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Juízes

LIVRO DE JUÍZES

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INTRODUÇÃO:

 

Este livro toma seu nome dos treze homens levanta para libertar Israel durante a decadência e a desunião que se seguiram à morte de Josué. Mediante estes homens, Jeová continuou seu governo pessoal de Israel.

O versículo chave da condição de Israel é 17.6: "Cada qual fazia o bem que lhe parecia Salientam-se dois fatos: o completo fracasso de Israel e a persistente graça de Jeová.

Na escolha dos juízes, são notórias as palavras de Zacarias 4.6: "Não por força nem por poder, mas por meu Espírito, diz Jeová", e as de Paulo em 1 Coríntios 1.26, "não muitos sábios segundo a carne, nem muitos poderosos, nem muitos nobres são chamados.

O livro recorda sete apostasias, sete servidões, sete nações pagãs e sete livramentos. O paralelo espiritual se encontra na história da igreja professa desde os apóstolos, no aparecimento de seitas e na perda da verdade sobre a unidade do corpo (1 Co 12.12,14).
 

Juízes divide-se em duas partes: Capítulos 1 a 16, versículo-chave 2-18. Capítulos 17 a 21, versículo chave 21.25 (Scofield).
 

 

ANÁLISE DE JUÍZES
 

Retrospectiva: Olhando para trás (Caps. 1 a 2.10).
 

Perspectiva: Olhando para diante (Caps. 2.11 a 6).
 

2.1.Rebelião

2.2.Retribuição (2.14, 15).

2.3.Arrependimento (2.18).

4.Descanso (2.16).

(Nota-se a repetição do mesmo seguimento no restante do Livro.)
 

3. Introspectiva. Um olhar para dentro (Cap. 3.7 a Rute).

3.1. Em geral (caps. 3.7 a 16). Doze juízes.

3.2. Em particular (cap. 17 a Rute). Três episódios.

3.2.1. Mica e seus deuses (caps. 17 e 18).

3.2.2. Gibeá e Benjamim (caps. 19 a 21).

3.2.3. Noemi e Rute. O Livro de Rute.


 

MENSAGEM DE JUÍZES
 

Este é um dos mais importantes e um dos mais tristes livros da Bíblia. Aqui achamos a proliferação do pecado e a graça divina em constante ação; por isso o pensamento-chave tem de ser "A divina misericórdia".
 

O livro toma seu nome dos homens que guiaram Israel nesse tempo, e são chamados salva-dores em alguns lugares (3.9, 15). Os juízes começaram realmente com Moisés, e sua história estende-se de Josué a Samuel, até o estabelecimento da monarquia.

Houve três tipos principais de juízes, o juiz guerreiro, como Gideão e Sansão; o juiz-sacerdote, como Eli; e o juiz-profeta, como Samuel.

Os juízes foram levantados por Deus para libertar o seu povo através de um período de 400 anos (1 Rs 6.1). O livro de Juízes é uma continuação da história de Josué.
 

Divide-se em três partes:

1. Retrospectiva (olhando para trás).

2. Perspectiva (olhando para diante).

3. Introspectiva (olhando para dentro).
 

Na primeira parte revisa-se a história do livro de Josué. Na segunda, olhamos para os séculos vindouros, e temos amostras do seu caráter.

O seguimento é sempre o mesmo:
 

Rebelião: "Os filhos de Israel fizeram mal à vista de Jeová".
 

Retribuição: "Acendeu-se a ira de Jeová contra Israel".
 

Arrependimento: "Clamaram a Jeová".
 

Descanso: "Suscitou-lhes um salvador".
 

Esta parte refere-se a doze juízes (se omitirmos Abimeleque), seis dos quais são apenas mencionados por nome - Elom, Tola, Ajalom, Jair, Abdom, Ebsã e Sangar; e seis cujo trabalho é relatado mais detalhadamente.

A terceira parte, "Introspectiva", ocupa a maior porção do livro. Pelo lado humano, nada há senão anarquia e apostasia; pelo lado divino, se vê ação, misericórdia e graça. Já temos encontrado antes a graça libertadora de Deus, mas em Êxodo era libertação da escravatura e aqui é libertação da reincidência, à qual há cinqüenta alusões no Livro.

A raiz do mal com Israel foi não expulsar o inimigo: subjugação não era bastante. Assim lemos 1.19-36 de nove nações inimigas que ficaram na terra, apesar das instruções positivas de Êxodo 23.27-33; 34.11-16; Números 33.51-56; Deuteronômio cap. 7; 9.1-5; 12.1-3; 20.16-18; cap. 31; Josué cap. 23.
 

Não é de estranhar que esta falta de obediência resultasse na retribuição recordada em 2.21 e 3.4.

Justamente os povos que pouparam haviam de ser laços, açoites e espinhos para Israel (Js 23.13), para sua humilhação e ensino. Nós, cristãos, haveremos de ser, ou os vencedores ou os servos do pecado (Rm 8.16).

Notemos que a cena de todo este sofrimento é a Terra Prometida, e não o Egito ou o deserto: um solene aviso para aqueles que pensam estar livres de tentação quando desfrutam das bênçãos divinas.

Quanto maior nosso conhecimento, quanto mais intenso o nosso zelo, tanto mais terrível nossa queda, se concordarmos com o pecado. "Quem pensa estar em pé, cuide que não caia E tristemente; possível que aqueles que gozam de uma vocação celestial vivam uma vida bastante terrena, apesar das abundantes bênçãos do Evangelho.

Uma tal vida é sempre caracterizada por duas coisas que constantemente aparecem neste Livro: condescendência com inimigo e conflito entre irmãos.

Era somente em face de alguma grande calamidade que as tribos resolviam agir de acordo. Todos os departamentos da sua vida nacional estavam corrompidos na esfera religiosa, na familiar, na pública e na pessoal. Porventura não se vê tudo isso no atual estado da Igreja de Deus? Sim, vê-se não somente na sua falta de unidade, mas no seu compromisso com o adversário?
 

A senda de restauração poderá ser penosa, mas quando começa o juízo, deve começar com a Casa de Deus. Sempre que o povo de Israel era vencido, escravizado e esmagado pelo inimigo, suplicava a Deus na sua agonia, e era libertado. Essa libertação corresponde a uma revivificação espiritual nos nossos dias, que precisa ser, como então, a conseqüência direta do clamor a Deus daqueles que sentem o poder de Satanás operar.

Este livro nos é dado para que ninguém desanime. Há remédio para a reincidência (Os 14) e há também, quando o arrependimento é sincero, perdão e amor divino.

Os anos do cativeiro de Israel não são contados no calendário divino da sua história, porque os israelitas estavam fora do círculo da vontade de Deus.

Mas não precisa haver um cativeiro, nem para eles nem para nós (Sl 78.55-64; 106.34-45; 1 Sm 12.6-25; 1 Co 15.33; Tg 4.4; 2 Pe 2.20,21), pois em Deus há graça para guardar.

 

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LIVRO De JUízes CAPÍTULO 1

A vitória incompleta de Israel. O livro de Juízes é talvez o mais triste na Bíblia. Relata uma história bem infeliz; porém com alguns incidentes brilhantes. Relata o fracasso das tribos em subjugar os inimigos para tomar posse de toda a sua herança. Estão constantemente sob o domínio dos inimigos que Deus mandara destruir.

No castigo de Adôni-Bezeque pelo poder de Israel vemos um notável exemplo de retribuição (vv. 6,7). Foi levado a Jerusalém, onde morreu, e em seguida a cidade foi tomada e queimada, segundo lemos no versículo 8. Segundo o versículo 21 e Josué 15.63, é possível que a conquista do versículo 8 deva ser entendida num sentido parcial, incompleto. Josué (cap 10) tinha conquistado outro Adôni-Bezeque ("Senhor de Bezeque") rei de Jerusalém, e o tinha enforcado. Talvez fosse o pai deste. Parece que a cidadela de Jerusalém só foi conquistada no tempo de Davi.

Os versículos 12 a 15 repetem o que temos lido em Josué 15.16-19. Ficamos em dúvida se a conquista de Hebrom foi antes da morte de Josué ou depois.

Terras não conquistadas. Nos versículos 21 a 36 temos uma triste lista de terras não conquistadas. Ainda hoje ouvimos tanta gente que professa conhecer Cristo como o Salvador, o libertador do pecado, mas costuma dizer: "Tenha paciência, mas isso é um vício que não posso largar", por isso podemos ver em Israel, no tempo dos juízes, um espelho que reveja as nossas fraquezas. Quão bom é quando podemos dizer: "Mas graças a Deus que nos dá a vitória: por nosso Senhor Jesus Cristo" (1 Co 15.57).
 

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LIVRO De JUízes CAPÍTULO 2

O anjo do Senhor repreende os israelitas. Depois de ler a história de tanta pusilanimidade por parte de Israel, não é de estranhar que agora ouçamos o anjo do Senhor reprovando o povo. Não seria nada impossível vermo-nos reprovados também, se não vigiarmos.

O restante do capítulo (vv. 6 a 23) vem a ser uma espécie de resumo do livro todo, no seguinte sentido:

Enquanto vivia Josué e os anciãos que lhe sobreviveram, as coisas iam bem (vv. 7-10).

Depois o povo abandonou a Jeová e serviu a Baal e a Astarote (v. 13).

Isto resultou em fracasso e derrota, e eles ficaram muito desanimados (v. 15).

Contudo Deus levantava libertadores de vez em quando, que os salvaram dos seus inimigos, mas sempre por pouco tempo.

Referente ao culto ao falso deus Baal, Grant diz: 'Baal' significa 'marido' ou 'senhor' com a idéia de propriedade. Um pássaro é um 'baal de asas' e um homem cabeludo 'um baal de cabelo'.

Não significa, portanto, um que governa, que é o sentido de 'adon'. Nem sempre tem um sentido mau: como 'marido' Deus emprega a palavra a respeito de si mesmo. 'Teu Criador é teu baal' (Is 54.5); 'embora eu fosse um baal para eles' (Jr 31.32).

Contudo, Deus finalmente repudiou a palavra. Em Oséias Ele diz: 'Naquele dia me chamarás Ishi, e nunca mais me chamarás Baali, pois da sua boca tirarei os nomes de Baal, e os seus nomes não serão mais mencionados' (Os 2.16,17)".
 

Notemos a decadência crescente: 'Mas depois que o juiz era morto, reincidiam e tornavam-se piores do que seus pais, seguindo após outros deuses para os servir e adorar" (2.19).
 

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LIVRO De JUízes CAPÍTULO 3

Otniel, um salvador de Israel. Parece-nos Otniel um vulto simpático. Filho de Quenaz, irmão mais moço de Calebe, tinha ele ilustre parentesco e a recordação das façanhas do tio. Talvez em pequeno ouvira o tio Calebe contar as suas experiências quando explorava a Terra Prometida: tinha visto as suas proezas quando tomava posse da herança, e se tinha embebido do seu espírito guerreiro.
 

Mas sobrevivia aos seus parentes ilustres, e chegaram tempos de desânimo e derrota. Israel, desviado do verdadeiro Deus, estava escravizado pelo rei da Mesopotâmia, e Otniel dedicou suas forças, sua energia, sua coragem ao serviço desse povo decadente; e tudo fez por amor do Deus de Israel.
 

Tudo isto faz-nos pensar em tempos então futuros, quando, no auge da sua prosperidade material, com um povo unido atrás dele, Davi preparou material abundante para que houvesse em Jerusalém uma Casa digna do Deus de Israel.

Mas não achamos em Davi nada parecido com Otniel. Antes vemos isso naquela pobre e ignota mulher, que, em tempos ainda mais futuros, havia de dedicar tudo quanto tinha, não para construir o primeiro templo glorioso, mas, ao menos, para conservar o último templo em Jerusalém, poucos anos antes da sua final e completa destruição (Lc 21.1-4). Decadente, sob o controle romano, quase abandonado por Deus, esse templo era para ela ainda a "Casa de Deus" e o objeto de toda a sua solicitude.

Podemos descobrir um paralelo em nossos dias? No tempo próprio, os apóstolos, esses grandes homens de Deus, prepararam com imenso entusiasmo, os alicerces desse novo Templo que é a Igreja do Deus vivo, a qual nos seus primeiros dias, estava unida, nova, entusiasmada com as glórias do Evangelho.

Mas agora, uma grande parte do cristianismo está decadente, dividida em inúmeras seitas, envenenada com doutrinas erradas, muitas vezes numa luta fratricida, desviada do caminho da verdade e apostatando da "fé que uma vez foi entregue aos santos"

Mas, por outro lado, a verdadeira Igreja, que é o verdadeiro cristianismo, sem se desviar do Caminho, prossegue seguindo a Cristo e se preparando para a sua breve vinda. Ela pode ser chamada de "A Igreja do Deus vivo, coluna e firmeza da verdade".
 

Eúde livra Israel da servidão de Eglom (vv. 12-30). Não podemos simpatizar com Eúde, apesar de ele ter destruído o rei inimigo. Parece-nos um homem antipático e assassino.

Ele era canhoto, e assim conseguiu enganar o rei de Eglom. Nessa entrevista secreta, a desconfiança do rei podia se ter desvanecido ao ver o homem com a mão direita vazia; mas não olhou para a esquerda, que, de repente, pegou na arma, e o matou.
 

De Sangar (v. 31) sabemos bem pouco, salvo sua façanha de matar 600 homens com a aguilhada de um boi. Não sabemos se ele julgou Israel, nem por quanto tempo.
 

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LIVRO De JUízes CAPÍTULOS 4 E 5

Débora e Baraque. Nas suas "Notas Diárias" de 1917, Goodman dá uma lista de seis inimigos que invadiram a terra dos israelitas nos tempos dos juízes, e dos libertadores, a saber:
    Inimigos                                    (Ref)     Libertadores

1) O rei da Mesopotâmia      (3.8)      Otniel

2) Moabitas                            (3.12)    Eúde

3) Cananitas                          (4.2)      Débora e Baraque

4) Midianitas                         (6.1)      Gideão

5) Amonitas                           (10.7)     Jefté

6) Filisteus                             (13.1)     Sansão
 

O período incluído na história dos Juízes deve ser de uns 400 anos. Em 1 Reis 6,1 0 período entre o Êxodo e a construção do templo é dado como sendo de 480 anos.
 

Jabim, rei de Canaã, reinava em Hazor. Josué matara outro rei deste nome (Js 11.1) e incendiara a cidade, destruindo tudo. Evidentemente o inimigo derrotado tinha recuperado o poder, reedificado a cidade, e agora, sob outro rei do mesmo nome, oprimia Israel por 20 anos.
 

Débora, a profetisa, manda a Baraque uma mensagem do Senhor, que ele receia executar sem que ela o acompanhe (4.8). Nos dias da opressão, há pouca coragem ou fé.

É uma das misérias do pecado que os homens se acostumem com sua escravatura, e percam a esperança da libertação. Contudo é Baraque e não Débora que aparece na lista dos heróis da fé em Hebreus 11.32. Ele, pela fé, 'fez-se poderoso na guerra e pôs em fuga o exército dos estrangeiros'
 

Jael mata Sísera (4.17-22). "Tem havido muitas tentativas para justificar o ato de Jael, mas não precisamos fazer isso. Deus propusera que Sísera morresse, e permitiu que a mulher executasse o juízo determinado, como muitas vezes tem Ele permitido que ações más cumpram a sua vontade.

Não precisamos supor que Ele aprovasse, e muito menos que louvasse a ação. Débora louva-a no seu cântico (5.24), mas não lemos nenhuma palavra da divina permissão.

Judas traiu o Senhor, e assim fora predito na Escritura, como também mãos malvadas crucificaram o Senhor, e lemos que era 'para fazerem tudo o que a tua mão e o teu conselho predeterminaram que se fizesse' (At 4.28), contudo, isso era iníquo, e foi severamente castigado.
 

"A lição de todo o capítulo é uma lição de fé e coragem num dia mau, depois de longa escravidão sob cruéis opressores".
 

Proposta emenda de tradução (5.26): "estendeu devagar a sua mão à estaca" (R 112),
 

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LIVRO De JUízes CAPÍTULOs 6 a 8

A história de Gideão. Três capítulos relatam as proezas deste homem valente, que libertou Israel dos midianitas.

Em tempos de grande angústia e aperto (semelhantes à situação de alguns povos hoje) Deus revela seu empenho pela salvação de Israel, mandando primeiro um profeta (6.8), e depois um anjo (v. 11).

O serviço do profeta era recordar a Israel a sua desobediência (v. 10); e o do anjo, encorajar Gideão na resistência ao inimigo.

Notemos que o anjo é duas vezes chamado "Jeová" (vv. 16 e 23) e por isso os expositores entendem que isso foi mais uma das manifestações de Cristo nos tempos do Velho Testamento.
 

Notemos os passos tomados por Gideão no cumprimento da comissão divina:

1) O altar de Baal há de ser derrubado, porque Gideão tem feito um altar a Jeová, e não pode haver dois: "Não podeis servir a dois senhores".

Ele tem de enfrentar a ira do mundo (6.30). Os que estão resolvidos a servir a Deus sofrerão perseguição.

O Espirito do Senhor veio sobre Gideão. Ê somente quando o Espírito nos dominar que seremos levados na senda da vitória.

Logo que o Espírito a anima, Gideão anda corajosamente, toca a trombeta, e reúne o povo.

O sinal do velo. "Isto ensina duas lições. Pelo velo molhado do orvalho, quando tudo em redor ficou seco, Gideão aprendeu que ele podia estar cheio do Espírito quando todos em redor dele estavam desanimados e secos. A lição que se segue é mais humilhante: que ele podia estar seco quanto tudo em redor estava cheio do Espírito.
 

Gente demais (7.2). "Para as batalhas do Senhor precisam-se homens de fé". Por isso duas provas são propostas para verificar a qualidade dos voluntários:

Primeiro coragem. Fé e medo não têm nada em comum: que os medrosos voltem para casa: dois terços se retiram.

Depois urgência. Alguns beberam descansadamente (7.5-7) e outros apressadamente, como homens ansiosos por prosseguir. Ê bom ter uma fé que não receia, e ainda melhor é um espírito agressivo e urgente. Tal era a fé do apóstolo Paulo (Fp 3.11-14).

A lição da vitória é que um com Deus pode vencer mil sem Ele (Dt 32.30 e Js 23.10).

Note-se que, no livro de Juízes, Deus se serve de instrumentos estranhos para conseguir seus propósitos. Aqui temos trombetas, cântaros e archotes; em 5.26 uma estaca; em 6.37 um velo; em 9.53 uma pedra de moinho; em 14.8 0 cadáver de um leão e em 15.16 a queixada de um jumento.

É coisa triste ver Gideão, afinal, contribuindo, talvez inconscientemente, para a idolatria (8.24-27).
 

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LIVRO De JUízes CAPÍTULO 9

O reino de Abimeleque. Há um ditado que diz: "Cada povo tem o governo que merece", e vemos Israel, novamente idólatra, sob o domínio de Abimeleque, um homem depravado, com um nome (significando "meu pai era rei") semelhante aos nomes dos reis dos filisteus. É uma história sórdida, que acaba tragicamente. O comentário divino é: "Assim Deus fez cair sobre Abimeleque o mal que tinha feito a seu pai, tirando a vida a seus setenta irmãos" (v. 56).
 

 

 

 

 

 

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LIVRO De JUízes CAPÍTULO 10

Tola e Jair, juízes dos israelitas. Estes dois parecem ter julgado o povo sem haver guerras ou outros distúrbios. De Jair uma das coisas dignas de menção foi que teve trinta filhos que montavam em trinta jumentos. Que recordações haverá do leitor, depois da sua morte, mais importantes do que isso? Talvez tenha tido somente três filhos, mas se os educou na doutrina e admoestação do Senhor, isso tem importância.
 

 

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LIVRO De JUízes CAPÍTULOs 11 e 12

Jefté como juiz de Israel. Um homem "ilustre em valor, mas filho de uma prostituta", o que nos ensina a não desprezar ninguém por motivo de ser seu nascimento humilde ou vergonhoso.

Enxotado de casa pelos irmãos, filhos legítimos do pai, agregaram-se a ele "homens miseráveis", e saiam com ele como seu chefe. Um homem de coragem e caráter pode, às vezes, inspirar ânimo aos outros, e guiá-los para grandes empresas.

Alguns expositores dizem que não é certo ter sido a mãe de Jefté uma prostituta, pois a palavra pode ser traduzida "hospedeira". É provável ter ela sido cananita, visto ser chamada "ishah achereth", mulher de outra raça (v. 2) (T).
 

Vemos como, na hora da necessidade, os anciãos de Gileade reconheceram que Jefté tinha qualidade para ser "cabeça sobre todos os habitantes de Gileade". Poucos são os que têm as qualidades de liderança. Deus discerniu no moço Davi as qualidades de um rei, e enviou Samuel para ungi-lo (1 Sm 16.1).

E alguém na igreja local hoje pode ser mais apto do que qualquer outro para ser o superintendente de Escola Dominical ou presidir às reuniões da mocidade.
 

O voto de Jefté (vv. 29-40). Notemos que a palavra traduzida por holocausto no versículo 31 não traz necessariamente a idéia de um sacrifício queimado. O sentido literal é "o que sobe", e a "subida" pela qual Salomão ia à casa de Jeová (l RS 10.5) é escrita com a mesma palavra.
 

"Quanto ao voto de Jefté, parece ter havido pressa e fracasso nele, mas certamente não há idéia de sacrifício humano, como muitos têm imaginado. A maioria dos comentadores recentes concorda nisto, e crê que a filha de Jefté foi simplesmente dedicada a Deus para viver uma vida de solteira, como os versículos 37-39 demonstram.

Não há nenhuma palavra de morte a seu respeito. As palavras de Jefté ao rei de Amom mostram que ele conhecia a Lei, e pela Lei tal oferta seria uma abominação (Lv 18.21, etc.) O hebraico permite traduzir o versículo 31: "...será de Jeová, ou eu a oferecerei em holocausto" (Grant).
 

Proposta emenda de tradução (12.6): "dois mil e quarenta" (J. 365).
 

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LIVRO De JUízes CAPÍTULOs 13 a 15

A visão de Manuá. Sobre isto diz dr. Goodman: "Vamos virar a nossa atenção outra vez para essa gloriosa e única figura 'O Anjo de Jeová'. Notemos o que se diz dele:

1) Ele é um homem (vv. 6 e 11). Mas nada se diz de características extraordinárias, como asas ou aureóla, como os homens gostam de delinear os anjos de Deus.

2) Ele é também Deus (v. 22). O versículo 16 sugere que ao princípio Manuá não reconheceu que foi com Jeová que falara, mas depois (v. 21) descobriu que não fora com nenhum outro.

3) Ele declara ser seu nome secreto, ou 'admirável' (v. 18). Ê a mesma palavra traduzida 'maravilhoso' naquela gloriosa profecia messiânica de Isaías 9.6.
 

Jacó lutara com esse mesmo ser Maravilhoso (Gn 32) 'um homem' (Gn 32.24) e 'Deus' (Gn 32.28,30), e queria saber o seu nome, mas o pedido foi recusado. Esse nome não foi revelado até muitos anos mais tarde, quando foi anunciado a Maria pelo anjo Gabriel: 'chamarás seu nome JESUS [ Jeová, o Salvador] porque ele salvará seu povo dos pecados deles' (Mt 1.21). Este é o nome sobre todo nome (Fp 2.9).
 

4) O Anjo 'subiu com a chama de fogo sobre o altar para o céu' (v. 20). Uma figura do dia quando, sobre o Calvário, havia de derramar a sua alma na morte, e oferecer-se sem mácula a Deus, 'oferta e sacrifício a Deus em odor de suavidade' (Ef 5.2).
 

"Sansão, em certos sentidos, é um dos mais notáveis caracteres na Bíblia. Ê robusto e atrevido, muito abençoado e empregado por Deus, e contudo mau e desobediente. Quando lemos a estranha história que o Espírito de Deus assim nos revela, sentimos que o Senhor tem muito que nos ensinar por ela.

Não sentimos repugnância pelo homem violento, apesar das suas notáveis fraquezas, porque reconhecemos alguma coisa semelhante em nossos próprios corações. Quem quereria a história dos seus próprios pensamentos secretos escrita para todo o mundo ler? Tal história do coração não seria muito diferente da de Sansão.

Que Deus pudesse usar um como ele não é nada estranha, porque muitos de nós podemos dizer: 'Pois Ele porventura não me tem usado a mim?' Sansão se enamora de uma mulher dos filisteus, e quer casar com ela. Seus pais protestam. Era coisa expressamente proibida Dt 7.3) como também é proibido o casamento de crente com descrente (2 Co 6.14).
 

O enigma de Sansão (14.14). Uma coisa incompreensível para todos os convidados à festa nupcial: comedor saiu comida,
E do forte saiu doçura e, contudo, na providência divina, as coisas mais estranhas têm acontecido. Nós sabemos que não somente houve nesses dias passados mel que saiu dum leão morto, de maneira que uma coisa tão repugnante como a morte falou de doçura e satisfação, mas sabemos também de um caso mais maravilhoso ainda em que a maior doçura da vida espiritual está relacionada com o Homem morto sobre a cruz.

No capítulo 15 lemos de diversas proezas de Sansão, e também lemos da sua derrota.
 

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LIVRO De JUízes CAPÍTULO 16

Sansão traído por Dalila (vv. 1-22). Notemos os passos da sua queda:

1) Ele foi para o lugar de tentação e pecado.

2) O inimigo serviu-se da mulher para o aliciar.

3) O propósito do inimigo está bem explicado (v. 5): mediante o suborno consegue seu propósito.

4) Sansão começa por zombar deles (vv. 7,11, 13), mas com os inimigos de Deus não convém brincar, para não se relacionar.

5) Sansão fica cansado pela persistência da mulher (v. 16). Ele devia ter fugido da tentação e da tentadora.

6) Afinal ele peca deliberadamente, contra seu voto de nazireu (v. 17).

7) Enquanto dorme, o inimigo rouba-lhe as forças (Pv 24.30-34; Mt 13.25).

8) Acorda desenganado e fraco, e é vencido pelos inimigos.

9) Perde a vista, a liberdade e o descanso, mas, afinal, prova a restauração do seu poder, pela misericórdia de Deus.
 

O versículo 13 acaba incompleto. A versão dos LXX completa o versículo com as palavras "e as seguras ao prego na parede, ficarei fraco como qualquer outro homem" (T).
 

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LIVRO De JUízes CAPÍTULO 17

Mica e seus ídolos. Podemos acreditar que temos neste capítulo uma amostra da idolatria que prevaleceu em todo o período dos juízes.
 

A primeira coisa que notamos é que nenhuma das traduções portuguesas conserva o nome primitivo deste homem: Micajehu ("quem é como Jeová?" ) como deveria ser nos versículos 1 e 4.

Encontro-o traduzido corretamente apenas na tradução espanhola de Pratt, e no "Numerical Bible" de F. W. Grant. "O homem adota a religião de sua mãe, e a mudança é indicada pela abreviação do seu nome, que de Micajehu ("quem é semelhante a Jeová?" ) vem a ser Mica, significando provavelmente "quem é curto de vista?" (Grant). (Pratt dá o sentido de Mica "quem é como?")

Mica, evidentemente, respeitava a Jeová, entre os vários deuses que tinha na sua capelinha (v.5); e ficou todo contente quando pôde contratar um moço levita como seu capelão particular, pois disse: "Agora sei que Jeová me fará bem, visto que tenho um levita para sacerdote" (v. 13).
 

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LIVRO De JUízes CAPÍTULO 18

Os danitas buscam uma herança. Os seiscentos danitas cujas proezas são relatadas neste capítulo parecem-nos pouco melhor do que ladrões, e sem mais nem menos roubam a imagem de Mica e subornam seu moço sacerdote para que a idolatria que era de apenas uma família fosse a religião de uma tribo. Seu procedimento iníquo faz-nos recordar a profecia de Jacó: "Dã será uma serpente no caminho, uma cerasta na vereda, que morde os calcanhares ao cavalo " (Gn 49.17). O moço levita, cujo nome era Jônatas, descendente de Moisés (v. 30), é um exemplo típico do sacerdote mercenário, que anda atrás de interesses monetários.
No versículo 30 0 nome do antepassado do jovem é dado corretamente na V.B. como sendo Moisés, e não Manassés como em Almeida.
 

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LIVRO De JUízes CAPÍTULO 19 e 20

Os homens de Gibeá. Nesta detalhada narrativa de pecado, cheia de brutalidades e vinganças, podemos notar alguns pontos de interesse.

Pelo visto, Jerusalém fora duas vezes retomada das mãos dos israelitas, e agora é mais uma vez uma "cidade dos jebuseus" (19.11), tendo tanto os de Judá como os benjamitas perdido seu poder sobre ela.

Não querendo alojar-se ali, o levita segue para uma cidade israelita chamada Gibeá, onde encontra mais perversidade e mais perigo do que em Jerusalém. Ali sacrifica a concubina para salvar a própria vida, e em seguida planeja uma grande vingança contra os iníquos benjamitas.

Todo o Israel se reúne para castigar o mal, e, coisa estranha, nos dois primeiros dias da batalha, sofre pesado castigo. Facilmente ficamos indignados ao ouvir dos pecados alheios, e apressamo-nos a lançar a primeira pedra, mas, para esse solene dever, é preciso que nós mesmos estejamos "sem pecado"
 

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LIVRO De JUízes CAPÍTULO 21

A ruína de Jabes de Gileade. F. W. Grant comenta este capitulo da seguinte maneira: "Afinal, quando a espada tem feito seu trabalho ousado, e algumas centenas de moços, privados de tudo que prezaram na vida, ficam sozinhos, o povo desperta para a realização do resultado da sua própria obra, como se fosse de uma providência inescrutável, e indaga por que terá isso sucedido.

"Acham-se presos pelos seus atos passados, em que parecem ter deliberadamente contemplado a extinção de uma tribo, o que quase conseguiram, e agora querem atribuir isso à vontade de Deus. Juraram não dar esposa a qualquer benjamita. Mas, em vez de apresentar isto com tristeza penitencial perante o Senhor, pedindo uma libertação da sua loucura, tomam mais uma vez o negócio nas suas mãos cruéis.

"Os habitantes de Jabes de Gileade não tinha mandado auxílio à guerra, e isto Israel tinha denunciado, com mais outro juramento atrevido, ser um crime digno de morte. Um novo juramento é feito como meio de escapar do anterior; e despacham uma expedição contra a infeliz cidade para infligir-lhe o extermínio, salvo umas quatrocentas moças destinadas a serem esposas dos moços benjamitas.
 

"Mas isto não chega, e lançam mão de outro expediente. Respeitando o próprio juramento, não devem dar as suas filhas, mas não tem dúvida em permitir aos moços furtá-las, e, positivamente, propõem uma festa a Jeová como uma boa ocasião para isto!
 

"Tal se tornou Israel, o povo de Deus. Fraco e indeciso quando era preciso fazer o bem; apressado e positivo onde a paciência e a longanimidade teriam sido apropriadas: tolerante nas ofensas contra Deus, feroz e sem misericórdia no vingar ofensas contra si mesmo; escrupuloso em guardar um juramento louco; mas procurando evitar as suas conseqüências por um jesuitismo que a ninguém enganou. Assim foi o 'povo de Deus' de então, e (talvez) a 'cristandade' de hoje; e tal terá ela sido em ocasiões passadas. Esquadrinhemos os nossos corações ao lermos esse relatório recordado não sem propósito. Quão solene é a repetição daquilo que tem sido o texto destes últimos capítulos: 'Cada um fazia o que bem lhe parecia' .
 

Traduzi a exposição deste último capitulo de "The Numerical Bible" sem a resumir, para que o leitor possa provar à vontade o sabor do ensino bíblico do erudito F.W.Grant. Em outros lugares tem sido possível dar apenas um resumo das exposições dele, que, na sua totalidade, encheriam cinco livros do tamanho deste.)
 

REFERÊNCIAS AO LIVRO DOS JUÍZES NO NOVO TESTAMENTO
 

Juízes 2-16,    At 13-20
  6 a 8, Gideão  
  11 e 12, Jefté Hb 11.32
  14 a 16, Sansão  
  4, Baraque  


 

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