2corintios

2ª Carta aos Coríntos

   2ª CARTA A CORÍNTIOS

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INTRODUÇÃO:

 

 

Após ter escrito a primeira carta aos coríntios, que lhes enviou pela mão de Tito, Paulo partiu de Éfeso, sendo sua partida apressada}, sem dúvida, pelo tumulto (At 19.23-41). Pregando pelo caminho, chegou finalmente a Trôade, de volta de Corinto. O regresso de Tito, porém, foi retardado, o que muito perturbou Paulo, que, receando algum incidente desagradável, atravessou o mar e foi encontrar Tito em Filipos (2 Co 2.12, 13; 7.5,6) - (Lee).

A carta foi escrita em Filipos, provavelmente no ano 60.

Tema. A carta descobre o estado físico e espiritual de Paulo: fraqueza, cansaço, dor, e opressão espiritual, devido à sua solicitude pelos coríntios, à sua manutenção das verdades da graça de Deus, apesar dos ensinadores legalistas, e à sua angústia de coração, oriunda da desconfiança dos cristãos-judeus. A doutrina dos legalistas fora acompanhada da negação da autoridade apostólica de Paulo (Scofield).

 

ANALISE DE 2 CORÍNTIOS

 

Saudação e ação de graças (1.1-11). 1. Paulo, e a má interpretação dos seus movimentos (1,12 e 7.16).

1.1. O ministério do Evangelho: uma explicação (1.12 a 2.13).

1.2. O ministério do Evangelho: uma exposição ('2.14 a 5.21).

1.3. O ministério para com o Evangelho: uma exortação (6.1 a 7.16).

2. Paulo, e a contribuição para os santos em Jerusalém (caps. 8 e 9).

2.1. O exemplo da Macedônia, e um apelo (8.115).

2.2. A delegação a Corinto, e a sua missão (8.16 a9.5).

2.3. Os princípios da contribuição cristã e seus frutos (9.6-15).

3. Paulo, e seus detratores na igreja dos coríntios (10.1 a 13.10).

3.1. Sua autoridade divina (10.1-18).

3.2. Seu apostolado manifesto (11.1 a 12.10).

3.3. Sua admoestação fiel (12.11 a 13.10) (Scroggie)

 

A MENSAGEM DE 2 CORÍNTIOS

 

A Segunda Epístola aos Coríntios é um apêndice da primeira, e como tal tem por assunto o ministério. Já temos visto que o caráter do corpo de Cristo pressupõe a existência do ministério. As várias funções e qualidades dos membros tornam cada um, no seu Lugar, ministro de todos os demais. Alguns há, sem dúvida, mais proeminentes no ministério do que outros, e na epístola aos Coríntios o próprio apóstolo é o exemplo do ministério no seu caráter mais elevado e manifesto.

Não devemos permitir que esta verdade desvie nosso pensamento da ideia mais ampla do ministério, ligada a todo o corpo de Cristo, que o apóstolo apresenta no primeiro capítulo desta epistola. Paulo era o cristão modelo, como vemos em Filipenses. Era modelo na sua conversão, como mostra na sua epístola a 'Timóteo. Era modelo na sua condição anterior, como principal dos legalistas e chefe de perseguidores. Aqui é o modelo do ministro de Cristo; mas não devemos permitir que a sua proeminência neste particular ofusque o pensamento mais amplo, como acontece com a maioria dos comentários. Está claro que o ministério tem vários aspectos, e em algumas das suas formas não somente não é público, mas pode ser muito oculto. Mas as coisas que parecem mais fracas são necessárias, como o apóstolo nos recorda, e não havemos de pensar no ministério como exclusividade de uma certa classe. Assim a epístola vai-se alargando desde uma mera defesa de Paulo perante os coríntios - ou quando muito, das suas necessidades pessoais nessa assembleia - para incluir o que é de interesse geral. Isto notamos desde o começo da epístola (Grant).

 

 

 

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2ª CARTA A CORÍNTIOS Capítulo 1

 

Ações de graças (1-11). Os dois pensamentos principais deste trecho são tribulação e triunfo; sofrimento e salvação. Notemos os versículos que falam destas coisas: tribulação (3,8); sofrimento (5,6, 7); salvação (6) (Scroggie).

Vale a pena meditar sobre o que se diz de Deus no versículo 3, e sobre a sua significação para nós hoje.

Visto que o trecho tem muito a dizer de "consolação", podemos ligar com ele João 15.11.

Notemos progresso de experiência espiritual: o apóstolo passa por grandes provações; como resultado tem preciosas experiências das consolações de Deus; consequentemente pode melhor consolar os outros. Alguma coisa parecida poderá acontecer conosco.

Porque demorou Paulo a sua ida (12-24). Deste trecho aprendemos: como é importante ter uma boa consciência; que simplicidade, sinceridade e graça de Deus são características de um ministério proveitoso; que as verdades reconhecidas valem, às vezes, mais do que novidades (v. 13); que pode haver motivos suficientes por que uma viagem projetada não se realiza; que o exemplo de Cristo é a norma do crente (v. 19); que o apóstolo era compassivo, até para com esses coríntios carnais (v. 24).

 

 

 

 

 

 

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2ª CARTA A CORÍNTIOS Capítulo 2

 

Paulo contínua a sua explicação (1-13). Este trecho ocupa-se com a pessoa iníqua da primeira Epístola, agora arrependida. Contém ensinos preciosos

que demonstram como o amor fraternal opera quando há arrependimento. Mas era preciso escrever: "Rogo-vos que confirmeis com ele o VOSSO amor". Os disciplinados pela igreja necessitam de muito cuidado e paciência da parte dos seus irmãos. Quando estas qualidades faltam, os crentes podem ser "vencidos por Satanás", que terá ganhado uma vitória.

Perdão e consolação pela igreja local, que zela não somente pela honra de Deus, mas também pela restauração espiritual do pecador.

Para que este trabalho da igreja seja bem feito é preciso, às vezes, "muita tribulação e angústia de coração" da parte de quem zela pela santidade da igreja. Qual de nós pode falar em ter derramado 'muitas lágrimas" sobre o pecado de outro? É preciso haver a prova do amor dos irmãos para com o arrependido. É preciso haver esperança que a "repreensão feita por muitos" tenha produzido frutos salutares, benefícios permanentes. É preciso haver apreciação do fato que Satanás, às vezes, aproveita desvios para conseguir derrotas (v. 11).

Caráter e frutos do ministério de Paulo (14-17). Quando Paulo chegou a Trôade, parece que ele estava com o espírito bastante agitado, tanto que não pôde aproveitar bem a bela oportunidade de serviço cristão que se lhe apresentou (2.13). Havia razão para alguma agitação. Mas não era isto demais? Porventura o leitor fica tão perturbado que não pode prosseguir no seu serviço? (Scroggie).

 

Porém, nos versículos 14-17 vemo-lo voltando à sua serenidade habitual, quando começou novamente a preocupar-se com Cristo.

No versículo 14 devemos preferir a V.B. - "conduz-nos em triunfo". Diz F. W. Grant: "Não é 'faz-nos triunfar'. O triunfo era de Deus mesmo, de Deus que tem interesse em que nunca falhe em tudo o que pertence a Cristo",

 

 

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2ª CARTA A CORÍNTIOS Capítulo 3

 

Cartas de recomendação (1-5). Estas cartas representam um recurso de valor para os crentes ou pregadores que viajam. Alguns, pouco conhecidos, necessitam de tais cartas para que sejam bem recebidos nos lugares que visitam, Outros: bem conhecidos, como era o apóstolo, podem achá-las supérfluas. Quando os pregadores tornam a visitar seus próprios filhos na fé podem dizer: ' Vós sois a nossa carta'

O novo concerto (6-18). Neste trecho os versículos 7-16 são um parêntese em que Paulo, havendo aludido ao Novo Concerto (v. 6), segue comparando o com o Velho. Ele reconhece que o Velho Testamento era glorioso, mas que o Novo, o Evangelho, é ainda mais glorioso.

Fazemos da versão inglesa do Rev. Wilfrid Isaacs a seguinte tradução dos versículos 12-18: "Não é de se estranhar que, com essa perspectiva, falemos com a máxima ousadia. Moisés costumava pôr um véu no seu rosto para que os filhos de Israel, ao contemplarem a glória, não a vissem passar e desaparecer. Nós não necessitamos desse véu. A glória [o ministério?] agora é permanente. Mas a mente de Israel tornara insuscetível de convicção. Até hoje a glória do velho concerto, como eles o leem, lhes é escondida por um véu tão impenetrável como nunca - um véu que não se levanta para que vejam essa glória desaparecer em Cristo. Até hoje quando os livros de Moisés são lidos, o véu está sobre seus corações. Mas quando o seu coração se voltar ao Senhor, o véu será retirado; o que já está acontecendo. E o próprio Senhor é o Espírito. Assim o céu pode ser removido somente com o consentimento deles, pois onde está o Espírito do Senhor não há compulsão.

"E no nosso caso? Não usamos um véu como Moisés. *Vossos rostos são como espelhos: todos refletimos a glória do Senhor, e à medida que exibimos a sua formosura para que todos a vejam, nosso caráter se transforma concomitantemente, tornamo-nos semelhantes a Ele, voltando-nos da glória do antigo, para encarar a glória de novo, como se fosse pelo sopro do soberano Espírito, que nos leva adiante'. Esta tradução é tão luminosa que não necessita de explicação.

 

"A letra mata" (v. 6). "Devemos observar com cuidado que o apóstolo não fala aqui da letra da Escritura (como alguns entendem) mas da letra do Velho Concerto, a saber, da Lei. Não é verdade que a letra da Escritura mata. Mesmo a letra da Lei... evidentemente não é contra nós, mas é semelhante, às boas lições de um velho professor cujos ensinos são proveitosos, embora não sejamos seus alunos. Mas o concerto legal, e somente ele, mata. Se vivemos debaixo da Lei, logo descobriremos que é um ministério de morte e não de vida.

"Esta glória (do velho concerto) passa. A glória na face de Moisés tem de dar lugar à glória em outra   

Face, e o ministério da morte, ao ministério do Espírito, que revela a Cristo. Aqui a glória permanece, e é uma glória que o pecador impotente pode contemplar com gozo e satisfação. Há nela um Evangelho, e, como logo aprendemos, é o Evangelho da glória de Cristo. Assim o ministério da condenação tinha glória, mas quanto o excede em glória o ministério da justiça!" (Grant).

 

 

 

 

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2ª CARTA A CORÍNTIOS Capítulo 4

 

O ministério do Evangelho (1-7). O assunto deste capítulo é, ainda, o ministério do Evangelho. Notemos a significação das palavras "este ministério " Vemos o apóstolo entusiasmado pela grandeza do serviço que lhe fora confiado, e por isso encorajado a cumpri-lo sem desfalecer.

No versículo 2 notemos as coisas que o apóstolo evitou, por serem prejudiciais ao seu trabalho espiritual]; e como ele fez questão de se recomendar à consciência dos ouvintes pela sua conduta irrepreensível, e não apenas ao entendimento deles pelos seus argumentos.

Aprendermos deste trecho: que há coisas que G ministro de Deus necessita renunciar; que seu testemunho é o seu modo de viver, e não apenas verbal; que pessoas "perdidas" podem não perceber a formosura do Evangelho de Cristo; que o Evangelho revela a "glória" de Cristo e ilumina o crente; que o pregador mais convencido de que sua mensagem é um "tesouro" pode sentir que seu corpo é um "vaso de barro" (v. 7).

O dr. Gray resume assim o caráter do ministério do apóstolo: Era um ministério triunfante (2.14-17); era um ministério comprovado pela conversão dos coríntios (3.1-5); era um ministério espiritual (3.6-18), e era um ministério honesto (4.1-7).

Geo Goodman observa que este capítulo diz várias coisas referentes ao próprio apostolo:

1)        Ele reconhecia que seu corpo era como "vaso de barro " (v. 7), isto é, sujeito a todas as enfermidades da carne.

2)        Ele sofria constantes provações: atribulado, perplexo, perseguido, abatido, mas não desanimado.

3)        A excelência do poder de Deus estava nesse vaso de barro, de maneira que veio a ser um vaso para honra. Quem cuidaria convenientemente desse vaso, estando nele um tesouro tão excelente? Realmente só o próprio Cristo.

4)        As tristezas nunca o subjugaram. Perplexo, mas não desanimado; perseguido, mas não desamparado; abatido, mas não destruído.

5)        A vida de Cristo manifestou-se no seu corpo

(10, 11) . Foi este poder de vida, dentro dele, que o capacitou a suportar as provações de fora. Havia morte em redor, mas vida interiormente.

6)        A morte operou nele, mas era vida para os outros (12). Ele viu o fruto do seu sofrimento na salvação desses que procurou ganhar.

7)        A esperança gloriosa o sustinha (14). Deus o havia de ressuscitar e apresentar com Cristo.

8)        A fé fixou seu olhar nas coisas invisíveis, que são eternas; todo o demais é passageiro (18).

Tribulação (8-18). Neste trecho Paulo desenvolve o ensino do versículo 7 afirmando que seu serviço era acompanhado de muita tribulação.


Notemos no versículo 10 que a preocupação constante com a morte do Salvador resulta na conformidade com sua vida. No versículo 12 Paulo contrasta o seu caso com o dos coríntios que gozavam abundantemente das comodidades da vida (1 co 4.8), enquanto Paulo tinha renunciado tudo que o mundo oferecia, para melhor desempenhar seu• serviço.

Traduz-se o versículo 12: "De maneira que em nós opera a morte, e isso para nós resulta em vida (C.H. 417).

Vemos que, apesar de todas as suas provações, ele estava sempre animado (16-18).

 

 

 

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2ª CARTA A CORÍNTIOS Capítulo 5

Porque a morte não tem terrores para o servo de Deus (1-12). O dr. Scroggie toma 4.7 a 5.10 como sendo uma secção da epistola, e nota o ensino seguinte: Uma provação atual (4.8-18). Uma perspectiva abençoada (5.1). Um desejo ardente (2-4). Um propósito eterno (5). Uma alternativa animadora (6-8). Uma ambição perpétua (9). Um motivo dominante (10).

Sobre o Tribunal de Cristo o dr. Goodman diz: "A este tribunal temos três principais referências no N.T. Devemos distingui-lo do julgamento do Grande Trono Branco referido em Apocalipse 20.11-15, que resulta na "segunda morte" que o crente nunca provará (Jo 5.24; Rm 8.1; Ap 20.6")

No Tribunal de Cristo, o Redentor congregará os remidos em torno de si; mais ninguém estará presente: ninguém quererá outra coisa senão as decisões que Ele pronuncia, pois ali todos o amarão e confiarão nele. Contudo

1) todos serão manifestos, isto é, todos aparecerão na realidade, e todos os enganos e fingimentos desaparecerão.

2) Cada um receberá louvor ou censura de acordo com o testemunho da sua vida e serviço. As três referências a esta cena são:

a) aqui em 2 Coríntios 5.10, onde afirma será manifestado tudo o que temos feito no corpo;

b) em Romanos 14.10, onde se diz que nossas relações com nossos irmãos serão examinadas, e

c) 1 Coríntios 3.10-15, onde vemos que nosso serviço a Deus será provado como por fogo. Um homem verdadeiro aprecia o julgamento de um juiz reto. Somente o iníquo tem medo".

 

A tradução de Wilfrid Isaacs pode ajudar-nos a entender os versículos 13-15: "Somos loucos, dizem eles; bem, nesse caso, ao menos somos admitidos aos pensamentos de Deus; e em tratar convosco somos bastante ajuizados. Em verdade estamos bem controlados o amor de Cristo nos governa.

 

"Isso, não é loucura, é a razão por que enfrentamos os maiores perigos. Para nós a amargura da morte já passou. Temos passado o julgamento sobre nós mesmos no sentido de que, visto ser a morte de um equivalente à morte de todos, então, assim, quando Ele morreu, todos perderam o direito de viver.

 

Uma mensagem de reconciliação (20,21). Aqui o apóstolo roga, não aos crentes coríntios, mas ao mundo dizendo "que vos reconcilieis com Deus'

A reconciliação no N. T. quer dizer o restabelecimento de relações íntimas entre Deus e os homens.

É preciso notar que a falta de harmonia e amizade é um resultado do pecado que há no mundo, e que  cria um afastamento entre a criatura e o Criador (Is 59.2). Notemos que:

 

a)         O propósito da reconciliação foi de Deus e não dos homens, e assim Ele revelou o amor, recurso, propósito e poder de Deus.

b)         () processo da reconciliação foi o de Deus enviar o Filho, como porta-voz do propósito divino, a manifestação do poder, graça e misericórdia de Deus; o único competente para consumar a grande tarefa, mediante uma obra expiatória.

c)         A consequência da reconciliação é que o crente em Jesus Cristo está bem com Deus; refugia-se em Deus em vez de refugiar-se de Deus; ama seu Deus Salvador em vez de receá-lo; encontra seu maior prazer em obedecer à vontade divina, já que tem aprendido a desconfiar da sua própria vontade pecaminosa.

 

 

 

 

 

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2ª CARTA A CORÍNTIOS Capítulo 6

 

A abnegação de Paulo no seu ministério (1-10). Neste trecho vemos trinta maneiras pelas quais podemos recomendar-nos como servos de Deus. Devemos meditar em cada uma se for possível, de joelhos. Se pregássemos como arcanjos, seria tudo em vão se não tivéssemos a vida divina e não manifestássemos Cristo em nosso caráter e conduta. Ê essa vida que dá poder e eficácia a tudo que dizemos" (Scroggie).

 

"Receber a graça de Deus em vão" (v. 1) significa aceitar as verdades do Evangelho de modo que não produzam na alma o efeito que era de se esperar. Devemos pensar em todo o serviço de evangelização como sendo "nós cooperando com Ele".

Um apelo para separação e pureza (11-18). Este trecho termina em 7.1. Os três pensamentos principais aqui são "dilatação" e "purificação". Podemos examinar-nos para verificar se temos coração acanhado ou dilatado.

A separação ensinada aqui é o afastamento do imundo, do incrédulo, das trevas deste mundo. A Escritura não ensina a separação de irmãos em Cristo.

A palavra "Belial", como nome próprio no N.T., significa Satanás (Pequeno Dicionário Bíblico). Clique aqui para baixá-lo

"Sereis para mim filhos... " (v. 18). Em Mateus 5.44,45 0 ensino é que se faça o bem... para que sejais filhos, e aqui nos versículos 17,18 é apartar-se do mal, para que sejais filhos; porque, no sentido bíblico, um "filho" é quem apresenta as feições do pai.

Estudando com mais atenção os versículos 14,15: podemos considerar:

1)     Relações que são proibidas, e por que o são.

2)     Relações que não são proibidas, e por que não o são.

 

1) Relações proibidas. Entendemos que esta escritura proíbe absolutamente o matrimônio do crente com o descrente, porque:

a)            Seria um jugo desigual, tendo um dos dois o desejo de avançar no serviço de Deus, e o outro disposto a recuar.

b)           () matrimônio é uma figura da relação entre Cristo e sua igreja, da qual o casamento entre crente e incrédulo seria uma caricatura.

c)            O prejuízo para os filhos seria enorme, não havendo acordo entre os pais para criá-los "na admoestação do Senhor".

d)           A diferença de compreensão em tudo que é de mais importância resultaria em frequentes desavenças.

e)            O crente ficaria embaraçado de evangelizar o descrente, por estar ele mesmo desobedecendo o ensino do N.T.

Esta proibição pode-se referir, não somente ao matrimônio, mas também à sociedade comercial e a outras associações voluntárias.

 

2) Relações não proibidas são as de patrão e empregado; entre vizinho, compatriota e parente. As vantagens do contato do crente com o descrente na vida social são tão evidentes quanto as desvantagens de um jugo ' 'desigual". Assim:

a) O servo crente, pelo seu bom procedimento, "adorna a doutrina" (Tt 2.10), e aprende humildade, sujeição, paciência, longanimidade, tolerância.

b) Reprova e limita o mal que há no mundo (1 Pe 2,12). c) O vizinho crente nos seus contatos sociais tem oportunidades para evangelizar.

 

 

 

 

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2ª CARTA A CORÍNTIOS Capítulo 7

 

"No primeiro versículo, o apóstolo faz uma distinção entre purificação e santidade. A primeira é uma operação instantânea; a segunda, progressiva; e ambas seguem sempre nessa ordem. Pode haver purificação sem santidade, mas não pode haver santidade sem purificação" (Scroggie).

Este trecho permite-nos ver o profundo empenho do apóstolo pelo bem espiritual dos coríntios. Se nós usássemos semelhante linguagem, acaso pareceria exagerada?

Sobre o versículo 8 diz F. W. Grant: "Se o apóstolo os contristou pela carta anterior, não podia agora lastimar-se, embora se tivesse lastimado no momento — um caso notável de que nem sempre a inspiração do escritor inspirado era consciente. Aqui temos uma carta que todos reconhecemos como inspirada, e, contudo, num momento de fraqueza, Paulo lastima-se de tê-la escrito. Isto demonstra como as nossas afeições podem, por um pouco, subjugar o nosso raciocínio, e até o nosso juízo espiritual!"

Nos versículos 9-16 temos um estudo sobre o arrependimento, e no versículo 9 vemos uma distinção entre o arrependimento e a tristeza.

O versículo 10 faz uma diferença importante entre a "tristeza segundo Deus" e a "tristeza do mundo". Quais as características de ambas? Lemos de sete frutos do arrependimento no versículo II. Merecem ser estudados separadamente.

Vemos pelos últimos versículos do capítulo, como o apóstolo fala bem dos coríntios, que ele tanto censurara na sua primeira carta. A sua plena confiança neles é bem afirmada no versículo 16.

 

 

 

 

 

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2ª CARTA A CORÍNTIOS Capítulo 8

Ainda a contribuição (1-6). Encontramos agora o apóstolo muito empenhado na contribuição para os crentes em Jerusalém. Cita o exemplo das igrejas da Macedônia, a fim de estimular os coríntios. Vemos que tribulação e pobreza nem sempre impedem a liberalidade. Em todo caso, parece-nos estranho que os crentes da Macedônia, em estado de "profunda pobreza", fossem convidados a mandar uma oferta aos crentes necessitados da igreja-mãe em Jerusalém.

"Uma das mais importantes graças da vida cristã é a da contribuição. O crente que ainda não aprendeu a dar alegremente (9.7), liberalmente (v. 2 e Rm 12.8), o que pode (v. 3), e sabiamente (v. 14), ainda não começou a reconhecer seus privilégios e responsabilidades" (Goodman).

 

A exortação (7-15). Sobre a contribuição para qualquer obra de Deus, aprendemos:

a) que o crente deve "abundar" nessa graça;

b) que a sua contribuição prova a sinceridade do seu amor;

c) que o exemplo do Senhor Jesus Cristo é a sua inspiração; d) que a boa vontade pouco valor tem sem o cumprimento;

e) que ninguém precisa pensar em dar o que não tem;

f) que a contribuição pode ser; às vezes, recíproca,

 

Os mensageiros (16-'24), algumas características de Tito e seu companheiro podem instruir-nos nas qualidades próprias para os portadores de contribuições dos crentes: solicitude (16); diligência (17); boa reputação (18); aprovação da igreja (19); cooperação no trabalho do Evangelho (22).

 

 

 

 

 

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2ª CARTA A CORÍNTIOS Capítulo 9

 

Continua o assunto da contribuição (1-15). Ê claro que, embora se trate aqui de assunto particular e local, podemos aprender lições sobre diversos casos de contribuição para o serviço de Deus. Além de socorrer os crentes pobres, podemos contribuir para casas de oração, viagens de evangelização, publicação de Bíblias e tratados, socorro aos vizinhos necessitados, etc. Vemos, na maneira pela qual Paulo tratou do caso, energia, prontidão, prudência, simpatia e amor aos irmãos que careciam de recursos.

Podemos ligar 1 João 3.17 com este trecho.

Nos versículos 6-13, Paulo contempla de modo mais amplo todo o assunto da contribuição, ligando tudo a Deus e à abundância da sua graça. Podemos estudar os "todos" do versículo 8.

Wilfrid Isaacs traduz os versículos 5-7 livremente: "Julguei necessário solicitar o serviço desses mãos, para que vos visitassem bem cedo, e combinassem que a beneficência de que vós haveis dado aviso fosse pronta para remessa imediata; conto com a prontidão daqueles que não pensam senão em conferir benefícios, e não com a hesitação daqueles que calculam as probabilidades de lucro mediante o gasto feito. Contudo, se quereis considerar o resultado, não vos esqueçais do ditado: 'Aquele que semeia com escassez, ceifará com escassez; e quem semeia generosamente terá uma ceifa abundante'. Ao mesmo tempo, preocupação com os resultados tende a um acanhamento espiritual do qual não desejo que sejais vítimas. Desejo ver cada um livre para fazer sua própria escolha — uma escolha determinada pelo impulso espontâneo do seu próprio coração. Todos devem dar porque têm prazer em dar, pois somente quem dá com prazer satisfaz o amor de Deus".

O capítulo que tanto ensina sobre contribuição, termina muito bem com uma alusão à maior de todas as dádivas. A palavra "inefável" significa "que não se pode expressar por palavras".

 

 

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2ª CARTA A CORÍNTIOS Capítulo 10

 

Autoridade apostólica (1-18). Neste capítulo Paulo defende a sua autoridade apostólica. Às vezes é uma triste necessidade o servo de Deus defender-se. Evidentemente, havia detratores e acusadores do apóstolo em Corinto, e era necessário desmentir as suas calúnias. Porém o apóstolo, ao defender-se, fê-lo com seu olhar fito na "mansidão e benignidade de Cristo"

Pelo versículo 11 entendemos que havia um adversário entre os coríntios, que se fizera mais notável que os outros. Paulo não o menciona por nome; chama-o "o tal'

Como é diferente o estilo desta carta do daquele aos Romanos! Porém aqui Paulo escreve a seus próprios filhos na fé, e em Romanos, a desconhecidos.

"Podemos notar algumas características de um obreiro eficiente:

a) ele não milita segundo a carne (v. 3);

b) suas armas não são carnais;

c) não se ocupa com o aspecto exterior (v. 7);

d) emprega seu poder para edificação;

 e) não se compara com os outros;

f) não se gloria no que já estava preparado (v. 15)" ( Goodman).

Vemos que o espírito de Paulo era o de um verdadeiro pioneiro, sempre anelante para ir mais além, e anunciar o Evangelho onde Cristo não tinha sido anunciado.

 

 

 

 

 

 

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2ª CARTA A CORÍNTIOS Capítulo 11

 

"Nos versículos 1-12 0 apóstolo previne os coríntios contra três erros de doutrina: 'outro Jesus', criação. talvez, da imaginação humana; 'outro espírito' que não o Espírito Santo a quem o cristão obedece; 'outro evangelho' que não anuncia o perdão divino mediante uma obra expiatória. Paulo ainda defende seu oficio apostólico (1-6), e aqui afirma o seu método (7-11), e o seu motivo (12-15)" (Scroggie).

 

Com respeito às suas necessidades pessoais, Paulo recebeu várias vezes donativos dos filipenses, mas recusou-se a receber dos coríntios carnais. Quis antes aceitar de "os irmãos que vieram da Macedônia do que deles. E tudo isto para "cortar ocasião aos que buscam ocasião " para poderem dizer que o apóstolo explorava seus filhos na fé.

Lamsa termina o versículo 12• "não sejam achados assim como nós

Paulo, nos versículos 13-15. denuncia energicamente os "falsos apóstolos" do seu tempo, que ele afirma sem rebuços serem servos de Satanás. Que diria ele hoje de todos os ensinadores falsos que exploram a humanidade?

 

Notemos aqui que Paulo reconhece de Satanás: que é um ente real e não uma mera influência maligna.

 

Os sofrimentos de Paulo por amor do Evangelho (16-33). O apóstolo reconhece a necessidade de se defender, mas ao mesmo tempo acha a tarefa tão desagradável, que a considera loucura. Relata minuciosamente seus sofrimentos por amor do Evangelho, porém não todos eles, porque ainda não fizera a viagem a Roma. Ficamos sabendo que a narrativa em Atos é muito incompleta, pois pouco nos conta de todas as provações relatadas aqui. O dr. Goodman resume a lista assim:

a) abundantes trabalhos, em que Paulo não poupava seu corpo cansado;

b) crueldade e perseguições, tendo sido muitas vezes açoitado e encarcerado;

c) perigos marítimos e terrestres devido às suas muitas viagens;

d) cansaço e necessidades devido à fome, frio, nudez;

e) ansiedade pelas igrejas, cada dia trazendo novos cuidados;

f) indignidades, como quando ele (outrora o orgulho dos fariseus) foi baixado num cesto pela muralha.

Mas em todas estas provações ele experimentou a proteção divina.

 

 

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2ª CARTA A CORÍNTIOS Capítulo 12

 

A visão celestial (1-10). "Este é um trecho bastante instrutivo. O homem que, no capítulo anterior, é rebaixado, neste é arrebatado ao Paraíso. Como são variadas as experiências do crente! Porventura o leitor é 'um homem em Crista'? Como é triste estar 'sem Cristo'! Quem está 'em Cristo' agora, estará .com Cristo' para sempre" (Scroggie).

() propósito do apóstolo era mostrar que, ao contrário dos apóstolos que se glorificavam na carne (11.18) e na sua suposta grandeza e poder, ele gloriava-se naquilo de que os homens naturalmente se envergonham: em enfermidades, fraquezas, perseguições, provações. A razão é que, apesar de tudo, o poder de Cristo descansava sobre ele, e assim toda a glória era do seu Senhor e não dele" (Goodman).

 

C. H. página 460, termina o versículo 2: "Foi arrebatado no poder de Cristo até o terceiro céu.

 

É evidente que a "paciência" é uma coisa muito necessária no serviço de Deus (vs, 11-18). O ministro de Deus precisa de muita paciência (6.4), e aqui o apóstolo considera "toda a paciência" um dos sinais do seu apostolado (v. 12). E inigualável a linguagem com que ele expressa seu desinteresse e amor (v. 15).

O versículo 16 costuma ser mal-entendido. A tradução livre de Wilfrid Isaacs esclarece-o completamente. "Admitindo que eu não vos importunei com minhas necessidades, resta ainda a acusação de que sou um sujeito sem escrúpulo, que vos explorei sem o perceberdes, por uma sutil armadilha. Pois bem, pergunto se podeis mencionar alguém que mandei visitar-vos, e dizer que o empreguei para vos explorar? Pedi a cooperação de Tito, e enviei com ele nosso irmão. Tito os explorou em alguma coisa? Não foram todos do mesmo espírito? Não seguiu cada um o exemplo do seu antecessor?"

 

Vemos, afinal, que o maior cuidado do apóstolo não é justificar-se, mas corrigir os pensamentos errôneos dos coríntios, para que ele tivesse algum gozo no proveito espiritual deles (vv. 19.21).

 

 

 

 

 

 

 

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2ª CARTA A CORÍNTIOS Capítulo 13

 

Últimos avisos e saudações (1-13). "Paulo continua a defesa do seu apostolado. Outros podem afirmar sem razão que são apóstolos, mas nenhum deles pode dar as provas que ele oferece. As evidências que ele aponta são:

a) Que não desculpara os pecados dos coríntios. Alguns tinham continuado no pecado após uma confissão de fé, e isso ele não queria tolerar. Se a salvação tem algum sentido, é salvação do pecado: a fé que não resulta em vencer a prática do pecado não é a fé que salva a alma da ira vindoura.

b) O poder de Deus tinha operado poderosamente nos próprios coríntios. Eles deveriam examinar a si mesmos para ver se achavam neles uma novidade de vida. Essa era a prova do apostolado de Paulo.

c) Seu poder fora manifestado na fraqueza: nisso ele era parecido com o seu Mestre, que tinha sido crucificado em fraqueza, mas ressuscitara pelo poder de Deus. Que o servo se parecesse com seu Senhor era mais uma prova do seu apostolado" (Goodman).

É importante notar o parêntese nos versículos 3,4, de maneira que devemos ler: "Visto que buscais uma prova que é Cristo que fala em mim... examinai-os [não a mim, mas] a vós mesmos, se permaneceis na fé... "

"Esta é a terceira vez que estou para vos visitar' (v. l). Paulo nota que tinha havido apenas uma visita, e que a visita proposta ficou adiada. Agora, pela terceira vez, Paulo propõe fazer a sua (segunda) visita.

Comparando 12.14 com 1.23 e 2.2, vemos que se trata de uma segunda visita, mas proposta pela terceira vez. Embora resolvera ir, ainda não fora, para não ir com tristeza.

A última saudação no versículo 11 merece ser meditada. Outra vez Paulo ensina a seus leitores que as suas saudações devem ser santas (12).

 

 

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