jo

Jó, o sofrimento dos justos.

LIVRO DE JÓ

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INTRODUÇÃO:

O livro de Jó tem a forma de um poema dramático. É provavelmente o mais velho dos livros da Bíblia e foi talvez escrito antes da Lei. Teria sido impossível, numa discussão incluindo todo o assunto do pecado, do governo providencial de Deus e das relações dos homens com Ele, evitar qualquer referência à Lei se a Lei fosse conhecida.

Jó é uma pessoa autêntica (Ez 14.20; Tg 5.11) e os acontecimentos são históricos. O livro lança uma luz notável sobre a largueza filosófica e a cultura intelectual do tempo dos patriarcas. O tema é: Por que sofrem os piedosos?

Jó tem sete divisões:

1. Prólogo (1.1 a 2.8).

2. Jó e sua mulher (2.9, 10).

3. Jó e seus três amigos (2.11 a 31.40).

4. Jó e Eliú (32.1 a 37.24).

5. Jeová e Jó (38.1 a 41.34).

6. Resposta final de Jó (42.1-6).

7. Epílogo (42.7-17) - (Scofield).
 

ANALISE DE JÓ

O prólogo (caps. 1 a 3), Jó e seus sofrimentos.

O Poema (caps. 4 a 42.6).

1. A discussão dos amigos (caps. 4 a 31)

1.1. Primeiro ciclo (caps. 4 a 14).

Elifaz fala (caps. 4 e 5) - Jó responde (caps. 6 e 7).

Bildade fala (cap. 8) - Jó responde (caps. 9 e 10).

Sofar fala (cap. 11) - Jó responde (caps. 12 a 14).

 

1.2. Segundo ciclo (caps. 15 a 21).

Elifaz fala (cap. 15) - Jó responde (caps. 16 e 17).

Bildade fala (cap. 18) - Jó responde (cap. 19).

Sofar fala (cap. 20) - Jó responde (cap. 21).

 

1.3. Terceiro ciclo (caps. 22 a 31).

Elifaz fala (cap. 2'2) - Jó responde (caps. 23 e 24).

Bildade fala (cap. 25) - Jó responde (caps. 26.1 a 27.10).

Sofar fala (27.11 a 28.28) - Jó responde (caps. 29 a 31).

 

2. A intervenção de Eliú (caps. 32 a 37) Introdução (cap. 32).

2.1. Seu discurso a Jó (cap. 33).

2.2. Seu discurso aos três amigos (cap. 34).

2.3. Seu discurso a Jó e aos amigos (cap. 35).

2.4. Seu discurso justificando a Deus (caps. 36 e 37).
 

3. A resposta de Jeová (caps. 38 a 42.6)

O Epílogo (cap. 42.7-17). Jó além dos seus sofrimentos.

 

A MENSAGEM DE JÓ

Jó, que significa "o perseguido" (ou talvez "o penitente"), é pessoa histórica, como aprendemos de Ezequiel 14.14,30 e Tiago 5.11, e morava em Uz, ao norte da Arábia deserta.

Era um patriarca gentio, a quem Deus se revelara, e que por isso era um adorador de Jeová. Se Abraão foi chamado "o Amigo de Deus", Jó é declarado, perante as hostes do Céu, o servo de Deus sobre a terra.

O livro que leva seu nome é um dos mais antigos da Bíblia, e há forte motivo para acreditar que Jó viveu entre os tempos de Abraão e Moisés. Era um homem de excepcional piedade, foi acometido de infortúnios excepcionais, queixou-se das providências de Deus e recusou ser confortado ou acalmado pelos argumentos dos amigos, mas nunca abandonou de todo sua fé, e foi afinal restaurado à sua antiga prosperidade.

"O assunto do livro tem sido dado como "O problema do sofrimento, A relação entre o sofrimento e o pecado, ou Quais são as leis do governo moral de Deus no mundo? Tudo isto é discutido de vários pontos de vista; e, mediante a discussão, somos levados a uma compreensão mais sábia destes perpétuos mistérios; mas o livro termina sem que o problema tenha sido resolvido" (Scroggie).
 

 

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LIVRO De jó CAPÍTULO 1

Jó na prosperidade e na adversidade. Deus mesmo que ele era um homem piedoso e reto por compreendemos que as suas tribulações não par causa das suas iniqüidades, embora mesmo tivesse admitido que não era perfeito 9.2 f. E ele não sabia por que fora permitido que sofresse tanto. Entre outras, foram provações de Jó:

1) Os sabeus roubaram-lhe o gado (v. 15).

2) O fogo de Deus (?) destruiu as ovelhas (v. 16).

3) Os caldeus deram sobre os camelos (17).

4) Uma tempestade de vento derrubou a casa do filho mais velho durante uma festa da família, e matou todos os filhos (18).

De tudo isto aprendemos que Satanás, quando Deus o permite, pode empregar as forças da natureza.

 

O procedimento de Jó foi correto, apesar de tamanhas provações:

a) Ele se humilhou, rasgando seu manto, raspando a cabeça e caindo sobre seu rosto (20).

b) Adorou a Deus, e disse "Bendito seja o nome de Jeová!" (21).

c) Confessou que tudo o que possuía lhe fora dado por Deus (21).

d) Admitiu que Deus tem o direito de retirar o que é seu (21). (Vemos aqui que a sua fé era submissa à vontade divina.)

 

 

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LIVRO De jó CAPÍTULO 2

Sofrimentos físicos e morais. Mais três provações caem sobre Jó neste capítulo e os seguintes:

1) Sofrimentos no seu corpo. "Toca-lhe nos ossos e na carne, e renunciará à tua face", disse Satanás a Deus (v. 5).

2) O fracasso espiritual da sua esposa (10).

3) Os amigos, que vêm para consolá-lo, acabam por acusá-lo.

Elifaz era temanita. Seu nome é o mesmo que o de um filho de Esaú (Gn 36.4), cujo próprio filho era chamado Temã (Gn 36, I I). Elifaz era evidentemente um descendente do "profano" Esaú.

Bildade era suíta. Suá, era um filho de Abraão e de sua mulher Quetura (Gn 25.1,2).
Sofar, o naamatita. não aparece em outro lugar das Escrituras.

O versículo 9 pode ser traduzido, em vez de "amaldiçoa a Deus, e morre", por "humilha.-te perante Deus, porque estás a morrer" R. 25.
 

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LIVRO De jó CAPÍTULO 3 a 31

Não vamos acompanhar detalhadamente as queixas de Jó e as recriminações dos seus amigos (?). Aceitamos a avaliação inspirada que pronunciou o pouco valor dos discursos acusadores (42.7), e, por isso mesmo, não nos vamos deter em examiná-los minuciosamente.

Acrescentamos algumas notas soltas referentes a estes capítulos:

Em 9.33 notemos a célebre queixa de Jó "Não há entre nós árbitro, para por a mão sobre ambos" e contrastemo-la com 1 Timóteo 2.5: "Há um só mediador entre Deus e os homens".

Em 12.3 em vez de "Eu não vos sou inferior", podemos ler, mais de acordo com o hebraico: "Não tenho caído mais baixo do que vós" (T).

Em 13.15 devemos notar a diferença entre Almeida e a V.B. Esta tem "Eis que me mata: não esperarei" de acordo com a revisão norte-americana da Bíblia. Qual tem razão?

Em 15.16, entende-se: "Que bebe a iniqüidade como o sedento bebe água"

Em 19.24 notamos o desejo de Jó de que as suas palavras fossem gravadas na rocha para nunca ficarem no esquecimento, e coisa maravilhosa — ainda hoje são lidas por milhares, e recordadas para sempre na página inspirada!

Sei que o meu redentor vive" (19.25). "O que Jó queria dizer era que tinha certeza de haver quem o havia de vingar. Um 'geol' ou parente, ou vingador, cujo dever seria manter a sua causa. Nisto ele antecipou a Cristo, embora não o pudesse ter nomeado. O Espírito de Deus falou pelos seus lábios palavras que nunca têm cessado de consolar corações quebrantados" (Goodman).

Em 26.3,4, podemos notar a ironia da alusão às palavras de Bildade no capitulo 25.

No capítulo 29 temos um linda quadro de um santo do Velho Testamento:

1) Ele gozava da proteção divina (2-5). Deus o guardava. O segredo do Senhor está com os que o temem.

2) Tinha prosperidade material (5.6). As crianças o rodeavam e havia abundância no seu lar.

3) Era respeitado como magistrado, sentado na porta da cidade 17). Os moços o honravam e até os velhos levantavam-se lhe com respeito.

4) Era conhecido pela sua benevolência (11-16). Ajudava o pobre; protegia as viúvas; socorria os cegos e coxos.

5) Com toda a sua benevolência exerceu o juízo (14-17). Os malvados sentiam o peso da sua mão. A justiça e a retidão eram para ele como manto e diadema {14) (Goodman).

Contudo, parece-nos que Jó era um tanto exagerado na preocupação com sua própria bondade.

Em 30.29 preferimos a tradução: "Sou obrigado a uivar como o chacal" (R. 55).

 

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LIVRO De jó CAPÍTULO 32 a 37

Eliú repreende a Jó e seus três amigos. Eliú era buzita, provavelmente um descendente de Buz, sobrinho de Abraão (Gn 22 .21).

"Sua intervenção na controvérsia tem um caráter especial. Pensa que tanto Jó como os amigos dele estão errados. e mostra-se mui zeloso pela justiça e honra de Deus.

Pensa que Jó não tinha suficientemente justificado a Deus, e censura os três amigos por condenarem a Jó embora não pudessem responder-lhe. Eliú não é condenado com os outros três (42.7), por isso podemos entender que as suas conclusões eram justas".

 

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LIVRO De jó CAPÍTULO 38 a 41

Deus responde a Jó. Toda esta resposta pode ser ligada com Romanos 1.18-21, onde o apóstolo insiste que Deus é revelado na natureza.

Evidentemente Jó percebeu isto de algum modo especial, depois de Deus ter-lhe falado "do meio de um redemoinho" pois em 42.5 ele confessa: "Eu tinha ouvido de ti com os ouvidos, mas agora te vêem os meus olhos"; e essa percepção de Deus resultou no mais profundo arrependimento e humilhação.

 

"E de suprema importância notar que a voz vinda do redemoinho não lança um único raio de luz sobre o mistério dos sofrimentos. Quem fala não atende às acusações dos amigos nem à defesa de Jó. Ele não levanta o véu que cai sobre as portas da morte, nem promete que os enigmas do presente serão resolvidos e seus males recompensados numa vida futura. Deveras, ela quase não se refere ao problema que Jó e seus amigos tinham debatido tão calorosamente" (Strahan).

 

"Jó é colocado face a face com a imensidade da natureza: o infinito fenômeno do complexo os milagres contínuos que passam diariamente perante seus olhos. Ouve perguntas irônicas, cada uma das quais admite apenas uma resposta humilhante.

E instruído em que o homem não é o centro do universo, mas uma parte insignificante da criação, um átomo no vasto esquema total, e que a obra de Deus é demasiadamente imensa no seu plano e execução para a mente humana compreendê-la.

Preocupado com os enigmas da sua própria vida, ele precisa reconhecer que há mistérios igualmente insolúveis no grande mundo em redor. Se a natureza é inescrutável, não deve ele pensar que a Providência estará igualmente além da sua investigação?

É convidado a deixar as suas sombrias preocupações pessoais e ler novamente a mensagem da natureza, e receber na majestade da criação uma lição de humildade; no eterno fato da beleza do mundo, uma renovada prova da glória e bondade de Deus.

 

"O problema do pecado não ficou resolvido, porque nós não somos capazes de receber uma tal revelação. O mais profundo fato na história humana é também seu mais profundo mistério a cruz de Cristo. Mas ali não precisamos entender para crer. Pelo contrário, entendemos precisamente à medida que cremos" (Scroggie).

 

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LIVRO De jó CAPÍTULO 42

O final da provação. Aqui termina o poema, com o homem humilhado e Deus exaltado: "Eu nada sou. Deus é tudo". Que aprendeu Jó? Aprendeu:

1) a não desconfiar da sabedoria e do amor de Deus: qualquer que seja a significação do sofrimento, nunca pode ensinar injustiça ou falta de misericórdia da parte de Deus;

2) a não se exaltar contra Deus; embora cônscio da sua própria integridade e da sua fé em Deus, Jó precisa lembrar que nenhuma carne pode gloriar-se perante Deus;

3) a não insistir em que Deus explique tudo; onde não podemos compreender, podemos confiar.

Afinal Jó é abençoado com o dobro de tudo quanto antes possuía. exceto filhos. Desses, apenas outro tanto. Podemos terminar nosso estudo deste livro com o comentário inspirado: "Tendes ouvido da paciência de Jó, e tendes visto o fim do Senhor; que o Senhor é cheio de ternura e compaixão" (Tg 5.11).

O dr. Scofield chega a uma conclusão um pouco diferente: "O problema do qual o livro de Jó é uma profunda discussão, encontra afinal a sua solução. Levado para a presença de Deus, Jó fica revelado a si mesmo.

Ele não era hipócrita. Mas piedoso, possuidor de uma fé que todas as suas aflições não puderam abalar; mas estava preocupado com a própria justiça, e carecia de humildade, O capítulo 29 demonstra isto. Mas na presença de Deus ele antecipa, por assim dizer, a experiência de Paulo (Fp 3.4-9), e o problema fica resolvido. 'Os piedosos são afligidos para que cheguem a um conhecimento de si mesmos, e ao julgamento de si'.

Tais aflições não são penais, mas curativas e purificadoras. O livro de Jó fornece uma ilustração sublime da verdade de 1 Coríntios 11.31,32 e Hebreus 12.7„11. Melhor do que tudo, tal conhecimento de si mesmo é o primeiro passo para maior fruto" (Jó 42.7-17; Jo 15.2),
 

REFERENCIAS AO LIVRO DE JÔ NO NOVO TESTAMENTO

Há no Novo Testamento apenas uma citação explicita do livro de Jó, e é em 1 Coríntios 3.19, sob a . fórmula "está escrito" tirado do capítulo 5.13. Compare-se também Filipenses 1.19 com Jó 13.16. Em 'Tiago 5.11 há uma referência à paciência de Jó. A frase "o dia da ira" (Rm 2.5), embora primeiramente ocorra em Jó, pode ter sido citada pelo apóstolo lendo as palavras de Sofonias 1.15-18, ou nelas pensando.
 

 

 

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