesma coisa".

 

Diz (Grant:) "Assim também o arco-íris, que ultimamente vimos em redor do trono de Deus, cinge a sua cabeça. Após tristeza vem o gozo; após a tempestade o frescor; é a manifestação, afinal, dos benditos atributos de Deus; embora haja. naquilo que passa, uma glória que permanece. E esta glória aproximasse mais, agora, na Pessoa do que desce à Terra. Mas o seu rosto é como o sol; ali deveras vemo-lo. Que outro tem rosto semelhante? No nosso Céu não há dois sóis - nossa órbita não é elipse e sim círculo.

 

Sobre o livrinho, diz o mesmo autor: "O sétimo selo abre um livro que havia sido visto no Céu; a sétima seção aqui mostra-nos outro livro, já aberto, mas é um livrinho. Não tem o escopo ou plenitude do outro. Aqui não lemos que o escrito enche a página a transbordar.

É um livrinho aberto, mas estava até agora fechado; um livro cujo conteúdo diz respeito exclusivamente à Terra, e não ao Céu, como o livro que tinha os sete selos.

Nisto temos a chave para entendermos qual é o livrinho, pois a característica da profecia do V. T. é precisamente isto, que nos abre as coisas terrestres, não as celestiais... tudo está de acordo: o testemunho profético (o testemunho do livrinho aberto) é para ser agora consumado repentinamente... e agora a fé (como aconteceu com o profeta) deve comer o livrinho destas maravilhosas comunicações, doce na boca mas amargo no ventre, pois as últimas tribulações da terra já sobrevieram...

 

O livrinho comido (8-11). "Não é um livro selado, mas aberto. Refere-se às profecias do Velho Testamento relativas a Israel durante a Grande Tribulação.

 

"João recebeu ordem para comer o livro. (Veja-se Ezequiel 2.8 e 3.3). Era doce e amargo. Tal é a palavra profética referente a estas coisas. Doce, porque fala de liberdade e uma gloriosa consumação, mas depois de digerido, bem compreendido, revela amargura, os sofrimentos e os juízos que se ligam a este período".

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

  APOCALIPSE CAPÍTULO  11

 

(Neste capítulo continua o segundo parêntese, até o versículo 14.)

 

Às duas testemunhas (1-6). As alusões ao templo, ao altar, ao átrio, etc., mostram que o assunto aqui é Israel. A Igreja não é visada neste capítulo. "Os meses agora são referidos pela primeira vez no Apocalipse. São idênticos aos 1260 dias, ao tempo (ano), tempos (2 anos), e divisão de tempo (meio ano) na profecia de Daniel, e aos últimos três anos e meio da setuagésima "semana" de Daniel.

 

Fazer destes 42 meses 1260 anos, como muitos expositores têm feito, é uma suposição destituída do apoio das Escrituras. Estes 1260 dias (três anos e meio) são o período da última parte da Grande Tribulação, ou seja, a Grande Tribulação propriamente dita. Então Israel apóstata estará na sua pior condição, sob influência satânica e idólatra (Mt 12.43-45).

 

As duas testemunhas têm sido explicadas mui diversamente por diferentes expositores. Ê preciso notar que aparecem durante os três anos e meio da Grande Tribulação e não em qualquer dos séculos já passados. Diz Gabelein: "Cremos que estas duas testemunhas representam o grande testemunho a ser dado a Jerusalém durante os 1260 dias da Tribulação. Talvez os chefes serão dois vultos principais, manifestando o espírito de Moisés e Elias, e dotados de poder sobrenatural; mas é evidente que há alusão a um grande número de testemunhas. Eles mantêm, no meio de cenas satânicas, um grande testemunho para Deus".

 

A besta e as testemunhas (7-14). "Esta besta saindo do abismo é o ressurgido Império Romano sob a ponta pequena, visto por Daniel na besta com quatro pontas (Dn 7.8). Enquanto domina sobre os gentios, virar-se-á furiosamente contra os santos de Israel".

 

"No versículo 10 vemos nova alusão à classe que é chamada 'os que habitam na terra'. Convém estudar as passagens onde são referidos: 3.10; 6.10; 8.13; 11.10; 13.8; 14.6; 17.8. São cristãos apóstatas, cegos, endurecidos. Filipenses 3.18,19 dá seu caráter e destino.

 

A sétima trombeta: o terceiro ai (15-18). Isto nos leva ao fim da Tribulação e ao começo do Milênio. Cristo reina, e seus servos, os profetas e os santos, recebem seu galardão e reinam com Ele.

 

O versículo 19 pertence ao assunto do capítulo 12, que volta para ocupar-se com acontecimentos anteriores.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

  APOCALIPSE CAPÍTULO  12

 

A mulher com criança (1-6). "Quem é esta mulher vestida do sol? Os romanistas têm querido provar que é a virgem Maria. Muitos expositores pensam que é a Igreja. À luz do escopo deste livro do Apocalipse é impossível entender que seja a Igreja. A mulher representa nação de Israel. Todos os símbolos o especialmente a coroa com as doze estrelas (Gn 37.9)

 

Ela aparece vestida da glória do sol — isto é, Cristo mesmo, como brevemente aparecerá em poder supremo como o Sol da Justiça (Ml 4.2), pois é o sol que governa o dia. Por isso a sua antiga glória, antes da aurora — a glória refletida pelos tipos e símbolos é como a lua debaixo dos seus pés. A coroa de doze estrelas sobre sua cabeça fala naturalmente das doze tribos".

 

Guerra no Céu (7-12). Este trecho, revela-nos algumas coisas acerca de Satanás, a saber, seus nomes: o Dragão (a antiga serpente), o Diabo, Satanás, e o Acusador dos irmãos. (Veja-se Jó 1 e 2.)

 

Vemos que em tempos de provação diabólica pode haver vitória "pelo sangue do Cordeiro, e pela palavra do seu testemunho".

 

O dragão persegue a mulher (13-17). Devemos ligar o versículo 6 com o versículo 14. Satanás compreende que seu tempo é curto. Sua expulsão do Céu será logo seguida por seu encarceramento no abismo durante mil anos.

 

"Referente à mulher, o deserto significa um lugar de isolamento; e o 'lugar preparado por Deus', o cuidado de Deus por Israel. Mas não será a nação toda. Haverá uma parte apóstata que toma o lado de Satanás e do Anticristo. As águas que a serpente lança contra a mulher representam o ódio que Satanás fomenta contra Israel".

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

  APOCALIPSE CAPÍTULO  13

 

A besta que subiu do mar (1-10). "A besta que João viu subir do mar é o Império Romano. Este, Daniel viu como um monstro medonho com dentes de ferro e com dez pontas. Daniel tinha visto o Babilônico, o Medo-Persa e o Greco-Macedônio, sob a figura de um leão, um urso e um leopardo. João vê esta besta aqui como leopardo, com pés de urso e boca de leão...

 

As dez pontas são os dez reinos que existirão nesse império. Mais tarde se nos diz que estes dez reis "têm um mesmo intento, e entregarão o seu poder e autoridade à besta" (17.13).

 

A besta que subiu da terra (11-18). "A segunda besta não é um império com um grande chefe, mas é uma pessoa. A primeira besta é um poder político; a segunda é um chefe religioso. A primeira é um poder gentílico, e seu chefe um gentio; a segunda é um judeu.

 

A primeira besta, mediante seu chefe, faz no começo dos sete anos um concerto com muitos dos judeus, mas no meio da semana ele quebra o concerto (Dn 9.27). Este concerto será provavelmente a permissão aos judeus para edificar o templo e recomeçar seu culto e seus sacrifícios. A primeira e a segunda bestas fazem um concerto, que marca o começo da setuagésima semana de Daniel. Mas quando a ponta pequena, a primeira besta, chega a ser dominada por Satanás, ela quebra este concerto. Então a segunda besta exige que adorem a primeira besta e a si mesma também. Esta segunda besta é o Anticristo.

 

Que significa o número 666? Se colecionássemos todas as interpretações deste número poderíamos encher muitas páginas. Sete é o número completo e perfeito; seis é incompleto, e é o número de um homem (v. 18). Aqui temos seis por três vezes. Significa a humanidade caída, cheia de orgulho, desafiando a Deus. "O número 666 significa o dia do homem e seu desafio a Deus, na sua culminação sob o poder de Satanás".

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

  APOCALIPSE CAPÍTULO  14

 

O Cordeiro e os 144.000 (1-5). "Este capítulo contém sete visões. O Senhor responderá às orações do perseguido povo de Israel e livra-lo-á por sua própria vinda do Céu. Esta gloriosa manifestação é plenamente revelada no capítulo 19. Aqui é antecipada." Com respeito aos 144.000 Gabelein escreve: "Estes 144.000 nada têm com a Igreja.

 

Os anciãos referidos no versículo 3 são distintos dos 144.000 e incluem e representam a Igreja. Os 144.000 são a companhia assinalada no capítulo 7, mas também incluem o restante de Israel que sofre, mais precisamente na Palestina. Em uma palavra, representam "todo Israel" salvo pela vinda do Libertador desde Sião (Rm 11.26).

 

"O versículo 4 é para ser entendido figurativamente. Se fosse literal, os 144.000 seriam todos homens. Eles não se contaminaram com as corrupções e idolatria prevalecentes na Terra".

 

A proclamação do Evangelho eterno (6,7). "Nada tem com a evangelização do presente período da Igreja. O 'anjo' não se entende literalmente. A pregação de um Evangelho nunca foi confiada a um anjo, mas aos homens. O Evangelho pregado é o do reino, e os pregadores são o fiel restante do povo de Israel".

 

A mensagem do "Evangelho eterno" (literalmente "Evangelho da época" ou, talvez, "das épocas") é interessante: a) Temei a Deus! b) Dai-lhe glória! c) Adorai o Deus-Criador! E em todas as épocas semelhante mensagem pode ser chamada um "Evangelho".

 

A queda da Babilônia (8-11) é antecipada aqui. A 'prostituição da Babilônia é uma figura de iniquidade religiosa. Anuncia-se o julgamento dos adoradores da besta. Vemos a ira de Deus revelada onde, durante tantos séculos, foi pregada a sua graça.

 

A ceifa e a vindima (12-20). O Filho do homem vem com juízo. Os ceifeiros são os anjos (Mt 13.41). O dia de vingança já chegou. (Leia-se Isaías 63.1-6; Joel 3; Zacarias caps. 12-14.)

 

Diz F. W. Grant: "As visões do capítulo 14 chegam evidentemente ao termo dos julgamentos na própria vinda do Senhor. As 'taças' (cap. 16), por isso não podem vir depois ou ir mais além. De fato, a vinda do Senhor não é atingida por elas, embora possa ser subentendida, pois nas taças a ira de Deus é consumada.

 

No capítulo 14, onde temos a resposta do Cordeiro ao desafio do inimigo, Ele aparece. A manifestação do Anticristo é respondida pela manifestação de Cristo, como o dia termina a noite; mas então o dia raiou. Nas 'taças' há simplesmente a destruição do mal; e enquanto as visões anteriores classificam de maneira divina os objetos da ira, as taças dão-nos antes a história detalhadamente — a sucessão dos acontecimentos; embora isto, já se vê, tenha propósito moral e sentido divino".

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

  APOCALIPSE CAPÍTULO  15

 

O cântico de Moisés e do Cordeiro (1-4). Aqui se segue mais uma cena de adoração antes de saírem os anjos com as sete últimas pragas. Que contraste entre a ocupação dos remidos com seu Salvador e a ocupação dos anjos, com juízes sobre a terra! Os adoradores aqui não são anciãos, mas os harpistas que já temos visto em 14.2,3.

 

Os sete anjos procedem do templo (5-8). Mais bem-aventurada sorte a nossa, de sermos os mensageiros da misericórdia de Deus, do que essa dos anjos, os mensageiros da sua ira. Mas a graça desprezada por muitos séculos será seguida por juízos divinos.

 

Os anjos saem do santuário com as mãos vazias, mas recebem de uma das criaturas viventes as taças da ira de Deus.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

  APOCALIPSE CAPÍTULO  16

 

As cinco primeiras pragas (1-10). Os julgamentos das taças afetam não somente o Império Romano, mas o mundo todo (v. 1). Podem ser penas simbólicas ou literais. O mar (v. 3) pode representar os gentios. Todos os gozos da vida figurados pelos rios e fontes das águas são envenenados e corrompidos (v. 4). A quarta praga tem sido explicada simbolicamente: "o sol representa a suprema autoridade do Império Romano".

 

Na quinta praga o trono da besta é inundado de ira. Tinham dito sobre ela: "Quem é semelhante à besta, e quem pode pelejar contra ela? " (13.4). Aqui Deus responde na sua ira. Ainda assim, não temos o completo julgamento das duas bestas, que vem mais adiante.

 

Sexta e sétima pragas (12-21). Há uma íntima relação entre os juízos das trombetas e das taças, que notamos mais especialmente no caso da sexta trombeta (9.13) e sexta taça, visto que em ambas se menciona o rio Eufrates. Uma interpretação histórica do Apocalipse supõe que o rio Eufrates figura a nação turca, mas nada há na Bíblia que apóie esta idéia.

 

O rio Eufrates era um dos limites do Império Romano, uma espécie de barreira dividindo entre o Ocidente e o Oriente. Removida esta barreira, os reis do Oriente podem invadir a Terra Santa. Ezequiel descreve uma grande invasão (caps. 38,39). Veja-se também Joel 3.2. (Para um estudo de Babilônia veja-se sobre o capítulo 17.)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

  APOCALIPSE CAPÍTULO  17

 

A mulher prostituta (1-6). O nosso espaço disponível não nos permite entrar em todos os argumentos que identificam "Babilônia" neste capítulo com Roma papal.

João viu a mulher sentada sobre uma besta de cor de escarlata (v. 3), que alguns expositores entendem figurar o Império Romano ressurgido. Tal besta parece ser identificada com esse Império. A mulher "embriagada com o sangue dos santos" faz-nos lembrar as torturas da "Santa" Inquisição e todas as perseguições religiosas, que nunca poderão ser consumadas na própria cidade de Babilônia.

 

A interpretação pelo anjo (7-15). Este trecho é importante como sendo um dos poucos casos em que os símbolos do Apocalipse são interpretados. "Os sete reis ou cabeças no versículo 10 representam diferentes formas de governo no Império Romano, algumas já passadas... A oitava cabeça, que vai para a perdição (v. 11), é o chefe do Império, a ponta pequena que Daniel viu na besta com dez pontas".

 

A desolação da prostituta (16-18). A mulher fica montada na besta pouco tempo. As dez pontas, os dez reinos e a besta, viram-se contra ela (v. 16). É Deus, no seu justo juízo, que tem decretado sua desolação desta maneira. "A mulher que viste é a grande cidade que reina sobre os reis da terra". A cidade não pode ser outra senão Roma, com o nome simbólico de Babilônia.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

  APOCALIPSE CAPÍTULO  18

 

Neste capítulo vamos usar as divisões dadas por Scofield.

 

A última forma da cristandade apóstata — A advertência ao povo de Deus (1-8). Este capítulo apresenta mais o aspecto social e comercial da cristandade apóstata, e não tanto o aspecto religioso, como no capítulo anterior. O anjo do versículo 1 pode ser novamente o próprio Senhor.

Babilônia feita habitação de demônios, pode significar algum grande desenvolvimento do espiritismo.

 

 

Os reis do versículo 3 não são os dez reis do Império, pois estes são instrumentos no julgamento da prostituta, enquanto aqueles lamentam a sua destruição (v. 9).

 

Neste meio corrupto ainda há alguns que Deus pode chamar "povo meu", e, a estes, a palavra é "Sai dela!" Durante todos os séculos esta advertência tem despertado os crentes sinceros, para não se comprometerem com associações duvidosas.

 

O aspecto humano de "Babilônia " (9-19). Segue se aqui uma lamentação geral de todos os que têm lucrado com o comércio de "Babilônia", agora que chegou a hora da sua destruição. As mercadorias de Babilônia aqui são de 28 diferentes espécies, começando com ouro e terminando com almas humanas. Sabemos que ainda há quem faça negócio de criaturas humanas, sacrificando corpos e almas no seu comércio. Ao estudar os artigos do comércio da cristandade apóstata, reparamos que todos são de luxo.

 

A vista angélica de Babilônia (20-24). Em Jeremias 51.60-64, lemos que Seraías foi mandado por Jeremias a atar uma pedra ao livro que continha as palavras do profeta, e lançá-lo no rio Eufrates. "E dirás: Assim se submergirá Babilônia por causa do mal que vou trazer sobre ela". Aqui um anjo toma uma grande pedra de moinho e a atira no mar, assim simbolizando a completa destruição do sistema iníquo e da cidade igualmente iníqua.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

  APOCALIPSE CAPÍTULO  19

 

Quatro aleluias no Céu. (1.6). Mais uma vez temos a frase significativa "depois destas coisas" (4.1; 7.1; 18.1). A primeira vez foi no capítulo 4, a respeito dos "céus", e depois disso a encontramos várias vezes. Aqui a imensa multidão celebra o triunfo do Cordeiro sobre todo o poder inimigo.

 

As bodas do Cordeiro (7-10). A prostituta está sendo julgada, aquela que queria figurar como a noiva do Cordeiro; a verdadeira noiva (a Igreja) vê-se na glória. Alguns têm pensado que a noiva é Israel, mas esquecem-se de que esta é uma cena celestial, e as bênçãos de Israel, são terrestres. Em tempos passados Israel figurava como a esposa de Jeová (Is 54.5), mas por causa dos seus pecados foi repudiada.

 

"A sua esposa se aprontou" (v. 7). A graça de Deus forneceu o vestido branco, e o sangue da expiação é o título à glória.

 

Os céus abertos e a vinda do Rei (11-16). Chegamos agora ao grande acontecimento tantas vezes mencionado no V.T. — a manifestação de Cristo, de volta para julgar o mundo e receber seu reino milenar. Gabelein aponta as seguintes criaturas que se referem ao mesmo assunto: Salmos 2; 45; 46; 47; 50.1-6; 68; 110; Isaías 11; 24.19-23; 25; 26; 63.1; 65.516; Daniel 2.44,45; 7.9-14; Joel 3; Zacarias 14;

 

Hebreus 3. (Vejam-se também Mateus 24.29,30; Atos 1.11;2 Tessalonicenses 1.7-10.)

 

A batalha do Armagedom (16.16) e o dia da vingança (17-21). Hoje mesmo vemos nações que estão embriagadas com as suas proezas militares, e podemos entender que este espírito A batalha do Armagedom (16.16) e o dia da vingança (17-21). Hoje mesmo vemos nações que estão embriagadas com as suas proezas militares, e podemos entender que este espírito belicoso aumentará ainda mais. Tais povos, afinal, poderão encontrar-se com um guerreiro mais forte que eles, e então sofrerão as consequências do seu militarismo. A quem o quiser é concedido conhecer Cristo como Salvador, Amigo e Protetor, mas quem se atrever a lutar contra Ele saberá que Ele é o Vencedor.

 

"Zacarias 14.2 cumpre-se agora. Enquanto vastos exércitos cobrem montanhas e vales, o alvo visado será Jerusalém. Todas as nações serão ajuntadas contra ela. A angústia de Jerusalém é a maior da sua história, mas o fiel restante espera o livramento prometido. A besta, chefe do Império, e a segunda besta, o Anticristo, chamada também de o falso profeta, agem de comum acordo nesta cena final. Vemo-los juntos no versículo 20".

 

Diz F. W. Grant: "0 Milênio não é a eterna bem aventurança; não é o sábado, com o qual tantos querem compará-lo. Corresponde antes ao sexto dia - o dia em que o homem e a mulher (tipos de Cristo e a Igreja) são colocados sobre as outras criaturas. O sétimo dia é o tipo do descanso de Deus, que é o único verdadeiro descanso para seu povo (Hb 4.9).

 

O Milênio é o último período da prova do homem, e não seu descanso. É prova nas melhores circunstâncias possíveis — a justiça reinando, o curso do mundo transformado, o Céu aberto, a terra cheia do conhecimento da glória de Deus, a recordação de juízos passados para admoestar sobre o futuro. Então será resolvido o problema de se, afinal, o pecado é mero fruto da ignorância, de mau governo ou de quaisquer dos acidentes da vida aos quais tão freqüentemente é atribuído. Ficará evidente a sua origem quando, depois de mil anos de bênçãos, Satanás for solto da sua prisão; somente então a última lição quanto ao homem será plenamente aprendida".

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

  APOCALIPSE CAPÍTULO  20

 

Satanás amarrado; o reino milenar (1-6). Seis vezes neste capítulo lemos dos mil anos. Outras passagens que podem ser consultadas sobre o reino milenar são: Mateus 19.28; Atos 3.19-21; Romanos 8.1923; Efésios 1.10; Filipenses 2.9-11; Colossenses 1.20.

 

Podemos acrescentar ainda a escritura: "Porque convém que reine até que haja posto a todos os inimigos debaixo dos seus pés. Ora, o último inimigo que há de ser aniquilado é a morte. Porque todas as coisas sujeitou debaixo dos seus pés. Mas quando diz que todas as coisas lhe estão sujeitas, claro está que se excetua aquele que lhe sujeitou todas as coisas" (I co 15.25-27). Com estas escrituras podemos ainda ligar Salmo 72.7,8; Isaías 2.4; 6.3; 65.25; Hebreus 2.14.

Satanás solto; a última revolta (7-10). Deus permite Satanás sair da sua prisão para demonstrar o que é a natureza humana. A humanidade já foi provada sob todas as condições possíveis, e falhou em cada prova. Falhou debaixo da Lei, e ainda mais debaixo da Graça, e agora, nas circunstâncias mais gloriosas, durante o Milênio, quando o Senhor é conhecido em todo o mundo e reina em justiça, o homem torna a falhar, não correspondendo à graça de Deus.

Ainda haverá afinal homens dispostos a aderir à revolta de Satanás e a se rebelarem contra Deus. Sobre isto podemos consultar algumas passagens do V.T., por exemplo: Salmos 18.44; 66.3; Isaías 66.23,24. 

 

Sobre Gogue e Magogue, Gabelein escreveu: "Gogue e Magogue (v. 8) não devem ser identificados com Gogue e Magogue em Ezequiel 38 e 39. A invasão da terra descrita por Ezequiel é anterior ao Milênio. Gogue e Magogue não devem ser entendidos literalmente: os nomes são empregados metaforicamente. A invasão antes do Milênio é uma figura desta revolta final... Os remidos estão acima da terra, na Nova Jerusalém, mas eles têm acesso à terra e participam com o Rei no governo da terra".

 

  

O Grande Trono Branco (11-15). Nosso Senhor falou de duas ressurreições (Jo 5.29), uma para a vida e para a morte. O Apocalipse Ela da primeira. "Esta é a primeira ressurreição" (v. 5). A primeira ressurreição foi completada no começo do Milênio.

O restante dos mortos (v. 5) são, necessariamente, os mortos iníquos. O juízo do Grande Trono Branco é um juízo somente dos mortos.

"Quem é o Juiz sobre o trono? Não o Pai, mas o Filho (Jo 5.22). O Trono não está estabelecido sobre a terra nem em relação aos tempos e dispensações. É um cena exterior à história humana. Passamos do Tempo para a Eternidade!" (Scott).

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

  APOCALIPSE CAPÍTULO  21

 

Novos céus e nova terra (1-8). No capítulo 20.11 lemos que céus e terra fugiram, e não se achou lugar para eles. Realizar-se-á então a grande conflagração de que fala Pedro, quando "os céus passarão com grande estrondo, e os elementos, ardendo, se desfarão, e a terra e as obras que nela há, se queimarão' (2 Pe 3.10). Mas no mesmo capítulo lemos: "Mas nós, segundo 'a sua promessa, aguardamos novos céus e nova terra, em que habita a justiça" (v. 13). Durante o Milênio, a justiça reina na terra, mas depois surge um novo estado de coisas onde a justiça habita.

 

"O céu mencionado neste capítulo não pode ser o céu inteiro, pois há um céu que não pode ser tocado por este fogo purificador. O céu quer dizer, muitas vezes, a atmosfera que envolve a terra, que outrora era a esfera do grande usurpador, o príncipe das potestades do ar:" (Veja Isaías  65.17 e 66. 22 )

 

"Mas quanto aos tímidos os medrosos [V.B.], sua parte será no lago que arde com fogo e enxofre" (v. 8). Não é lícito aplicarmos este terrível castigo a todos os medrosos sem discriminação. Os discípulos, durante a tempestade no lago, mostraram-se "medrosos" (a mesma palavra grega), mas não vão para o Inferno por isso. Evidentemente o sentido é muito restrito, e possivelmente refere-se a pessoas que, por covardia, não se converteram a Cristo, receando a perseguição.

 

Contudo, alguns podem achar difícil conciliar este versículo, que aparentemente engloba tímidos, abomináveis e assassinos no mesmo castigo, com outras escrituras que ensinam que o castigo será de acordo com a ofensa (Lc 12.47), como também a justiça humana requer, e com Apocalipse 20.12 que fala de os mortos serem julgados "segundo as suas obras" — uma sorte que mesmo a nossa inteligência natural aprova, embora deseje que a justiça seja temperada com misericórdia.

 

Notemos que o mesmo capítulo' que fala em tão tremendos juízos contém também as palavras: "Deus limpará dos seus olhos toda lágrima", e nos deixa pensando que porventura, "toda" quer dizer o que diz, e inclui lágrimas de arrependimento, de remorso, de desapontamento, de desespero.

 

A Nova Jerusalém (9-21). Este trecho ocupa-nos outra vez com o período milenar. O que foi dito em 20.2-6 é agora revelado mais plenamente, e temos uma descrição da noiva, a esposa do Cordeiro, na sua glória milenar, em relação a Israel e às nações sobre a terra.

 

"Esta descrição da Nova Jerusalém é simbólica; ela não está sobre a terra. A Jerusalém terrestre nunca será removida da terra, e as suas glórias durante o Milênio são plenamente descritas pelos profetas do V.T. (Veja-se, por exemplo, Isaías 6'2.2-5...)

 

"O muro com suas doze portas, doze anjos, doze nomes das tribos, doze fundamentos, mostra alguma relação entre a cidade santa, a esposa do Cordeiro e a Jerusalém terrestre.

 

"Que esta cidade não pode ser uma habitação terrestre, vê-se pelas suas medidas: aproximadamente 2.000 quilômetros de comprimento, largura, e — altura! Precisamente o que estas medidas significam, não podemos interpretar, mas provavelmente contêm a idéia de simetria perfeita.

 

Para uma explicação de todos os símbolos contidos na descrição da Nova Jerusalém é preciso consultar um comentário sobre o Apocalipse.

 

Diz F. W. Grant: ' A 'cidade' que nos é revelada aqui não é uma simples figura dos santos, como, pelo termo empregado, 'a Noiva, a Esposa do Cordeiro', alguns entendem. Há outras escrituras que apresentam um sentido mais positivo. 'Jerusalém de cima, que é nossa mãe' (Gl 4) não pode ser entendida assim, embora a Igreja fosse assim chamada pelo pensamento da Idade Média. Ainda assim não podia ser chamada 'de cima'

 

"Em Hebreus 12 temos um testemunho ainda mais definido. Ali a 'Igreja dos primogênitos inscritos no Céu', tanto como 'os espíritos dos justos aperfeiçoados', em outras palavras, tanto cristãos como santos do V.T., são mencionados distintamente da 'cidade do Deus vivo, Jerusalém celeste'  portando  não podem ser idênticos

 

"Mas a cidade é a 'noiva', a Esposa do Cordeiro No V.T. a figura do matrimônio emprega-se da ma maneira. Israel era assim a esposa de Jeová  54.1"; Jr 31.32), agora repudiada por causa da sua fidelidade, mas que voltará ainda (Oséias 2) e será recebida e reabilitada. Novamente seu Criador será seu marido, e bênção maior que a primitiva lhe será outorgada.

 

No Salmo 45: 0 Rei de Israel, o Messias, é o Noivo; o Cântico de Salomão é o cântico místico do seu consórcio. Jerusalém assim leva seu nome: 'Este é o nome pelo qual ela será chamada: Jeová, a nossa Justiça' (Jr 33.16; 23.6). A terra também será 'desposada' (Is 62.4).

 

"No N.T. a mesma figura emprega se, e da mesma maneira o Batista fala do seu gozo como 'antigo do Noivo' e de ouvir a voz do Noivo (Jo 3.29). E na parábola das virgens (Mt 25), são os cristãos os que saem ao encontro do Noivo, por isso mesmo eles não são a noiva, que ainda é Israel (de acordo com o sentido geral das profecias). Alguns percebem nas bodas de Caná da Galiléia também um reflexo do mesmo pensamento".

 

O novo templo e a nova luz (22-27). Esta cidade celestial não necessita de um templo, porque Deus estará acessível aos seus habitantes espirituais, não em um determinado lugar e ocasião, mas sempre e por toda parte. "Quando as nações e os reis da terra subirem a Jerusalém terrestre para adorar a Deus durante o Milênio (SI 72.8-11; Is 60.1-3; Zc 14.16), sem dúvida levantarão seus olhos à Jerusalém celestial. Sobre o monte Sião, na terra de Israel, descansará a glória de Deus, e por cima a visão da cidade onde a glória habita e donde a glória emana".

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

  APOCALIPSE CAPÍTULO  22

 

O novo Paraíso, e o rio da água da vida (1-7). Continua ainda a visão de Jerusalém celestial, com o rio da vida e a árvore da vida para a saúde das nações. A Jerusalém terrestre terá também seu rio (Ez 47.1 e Zc 14.8). Tomando a estudar Ezequiel 47 achamos mais alguma coisa que corresponde à cidade celestial: "E junto do ribeiro, à sua margem, de uma e de outra banda, subirá toda sorte de árvore que dá fruto para se comer: não cairá a sua folha, nem perecerá o seu fruto: nos seus meses produzirá novos frutos, porque as suas águas saem do santuário: e o seu fruto servirá de alimento e sua folha de remédio".

 

Repetimos, isto se dará na Jerusalém terrestre. Bem se tem dito que "as coisas terrestres são modeladas na semelhança das celestiais". (Veja-se Êxodo 25.40; 26.30; 27.8.) O rio sobre a terra, com suas árvores, frutos e remédios, é como que uma sombra projetada pela árvore da vida na Jerusalém celestial.

 

A árvore da vida faz-nos pensar do Éden. A árvore do conhecimento do bem e do mal não apareceu mais. Como disse alguém: "A árvore cujo fruto trouxe a morte, secou-se na Cruz".

 

Os versículos 3-5 falam de sete glórias dos remidos:

 

1) ausência de maldição;

2) governo divino;

3) serviço santo;

4) "verão seu rosto";

5) o nome na testa;

6) ausência de noite;

7) um reino eterno.

 

 

A última mensagem da Bíblia (8-19). O que mais nos impressiona nesta mensagem é a expressão "eis que cedo venho", seis vezes repetida em palavras diferentes. Como podemos entendê-las? Quase dois mil anos já decorreram desde que essas palavras foram escritas, e ainda dizem os descrentes: "Onde está a promessa da sua vinda? "

 

Ao menos uma coisa parece evidente: que Deus quis que, durante os séculos, a esperança da volta do Senhor fosse para os remidos sempre viva, imediata, purificadora (1 Jo 3.3) em todos os tempos.

 

À nossa compreensão essa vinda pode não parecer "cedo", mas em vista dos ilimitados séculos da eternidade, pode parecer cedo para Deus, para quem mil anos são como um dia.

 

A última promessa e a última oração da Bíblia (20,21). A promessa persuade-nos de que a grande preocupação do Salvador atualmente, como durante os séculos passados, é a segunda vinda. Tem-se dito que durante o período da sua vida terrestre Jesus era "o homem de dores"; que atualmente é o homem de paciência, e que, afinal, quando receber a sua Igreja remida, será o homem de regozijo (Ef 5.27).

 

E o crente esperançoso corresponde à inspiradora promessa com sua oração fervorosa "Ora vem, Senhor Jesus!"

 

 

 

 

 

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