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Carta aos Romanos

CARTA AOS EFÉSIOS

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INTRODUÇÃO:

 

 

Efésios foi escrita de Roma em 64 d.C. É a primeira em ordem das cartas escritas durante o encarceramento romano, e foi enviada, junto com Colossenses e Filemom, por mão de Tíquico. Efésios é a carta mais impessoal de Paulo. As palavras "aos efésios" não estão nos melhores manuscritos. Colossenses (4.16) menciona uma carta aos laodicenses. Tem sido conjecturado que a epístoIa que conhecemos como dirigida aos efésios é realmente essa carta aos laodicenses. Provavelmente foi enviada às igrejas de Éfeso e Laodicéia sem ser endereçada a qualquer uma delas. Então o endereço seria "aos santos e fiéis em Cristo Jesus", em qualquer parte.
 

A doutrina da epístola confirma este pensamento. Ela contém a mais elevada verdade da Igreja, mas nada diz sobre a ordem na Igreja. A Igreja aqui é a verdadeira Igreja, "seu corpo", não a igreja local como em Filipos, Corinto, etc. Três pensamentos principais aparecem nesta epístola: a posição exaltada, pela graça de Deus, do crente; a verdade concernente ao Corpo de Cristo, e o andar condigno com essa posição (Scofield).

 

ANÁLISE DE EFÉSIOS
 

Introdução (I. 1,2)


PARTE 1, DOUTRINÁRIA (1.3 a 3.21).


1. Os propósitos de Deus concernentes ao Cristo pessoal, e à oração do apóstolo (1.3-23).

1.1 O propósito pessoal (3-14).

1.2 A primeira oração (15-23).
2. Os crentes, os objetivos dos propósitos e das orações (2.1-10).

2.1. Nosso estado pela natureza (1-3).

2.2. Nossa posição pela graça (4-10).
3. Os propósitos de Deus concernentes ao Cristo místico, e à oração do apóstolo (2.11 a 3.19).

3.1. O propósito místico (2.11 a 3.13).

3.2. A segunda oração (3.14-19).

3.3. Doxologia (3.20,21).
 

PARTE 11, PRÁTICA (caps. 4 e 6).
1. A vocação da igreja (4.1-16).


2. Conduta da igreja (4.17 a 6.9).

2.1 Conduta individual (4.17-32).

2.2 Conduta social (5.1-21).

2.3 Conduta doméstica (5.'22 a 6.9).


3. O conflito da igreja (6.10-20).


Conclusão (6.21-24) — (Scroggie)

 


A MENSAGEM DE EFÉSIOS


 

"A epístola aos Efésios leva-nos às maiores alturas da posição cristã. É, como bem se entende, a epístola dos lugares celestiais. Cristo está assentado ali, e nós estamos sentados com Ele. A própria cena do nosso conflito é os lugares celestiais. Nisto, há uma semelhança, como tem sido notado há tempos, com o livro de Josué. Precisamente como Israel precisava tomar posse praticamente daquilo que lhe pertencia pelo dom de Deus, assim devemos nós tomar posse daquilo que é nosso nos lugares celestiais. A altura da perspectiva aqui dá-nos uma mais ampla visão da verdade do que aquele que temos gozado anteriormente — de fato, a mais larga possível.
 

"É verdade que em Romanos a declaração do nosso lugar em Cristo perante Deus implica virtualmente a posição celestial, mas o assunto não é desenvolvido ali. Temos em Romanos a Cabeça da nova criação; em Gálatas, a nova criação é referida casualmente. Em Efésios, em algum sentido, vamos mais adiante. A nova criação e sua Cabeça estão em contraste com a velha criação e o primeiro Adão; mas aqui encontramos todas as coisas reunidas em Cristo, coisas no Céu e na terra. Olhamos para trás para ver o propósito divino a nosso respeito antes que o mundo existisse. Olhamos adiante para ver a graça de Deus manifestada aos principados e potestades nos lugares celestiais na sua 'bondade conosco em Cristo Jesus', e a divina glória manifestada na Igreja durante os séculos. Assim temos a visão mais ampla que se encontra no N. T.
 

"Efésios não trata do aspecto terrestre, por assim dizer, da nossa posição, como se apresenta em Romanos e Gálatas. Não lemos nem 'mortos ao pecado ' nem 'à lei' nem 'crucificado ao mundo'. Aqui, somos criados em Cristo Jesus, vivificados nele, elevados e sentados com Ele nos lugares celestiais. Isso é o que é nosso individualmente, e o que prepara o caminho para o desenvolvimento da verdade da Igreja. Primeiro vemos que a noiva de Cristo há de ser do seu parentesco, como Abraão exigiu que fosse a noiva de Isaque. Assim temos logo de começo o que é individual e que prepara o caminho para considerarmos nossa posição corporativa como unidos a Cristo pelo Espírito e feitos membros do seu corpo, bem como habitação de Deus pelo Espírito. Esta é a plena revelação agora daquilo que foi mistério escondido em Deus nos séculos passados. Paulo é o ministro especial dessa verdade, para levar os homens à plenitude da bênção" (Grant).

 



 

 

 

 

EFÉSIOS CAPÍTULO 1
 

Nos versículos 1-14 temos a saudação (1,2) e os sete elementos da posição do crente (3-14).
 

"Há seis capítulos nesta epístola, três doutrinários e três exortativos. O assunto da epístola é 'A História, a Glória e o Destino da Igreja de Deus' essa multidão de pecadores salvos, chamados dentre judeus e gentios, são feitos um corpo em Cristo. De. pois de saudar os santos e fiéis em Éfeso, o apóstolo aborda imediatamente o seu assunto. Ele bendiz a Deus por tudo o que tem feito por seu povo:
 

Ele nos abençoou com todas as bênçãos espirituais nos lugares celestiais em Cristo. 'Em lugares celestiais' é uma expressão que se repete quatro vezes nesta epístola (1.3; 2.6; 3.10; 6.12). Significa a esfera espiritual em que somos introduzidos.
 

Os crentes são escolhidos (4), predestinados (5), e aceitos, tudo no amado (6). Um corpo escolhido, mas a escolha é feita de acordo com a presciência de Deus (I Pe 1.2).
 

Estes crentes têm redenção, perdão, sabedoria, e prudência, e o conhecimento da vontade de Deus (7-9). Sua redenção do juízo, da morte e do Inferno foi pelo precioso sangue (v. 7).
 

O propósito de Deus é 'consagrar em Cristo todas as coisas' e fazer uma criação inteiramente nova, da qual o Senhor Jesus é a cabeça e a Igreja, o corpo em que Ele manifesta sua plenitude e glória (vv. 22,23).
 

Deus já nos deu seu Espírito, que é o sinal e penhor de que Ele completará a obra. Que perspectiva gloriosa!" (Scroggie).
 

O versículo 6 tem sido traduzido "pelo qual nos fez aceitos a si no amado" (C.H. 354).
 

Oração apostólica (15-23). Temos aqui a primeira das duas grandes orações do apóstolo nesta carta. A primeira pede luz, a segunda amor.
 

"Notemos aqui três coisas: a ocasião da oração (15,16); o objetivo da oração (17-19a); a perspectiva da oração (19b-23).
 

"A ocasião está em tudo que precede: 'por esta causa' (v. 15). O objetivo é duplo: preparativo e progressivo, cada parte sendo introduzida pela palavra que'. O objetivo preparativo (17, 18a) é que os crentes tenham o pleno conhecimento de Deus, como resultado de uma iluminação espiritual. O objetivo progressivo é triplo, e é indicado pela repetição de 'que'. Qual então é o conteúdo desses 'quês' divinos? Qual a riqueza da glória da herança que Deus terá nos seus santos depois da sua final redenção? (Compare-se isto com nossa herança nele, v. 14.) Qual a grandeza do seu poder para conosco, exercitado em toda a obra da sua graça desde a regeneração até a ressurreição?
 

"Depois segue a perspectiva da oração, na qual brilha a verdade da ressurreição, entronização, e autoridade de Cristo" (Goodman).

 

 

 


 

 

 

EFÉSIOS CAPÍTULO 2
 

A salvação é pela graça (1-10). Aqui começamos a notar a distinção entre "vós" (gentios) e "nós" (judeus convertidos). Weymouth traduziu o primeiro versículo assim: "Também a vós gentios, que fostes mortos pelas vossas ofensas e pecados, em que estáveis acostumados enquanto andáveis nos caminhos deste mundo e obedecíeis o príncipe das potestades do ar, dos espíritos que agora operam nos corações dos filhos da desobediência — a vós Deus tem dado a
vida".

 

Neste trecho os descrentes são descritos como:
 

a. Mortos em pecados: insensíveis e impotentes como cadáveres: corruptos — mortos espiritualmente.
 

b. Andando segundo o curso deste mundo. Um andar não necessariamente imoral ou irreligioso, mas um andar mundano: "sem Deus no mundo" (v. 12).
 

c. Levados por Satanás — o grande espírito mestre que dirige o curso deste mundo e determina as ações dos filhos da desobediência.
 

d. Vivendo em concupiscências carnais, entregues aos prazeres do corpo e da mente.
 

Depois de pintar este quadro tão negro, o apóstolo apresenta outro, cheio de formosura, com as palavras "mas Deus", e fala, entusiasmado:
 

a. Do seu grande amor que se manifesta em misericórdia, e que se manifestará no porvir nas abundantes riquezas da sua graça (v. 7).
 

b. Do seu poder vivificador, que chama à vida os mortos e os assenta juntamente com Cristo nos lugares celestiais (5,6).
 

c. Da natureza da salvação. Pensemos na significação do tempo presente no versículo 8. Nossa fé de hoje, que hoje aprecia a graça de Deus em toda a sua significação, prova que Cristo salva hoje do pecado. Podemos indagar se apreciamos devidamente tudo que a graça de Deus deve significar para nós mesmos, e se temos provado todo o seu poder salvador?

d. Do verdadeiro lugar das obras. Aqui temos três referências às obras. A salvação não provém das obras (v. 8); não podemos merecê-la. Deus opera (v. 10); somente Ele pode salvar. "Para as boas obras" (v. 10), primeiro salvos, depois trabalhando.
 

O versículo 5 tem sido traduzido assim: "[Estando nós também mortos em nossas ofensas] nos chamou para partilharmos da vida de Cristo [pela graça sois salvos]" (C.H. 708).
 

Judeus e gentios (11-22). Neste trecho aparece ainda mais claramente a distinção entre "nós" e "vós". Nos versículos 12,13 Paulo contrasta a diferença entre os gentios "sem Cristo" e os cristãos "em Cristo ".
 

Depois ele considera o caso do judeu harmonizado com o gentio no cristianismo, desfeita a parede de separação, e a inimizade terminada, tendo ambos acesso ao mesmo Pai, pertencentes à mesma família, e concidadãos.
 

Agora Cristo é a nossa paz (v. 14), isto é, quem faz a paz entre judeu e gentio. Como é Ele a paz? Ele é a paz:
 

a. Salvando o judeu das suas ordenanças (v. 15). Elas não o podem salvar, e apenas o condenavam como transgressor, porque os judeus não as guardava. Assim o Senhor tirou essas ordenanças abolindo as como meio de salvação.
 

b, Morrendo por judeu e gentio, dando-lhes uma salvação comum. Assim foram reconciliados, não somente com Deus, mas um com o outro, na sua morte. Não há mais diferença entre eles: judeus e gentios formam "um corpo" (v. 16).
 

c. Pregando paz a ambos na mesma base (v. 17). d) Dando o mesmo Espírito (v. quem eles têm acesso ao Pai. Assim há agora um santo Templo, edificado de pedras vivas — a Igreja de Deus — que é a morada de Deus pelo Espírito (vv. 21,22) — (Goodman).
 

O fundamento (v. 20). Podemos parafrasear este versículo: "Edificados sobre o fundamento [referido nos ensinos] dos apóstolos e profetas". Diz F. W. Grant: "Os 'apóstolos e profetas' não são o fundamento, mas puseram o fundamento. 'Outro fundamento ninguém pode pôr além do que já está posto, o qual é Jesus Cristo' (1 co 3.11)".

 

 

 

 

 

 

 

 

EFÉSIOS CAPÍTULO 3
 

A Igreja, um segredo escondido durante os tempos antigos (1-13). Este segredo é explicado no versículo 6: "A saber, que os gentios são co-herdeiros g do mesmo corpo", participando, junto com os israelitas, nas bênçãos do Evangelho. Não podemos compreender todo o alcance dessa revelação sem entendermos o exclusivismo dos judeus, pois julgavam que, fora da nação escolhida, não havia salvação.

 

Ainda com respeito ao "segredo" aprendemos:
 

a. Não fora revelado em outras gerações. Os judeus nem ao menos sonharam em semelhante coisa; os profetas nunca o disseram; não é referido no V.T.
 

b. Paulo aprendeu esse segredo por uma revelação especial. Ele o chama de "o mistério" (v. 3,4), isto é, o segredo de Deus.
 

c. Paulo recebeu graça especial para pregar esse segredo (v. 7). Chamou-o "as riquezas incompreensíveis de Cristo" (v. 8). Riquezas de graça e misericórdia, transbordando em bênçãos para pecadores gentios (Goodman).
 

A segunda oração do apóstolo (14-21). Paulo aqui pede pelos crentes em Éfeso:
 

a. Que sejam fortalecidos espiritualmente. Necessitamos ser fortes espiritualmente para sermos arraigados e fundados em amor (v. 17).
 

b. Que Cristo habite nos seus corações pela fé: o coração tão constantemente ocupado com Cristo, que governe todo o nosso pensamento.
 

c. Que sejam arraigados e fundados em amor, para que o amor seja o motivo e a força de todas as suas ações.
 

d. Que compreendam o amor de Cristo na sua quádrupla medida (v. 18): sua largura - o mundo inteiro; seu cumprimento - para a eternidade; sua profundeza - faz-nos pensar na Cruz, amor até a morte; sua altura - sugere o Céu, a consumação do amor de Cristo será ter-nos com Ele na Casa do Pai.
 

e. O apóstolo afirma que esse amor ultrapassa o conhecimento — isto é, que melhor do que saber é amar e ser amado, pois o amor satisfaz o coração de um modo que não está ao alcance do conhecimento.
 

f. Que sejam cheios de toda a plenitude de Deus. Esta expressão é explicada no capítulo 4.13 (Goodman).
 

Depois destas profundas petições, o apóstolo termina com sublimes palavras de oração (vv. 20,21).

 

 

 

 

 

 

EFÉSIOS CAPÍTULO 4
 

Aqui passamos da primeira à segunda metade desta maravilhosa epístola, depois de doutrina, dever; depois de teologia, ética. A primeira parte trata de princípios; esta de práticas. Ali, a chamada; aqui, a conduta. Aquela, da possessão interior; esta, da manifestação exterior (Scroggie).
 

Os versículos 1-6 tratam mais especialmente da vocação do cristão. Nos versículos 1-3 temos as cinco características de um andar digno de nossa alta vocação. Os versículos 4-6 falam da sétupla unidade do Espírito.
 

Três grupos de unidades (4-6). F. W. Grant chama atenção para três círculos concêntricos aqui. O mais interior, onde reconhecemos um Espírito, um Corpo e uma esperança; outro maior, onde todos têm a mesma crença, e o mesmo batismo cristão; e o mais extensivo de todos, onde se confessa "um Deus e Pai de todos".

"Um corpo e um Espírito" dá-nos, por assim dizer, o caráter mais profundo da unidade, para a qual a 'esperança da nossa vocação' necessariamente contribui. Depois temos o círculo da profissão cristã... Aqui temos "um Senhor", Cristo, com a autoridade que lhe pertence; "uma fé", isto é, a mesma crença, verdades que todos reconhecem; "um batismo", que não é, como vemos imediatamente, o batismo com o Espírito, pois isso havia de relacionar-se com o primeiro círculo mais do que com o segundo.

Ainda mais, o batismo sem qualificação parece sempre referir-se ao batismo com água, enquanto o batismo com o Espírito precisa ser referido com o acréscimo dessa palavra... Aqui é simplesmente o batismo com água, que se liga, como temos visto, ao reino, e por isso ao Senhor. É nisso que seu senhorio é confessado. É o que leva para a esfera do discipulado e assim vai ligado com "uma fé" que significa a crença de um discípulo.

 

"Finalmente temos uma unidade ainda mais larga, 'um só Deus e Pai de todos, o qual é sobre todos, e por todos, e em todos'. Isto leva-nos para aquilo que inclui os próprios anjos..."
 

Esta citação está de acordo com o ensino de muitos expositores eruditos, e supõe que os tradutores tiveram razão em escrever "Espírito" com letra maiúscula. Figueiredo e Rohden têm "um espírito" com letra minúscula, e um expositor recente disse que as palavras se referem ao único espírito cristão admissível na Igreja de Deus: o espírito de Cristo que caracteriza todo verdadeiro crente.
 

Os dons para o ministério (7-16). Podemos notar que são distribuídos entre diversas pessoas, de maneira que•na Igreja de Deus, cada membro do Corpo tem o seu préstimo individual.
 

O versículo 13 expressa o sublime fim proposto, mediante os variados dons dados à Igreja de Cristo para a sua edificação: "até que todos cheguemos... à medida da estatura completa de Cristo". Nenhum crente pode individualmente expressar entre seus vizinhos toda a graça de Cristo — somente o Corpo todo poderá manifestar completamente todo o caráter da sua divina Cabeça, mas cada crente deve expressar alguma coisa de Cristo, de maneira que quem lida com o crente possa aprender ao menos um pouco do que Cristo é.
 

Podemos atender ao versículo 12 na V.B. "tendo em vista o aperfeiçoamento dos santos para o trabalho do ministério". Diz Grant: "O aperfeiçoamento dos santos, sendo os santos membros do Corpo de Cristo, seria evidentemente o colocar cada um deles no seu lugar; esse lugar é de ministério, pois tal é a função de cada membro". Cada um tem seu préstimo, e a edificação do Corpo depende da "justa operação de cada parte" (v. 16). Sabemos que no corpo humano, a saúde depende do serviço de cada membro no seu devido exercício.
 

Cada membro do Corpo de Cristo deve prestar algum serviço para o bem geral. Nem todos são "língua" e, como no corpo humano, alguns membros ficam mais ocultos do que outros. Mas cada membro do Corpo é um contribuinte, e, se tem saúde, terá atividade.
 

A santidade cristã (17-32). Notemos a alusão ao "homem velho" e ao "homem novo" nos versículos 22-24. O homem velho é o que eu era por natureza; o novo é o que sou pela graça de Deus.
 

O versículo 26 merece cuidadosa atenção: "irai-vos, e não pequeis: não se ponha o sol sobre a vossa ira". O crente deve indignar-se na presença do mal, mas precisa cuidado para que uma justa indignação não degenere em pecado. E, em todo caso, não deve guardar o seu ressentimento — ao pôr do sol precisa verificar se seu espírito está de novo sereno. Como é triste ver o cristão conservando a sua ira, dormindo com ela, acordando com ela, até que todo o seu espírito fica contaminado com o mal que devia ter reprovado e esquecido!
 

Este trecho todo está cheio de preciosos conselhos referentes à vida prática do crente, e seu ensino resume-se no pensamento de que devemos tratar os outros como Deus nos tem tratado a nós (v. 32).

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

EFÉSIOS CAPÍTULO 5
 



 

Conduta social do crente (1-21). Os "filhos amados" de Deus, imitadores de seu Pai, devem — andar em amor, repelindo a impureza (1-5); andar na luz, repelindo as trevas (6-14); andar em sabedoria, repelindo a tolice (15-21) — (Scroggie).
 

Entre outros ensinos neste trecho, notamos:

a) que as coisas impuras não devem ser mencionadas entre os crentes (3);

b) que a conversação frívola e torpe não convém (4);

c) que o corpo deve ser considerado sagrado (3,5) como templo do Espírito Santo;

d) que a ninguém deve ser permitido enganar-nos nestas coisas (6), pois, às vezes, acontece que gente impura zomba da castidade.
 

Para andar como filhos da luz (v. 8) devemos:

1) recusar toda comunicação com "as obras das trevas ' (v. 11);

2) despertar-nos (v. 14) e repelir as coisas mortas do pecado;

3) andar prudentemente (v. 15) não como néscios mas como sábios;

4) remir o tempo (v. 16) aproveitando toda oportunidade (Goodman).
 

O versículo 18 merece ser meditado, notando-se, cuidadosamente, que a sensação de prazer que o bebedor procura no vinho, o crente obtém com maior vantagem pelo poder do Espírito de Deus.
 

Os deveres domésticos (22-33). Lemos aqui do "matrimônio no Senhor", e encontramos idéias e ideais que não podem ser devidamente realizados senão entre crentes que andam em comunhão com Deus. A mulher, por exemplo, não pode reverenciar seu marido se ele é criminoso ou devasso, mas sim, se ele a ajuda a compreender melhor a graça e a santidade de Cristo; se ele eleva toda a vida espiritual dela. Assim não será difícil reverenciá-lo.
 

O apóstolo considera o casal como empenhado na sublime tarefa de representar entre seus vizinhos a intimidade, o amor, a unidade de propósito e esforço que existe entre Cristo e sua Igreja. Os jovens crentes, antes de se aventurarem numa tarefa tão sublime, devem pensar bem na solenidade do caso, e procurar em oração a graça necessária.
 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

EFÉSIOS CAPÍTULO 6
 


 

Filhos e servos (1-9). Obediência é a primeira lição para os filhos, e quem nunca aprendeu a obedecer não será competente para mandar. Depois de obedecer aos pais, aprende-se a obedecer a Deus, para não cair "na transgressão de Adão".
 

Os "filhos", no versículo 1, são "crianças" ("teknia"), pois os filhos adultos não mais estão sob a obediência, mas têm plena responsabilidade pelas suas ações. E o pai sensato não exige obediência dos filhos moços, mas os instrui a obedecer o que é direito e da vontade de Deus.
 

Os pais necessitam bastante inteligência espiritual para não provocar pos filhos aquilo que é da carne (v. 4).
 

Para ser bom servo, necessita-se de obediência, submissão, desejo de agradar a Deus no serviço, consagração ao trabalho e esperança de uma recompensa divina.

Muitas vezes os deveres de servos e senhores competem às mesmas pessoas. O negociante é servo dos seus fregueses e senhor dos seus empregados. E o Senhor tanto de senhores como de servos é Deus (v. 9).
 

A armadura de Deus (10-17). Este trecho trata do poder da armadura e dos inimigos do guerreiro Cristão. O poder do crente está "no Senhor", à semelhança de um menino que, quando perseguido pelos companheiros, se anda de mãos dadas com seu pai, enfrenta-os confiadamente.
 

A armadura de Deus é relatada nos versículos 13-18:
 

a. O cinto da verdade. Verdade, em tudo, é uma proteção importante na nossa vida espiritual.
 

b. A couraça da justiça. O crente que não anda com justiça será facilmente derrotado pelo inimigo.

 

c. O calçado do Evangelho da paz. Por onde o crente anda deve deixar um rasto do Evangelho e sinais que ele pertence a "gente de paz". Um cristão contencioso é uma contradição, uma anomalia.
 

d. O escudo da fé. "Notemos o artigo definido. Significa aqui a Palavra de Deus para nossa defesa. Cristo serviu-se deste escudo três vezes quando resistiu ao Diabo" (Goodman).
 

e. O capacete da salvação. Isaías 59.17 diz: "Pôs o elmo de salvação sobre sua cabeça ". A idéia parece ser da certeza da salvação de Deus... a esperança segura e certa que guarda a mente das incertezas e dúvidas.
 

f. A espada do Espírito - a saber, a Palavra de Deus empregada pelo Espírito para convencer e assegurar.
 

g. Toda oração. "Alguns 'poderes' (v. 12) somente podem ser vencidos pela oração. A oração é por 'todos os santos'. Isso deve ser ponderado" (Goodman).
 

Palavras finais (18-24). Deste pequeno trecho podemos aprender mais algumas lições finais:
 

a. Que a oração deve ser constante, dirigida pelo Espírito Santo, e feita "por todos os santos" (ou ao menos por todos os que conhecemos como tais), perseverante, e contendo "súplicas" - rogos urgentes.
 

b; Que o servo de Deus deve e pode contar com as orações dos crentes seus conhecidos.
 

c. Que um crente pode ser "irmão amado" e também "fiel ministro no Senhor".
 

d. Que paz, amor e fé podem resultar da nossa comunhão com Deus (v. 13).
 

e. Inúmeros pensamentos preciosos poderão surgir de uma prolongada meditação no versículo 24.
 

Que o leitor experimente, escrevendo o resultado do seu estudo!
 

 

 

 

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