1pedro

Carta aos Romanos

1ª CARTA DE PEDRO

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INTRODUÇÃO:

 

Esta carta foi escrita por Pedro perto do fim da sua vida, provavelmente em 60 d.C., enquanto ele visitava Babilônia (5.13), onde tinha sido estabelecida uma igreja cristã (alguns teólogos entendem que a palavra "Babilônia" se refere Roma). É dirigida principalmente aos cristãos hebreus (1.1), mas inclui também convertidos entre s gentios (2.9, IO) — (Lee).

 

Tema. A epístola apresenta todas as verdades fundamentais da fé cristã, com ênfase especial sobre a Expiação. A nota distintiva de 1 Pedro é a preparação para a vitória sobre o sofrimento. Essa palavra ocorre 15 vezes, e é a chave da Epístola.

 

Divisões.

1) Sofrimento do crente, em vista da plena salvação, capítulo 1 ao capitulo 2.8.

2) A vida cristã, em vista da sétupla posição do crente, e do sofrimento vicário de Cristo (2.9 a 4.19).

3) Serviço cristão, à luz da vinda do Sumo Pastor (5.1-14) — (Scofield).

 

 

ANÁLISE DE PRIMEIRA PEDRO

 

Introdução (1.1,2).

1. A vocação do cristão (1.3 a 2.10, Salvação).

1.1 A doutrina (1.3-12).

1.2 O dever (1.13-25).

1.3 O desígnio (2.1-10).

 

2. As obrigações do cristão (2.11 a 3.12, Sujeição).

    A palavra inicial (2.11, 12, Pessoal).

2.1 Sujeição política (2.13-17).

2.2 Sujeição social (2.18-25).

2.3 Sujeição conjugal (3.1-7).

   A palavra final (3.8-12, Relativa).

3. A disciplina do cristão (3.13 a 5.11).

3.1 Disciplina no mundo (3.13 a 4.6).

3.2 Disciplina na igreja (4.7 a 5.7).

3.3 Disciplina nos lugares celestiais (5.8-11).

 

Conclusão (5.12-14).

 

CARÁTER E CONTEÚDO DA EPÍSTOLA

 

"Esta epístola é analisada por Leighton nos, seguintes termos: E um esboço muito claro, ainda que resumido, das consolações e instruções necessárias para animar e dirigir um cristão no caminho do Céu, elevando seus pensamentos e desejos no tocante à felicidade espiritual, e dando lhe forças para vencer os obstáculos provenientes da corrupção interior e das tentações e aflições exteriores. São muitos os pontos de doutrina que a epístola encerra, mas os principais, em que há mais insistência, são estes três: fé, obediência, e paciência, para firmeza da crença, para direção na vida, e para conforto no sofrimento. E, para maior impressão na alma daqueles a quem escreve, é muitas vezes posto diante dos seus olhos o incomparável exemplo do divino Mestre e a grandeza das suas promessas, para que o sigamos" (Angus).

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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1ª CARTA de pedro CAPÍTULO 1

 

Prefácio e saudação (1,2). Aprendemos deste trecho: que a eleição de Deus tem relação com a sua presciência; que a presença do Espírito Santo tem uma influência santificadora na vida do crente; que a eleição divina é para "a obediência"; que "o sangue de Jesus Cristo" significa muito para o crente no Evangelho; "graça e paz" de Deus podem ser desfrutadas em medida crescente ("multiplicadas") na nossa experiência cristã. É deveras um prefácio cheio de sentido e ensino precioso!

 

Os "estrangeiros dispersos" do versículo 1 são os judeus (convertidos ao Evangelho) espalhados por diversos países em redor da Palestina.

 

Ação de graças pela esperança da salvação (312). Pedro não escreve da Igreja mas do cristão (4.16). Notemos algumas das lições deste trecho:

 

a. A ressurreição de Cristo importava para Pedro e os demais apóstolos quase num renascimento de nova esperança, e nisso Pedro reconhece a misericórdia de Deus (v. 3).

 

b. Deus guarda nos céus uma herança incorruptível para o crente, e guarda na terra o crente para essa herança (vv. 4,5).

 

c. Nossa fé pode contar confiadamente que seremos assim guardados.

 

d. A plenitude da salvação de Deus será revelada somente no porvir (v. 5).

 

e. A alegria espiritual pode sobrepujar a tristeza natural (v. 6).

 

f. Nossa fé há de ser provada, e essa prova é preciosa a Deus.

 

g. O dia da revelação de Jesus Cristo será um dia de glória para o crente (v. 7). As demais lições do trecho, o leitor poderá descobrir por si.

 

 

Notemos no versículo 9 (e em Tiago 5.20) a expressão tantas vezes usada na teologia e tão raramente na Bíblia: "a salvação da alma".

 

Bullinger traduz o versículo 7: "Para que vossa bem-provada fé, muito mais preciosa do que o ouro que perece e é provado pelo fogo, se ache em louvor... "

 

Exortação à santidade (13-25). Notemos neste trecho certas expressões:

 

a) "Cingindo os lombos do vosso entendimento" (v. 13). Os homens dos países orientais usavam camisas compridas, que desciam até os joelhos. Quando trabalhavam no campo, arregaçavam a camisa e prendiam-na com a cinta, de forma que lhes ficassem todos os movimentos livres para correrem, saltarem ou fazerem qualquer outro exercício ativo. Encontramos aqui a mesma figura aplicada à mente: "cingir os lombos do entendimento" importa ficar intelectualmente pronto para qualquer ação; alerta; apercebido; disposto.

 

b) "Resgatados da vossa vã maneira de viver" (v. 18). Notemos como é diferente esta maneira de referir-se à salvação de Deus, da idéia geral da salvação como simples bilhete de entrada ao Céu.

 

Notemos também o que o versículo 23 diz sobre o novo nascimento — que é pela Palavra de Deus, assim concordando com Tiago 1.18. Às vezes, como aqui, a Palavra é tão identificada com Cristo que é difícil fazer distinção.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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1ª CARTA de pedro CAPÍTULO 2

Progresso cristão (1-10). Este trecho apresenta o progresso cristão do ponto de vista individual e coletivo. O primeiro como crescimento (v. 2), o outro como construção (v. 5). Num caso temos a figura do corpo; no outro, de uma casa. Um se refere ao crente; o outro à Igreja (Scroggie).

 

Notemos a ordem: "deixar" primeiro, e depois "desejar". A expressão "leite racional" quer dizer "alimento para nossa inteligência espiritual".

 

A expressão "chegando-vos para Ele" (v. 4) merece ser ponderada. Será o que temos feito? Alguns se chegam para um pregador eloqüente, outros para uma doutrina predileta, ou um rito mais correto, outros para um método de governo na igreja. Seria bom se pudéssemos dizer que é "para Ele" que temos chegado — que é Cristo que atrai nossa alma, que Ele sua Palavra são o centro da nossa congregação.

 

Temos ensino precioso no versículo 5 sobre o sacerdócio cristão, composto de todos os ' "eleitos de Deus" e não apenas de um clero humanamente ordenado. O serviço deste sacerdote é "oferecer sacrifícios espirituais" que Hebreus 13.15 explica serem "sacrifícios de louvor' .

 

No versículo 5 os crentes reunidos constituem "sacerdócio santo " para oferecerem sacrifícios espirituais; no versículo 9 são "sacerdócio real" para anunciarem ao mundo as virtudes de seu Salvador. Que estes dois serviços nos ocupem mais e mais!

 

Comportamento cristão (11-17). Algumas das lições deste trecho são: A carnalidade combate a espiritualidade. O nosso andar irrepreensível será o nosso mais importante testemunho entre os vizinhos. Nossa submissão às autoridades deve ser "por amor do Senhor". Fazendo o bem, podemos tapar a boca dos homens loucos. O crente deve "honrar" o rei (ou chefe do país) devido à posição de responsabilidade que ocupa, ainda que encontre dificuldade em respeitá-lo pelo seu proceder.

 

Os deveres dos servos cristãos (18-25). O crente que é empregado deve fazer questão de ser bom empregado, e o que é patrão deve ser bom patrão. Aqui, mais uma vez, o exemplo do Senhor Jesus nos ajuda, e, de passagem, aprendemos: que seu sofrimento foi por nós; que Ele é nosso exemplo; que Ele levou nossos pecados, e é o Pastor e Superintendente das nossas almas.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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1ª CARTA de pedro CAPÍTULO 3

 

Marido e esposa (1-7). Todas as relações da vida são santificadas e enobrecidas pelo cristianismo. Especialmente no matrimônio é preciso haver o temor de Deus para que haja felicidade. Sobre este trecho o dr. Scroggie escreve: "Considera-se primeiro o caso da esposa (1-6). Quais são as características da esposa ideal?  No coração será mansa (v. 4), casta (v. 2), e tranqüila (v. 6).

 

"Castidade é a formosura da pureza. A mansidão da mulher crente toma-a altruísta, sossegada e essencialmente modesta. (consulte-se o versículo 3). A tranqüilidade desta esposa, 'não temendo nenhum espanto', provém dum coração calmo e confiante.

 

"Semelhante esposa será sujeita a seu próprio marido (vv. 1-5).

 

"Quanto ao marido (v. 7) ele será razoável ('com entendimento') e também lhe terá respeito ('dando honra à mulher'). Se um homem não respeita sua esposa não será razoável para com ela. Dois erros devem ser evitados: de um lado, o da servilidade na esposa e da prepotência no marido; e, do outro, a falta de submissão por parte da esposa e a falta de autoridade por parte do marido. O primeiro é um erro antigo; o segundo, é moderno".

 

A frase no versículo 4 "o homem escondido no coração" nem sempre se entende bem. Devemos ler "do" e não "no". Refere-se ao nosso "homem interior", que deve ser o alvo de mais carinho no seu adorno, e que perante Deus é de maior importância do que o homem exterior.

 

Amor fraternal, ê paciência na aflição (8-22). Notemos algumas características do crente exemplar: é entusiasmado pelo bem (v. 13); é corajoso, e, apesar do sofrimento, regozija-se (v. 14); está sempre pronto para testificar da sua fé em Cristo (v. 15); cultiva uma boa consciência.

 

O versículo 8: "Sede todos do mesmo sentimento", faz-nos lembrar que, embora haja diferenças de pensamento na família cristã, devido às diferenças de inteligência, deve haver em todos o mesmo sentimento, o mesmo amor para com o Salvador, pois isso não depende de inteligência mas do coração.

 

Nos versículos 18-21 lemos que "Cristo padeceu... para levar-nos a Deus" e, no versículo 18 do capitulo anterior, para "resgatar-nos da nossa vã maneira de viver". Os dois versículos dão-nos uma idéia muito completa da salvação de Deus. No primeiro aspecto, ela "livra-nos" e no segundo, "leva-nos.

 

No versículo 19 temos uma alusão aos "espíritos em prisão" que tem sido assunto de estudo por parte dos teólogos. Aqui darei apenas as minhas conclusões: que os "espíritos" não foram de homens falecidos, mas de anjos caídos, e que a "pregação" não foi uma evangelização, mas a proclamação da vitória de Cristo sobre todas as forças do mal.

 

É interessante no versículo 21, pela única vez no N.T., ver juntos salvação e batismo. Queremos entender em que sentido o batismo "salva"?

 

Certamente o batismo não salva do Inferno, pois é o sangue de Cristo e não a água do batismo que purifica do pecado, e o apóstolo explica que não é o rito em si que salva, embora lave materialmente "a imundícia da carne"; porém é quando a boa consciência do crente está de acordo com a significação de seu batismo que ele está, praticamente, salvo das vaidades do mundo, após as quais correm aqueles que não se sentem identificados com o Pai, o Filho e o Espírito Santo por um sagrado rito de iniciação.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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1ª CARTA de pedro CAPÍTULO 4

 

Novidade de vida (1-11). No incidente da mulher adúltera em João 8 Jesus disse: "Aquele que entre vós está sem pecado seja o primeiro que atire pedra contra ela".

 

Havemos de entender, daí, que nunca devemos reprovar o mal nos outros por não estar nenhum de nós "sem pecado"? Se assim fosse não podia haver governo, disciplina ou justiça no mundo.

 

Vamos examinar o que significa a frase "sem pecado". O versículo 1 de nosso capítulo nos ajudará: "Aquele que padeceu na carne, já cessou do pecado", ou ao menos do pecado que causou seu sofrimento.

 

Quem se embriagou, e acordou no dia seguinte com dor de cabeça, não quer beber mais, pelo menos enquanto a dor continua.

 

Mas o crente pode armar-se com este pensamento, e sofrer no seu espírito pela sugestão do pecado, em vez de sofrer no seu corpo pela comissão do pecado. Chegamos, por isso, à conclusão de que o único que está em condições de julgar o pecado é aquele que sofre no seu pensamento quando precisa ocupar se com o pecado.

 

 

O versículo 6 sobre "o Evangelho pregado aos mortos" é muito discutido. Basta dar aqui um resumo da melhor explicação. A pregação é "evangelização" — não apenas "anúncio" como em 3.19, e os mortos são os falecidos que em vida, ouviram a pregação do Evangelho referente a uma arca de salvação.

 

Nos versículos 10,11 temos precioso ensino sobre o ministério da igreja: quem recebeu um dom de Deus para edificação da igreja deve ministrar a palavra como repartindo as bênçãos de Deus; e quem fala publicamente deve falar de conformidade com o sentido das Escrituras. O ensino é dirigido a "cada um' entre os crentes que têm recebido verdades edificantes: ele deve pensar que as preciosidades que goza não são para si somente. mas também para seus irmãos.

 

A provação pode ser uma benção (12-19). Alguns entendem que o versículo 17 se refere à destruição do templo em Jerusalém, que se deu cerca de dez anos mais tarde.

 

No versículo 18 a frase "dificilmente se salva' não se refere à salvação eterna, mas à salvação do mal que nos rodeia, e talvez à salvação da pequena igreja em Jerusalém, logo antes da destruição dessa cidade.

 

Alguns podem estranhar a expressão "ao 'fiel' Criador" no versículo 19. Fiel a quem? Somente a Ele mesmo! A frase ensina-nos: que Deus será eternamente coerente com o seu próprio ser; que suas ações estarão sempre de acordo com a sua natureza — que é amor.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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1ª CARTA de pedro CAPÍTULO 5

 

Os deveres dos anciãos, dos mancebos e de todos (1-9). Sabemos de João 8.9 e Atos 2.17 que a palavra 'presbítero" às vezes se refere simplesmente a um homem de idade que não seja oficialmente ancião da igreja.

Este sentido torna-se mais evidente quando a palavra "ancião" vem contrastada com a palavra "mancebo". Aqui no versículo 1 podemos entendê-la em qualquer dos sentidos. Apesar de não serem os anciãos aqui chamados pastores, ao menos eles devem prestar serviços análogos, apascentando o rebanho, e isso com esperança de galardão quando aparecer o Sumo Pastor (v. 4).

 

É evidente, pelo ensino deste trecho, que a vida cristã é de provações, porém é vida em que podemos experimentar o apoio divino.

 

Saudações finais (10-14). Os versículos 10,11 contemplam a vitória final da carreira cristã. Podemos acreditar que as provações atuais porão em realce a eterna glória do porvir.

 

Dois companheiros de Paulo, Silvano e Timóteo, aparecem na saudação final. É difícil acreditar-se que os dois estivessem com Pedro na remota cidade da Babilônia, que fora completamente (?) desmantelada e destruída por Seleuco Nicator 300 anos antes.

 

É isso que leva alguns a entenderem que Pedro escreveu de Roma, chamando-a de "Babilônia".

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 


 

 

 

 

 

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