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LIVRO DE ESDRAS |
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INTRODUÇÃO:
Esdras, o primeiro dos livros depois do Cativeiro (Esdras, Neemias, Ester, Ageu, Zacarias e Malaquias), recorda a volta à Palestina sob Zorobabel, pelo decreto de Ciro, de um restante judaico, que pôs os alicerces do templo (536 a.C.)
"Mais tarde, em 458 a.C., Esdras seguiu e restabeleceu a Lei e o ritual. Mas a maior parte do povo, e muitos dos príncipes, ficaram ainda na Babilônia e na Assíria, onde prosperavam. Estes livros depois do Cativeiro ocupam-se com esse fraco restante dos que tinham o coração voltado para os interesses divinos.
"O livro está dividido em duas partes: 1. Do decreto de Ciro à dedicação do templo restaurado (1.1 a 6.22). 2. O ministério de Esdras 7.1 a 10.44" (Scofield).
ANÁLISE DE ESDRAS:
1. Volta do Cativeiro sob Zorobabel (caps. 1 a 6).
1.1. A restauração dos judeus (caps. 1 e 2).
1.1.1. O decreto de Ciro (cap. 1).
1.1.2. A volta dos cativos (caps.2).
1.2. A oposição à obra (caps. 3 e 4).
1.2.1. Os sacrifícios renovados, e os alicerces do templo postos (cap. 3).
1.2.2. Os samaritanos resistem,e o trabalho pára (cap. 4).
1.3. A dedicação do templo (caps. 5 e 6).
1.3. 1. A indagação de Tatenai, e o decreto de Dario (cap. 5).
1.3.2. O templo completado e a Páscoa (cap.6).
2. A volta do Cativeiro sob Esdras (caps. 7 a 10).
2.1. A proclamação de Artaxerxes (cap. 7).
2.2. A libertação dos judeus (cap. 8).
2.3. A intercessão de Esdras (cap. 9).
2.4. A reforma do povo (cap. 10)
(Scroggie).
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LIVRO De esdras CAPÍTULO 1
"Ciro convida os judeus a voltarem para Jerusalém. Para entender os livros de Esdras, e Neemias convém saber as datas dos reis persas referidos neles.
"Ciro chegou a ser rei da Babilônia em 536 a.C. e morreu em 528 a.C. Dario chegou a ser rei em 521 a.C. e reinou 36 anos, morrendo em 485 a.C. Artaxerxes (chamado Longimanus, porque tinha uma das mãos mais comprida do que a outra), começou a reinar em 465 a.C. e morreu, ou em dezembro de 425 ou janeiro de 424.
"Os 70 anos de cativeiro, preditos por Jeremias (25.11, 12; 29.10) tinham decorrido seu curso. Isaías tinha escrito de Ciro, que ele chama o 'pastor' de Deus (44.28) e 'ungido' de Deus (45.1) 'dizendo também a Jerusalém: Sé edificada; e ao templo: Funda-te'.
"Assim Ciro recorda que o Senhor
Deus do Céu o tinha incumbido de lhe edificar uma caga em Jerusalém. Isto foi no
primeiro ano do seu reinado (536 a.C.)
"Esdras mesmo não foi a Jerusalém até o sétimo ano de Artaxerxes (Ed 7.7,8),
isto é, 78 anos depois do decreto de Ciro e 57 depois dos incidentes recordados
em Esdras capítulos 1 a 6.
"Neemias não saiu até o vigésimo ano de Artaxerxes, isto é, 445 a.C. (Ne 2.1), 91 anos depois do decreto de Ciro. (O Neemias de Esdras 2.2 não é o mesmo homem.)
"Daniel ainda vivia no terceiro
ano de Ciro (Dn 10.1) mas era então um homem muito velho, e não saiu da
Babilônia" (Goodman).
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LIVRO De esdras CAPÍTULO 2 e 3
Os alicerces do templo. "Nos livros da Restauração de Judá, há seis nomes notáveis para se lembrar. São, segundo Goodman:
1) Zorobabel (Ed 3.2; 4.2; 5.2) que era o príncipe herdeiro de Judá, embora nunca sentara sobre o trono de Davi. Ele veio com os primeiros 42.360 exilados, e os 7.337 servos (Ne 7.66,67) que voltaram da Babilônia (536 a.C.). Era governador, e é um dos dois ungidos de Zacarias 4.11, 14.
2) Jesua, ou Josué, como se chama em Zacarias 3. 1, que era o outro ungido; era o sumo sacerdote.
3) Zacarias, filho de Ido, é o grande profeta da restauração de Judá, cujas maravilhosas visões são recordadas no livro que leva seu nome. Ele e Ageu animaram o povo a edificar o templo, apesar da oposição (6.14).
4) Ageu, o profeta companheiro de Zacarias, cujas palavras estão no livro que leva seu nome.
5) Esdras, também um descendente de Aarão (7.15). Ele veio com um grupo no sétimo ano de Artaxerxes, rei da Pérsia (459 a.C.), depois de o templo estar pronto (6.15; 7.1).
6) Neemias, chamado o tirsata, Significa o governador. Ele tomou o lugar de Zorobabel, que também era chamado o tirsata ou governador. Ele chegou com mais um grupo, 12 anos depois de Esdras, e edificou a cidade e muro de Jerusalém 445-432 a.C.
Neste vemos os primeiros chegados do cativeiro. Edificam o altar, compreendendo o valor do sangue na expiação, e então a festa dos tabernáculos, a última grande festa do ano judaico (LV 23.34) e põem os alicerces do templo. Cantaram as palavras que Jeremias prometera seriam cantadas na volta do Cativeiro (Jr 33. l1).
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LIVRO De esdras CAPÍTULO 4
Os adversários. O povo da terra procurou impedir a obra de três maneiras:
1) procurando promover uma união fingida (v. 3);
2) por "enfraquecer as mãos do povo de Judá" (v. 4), isto é, por impedir os necessários fornecimentos;
3) por acusações dirigidas a Assuero e Dario. A primeira era a mais sutil e a mais perigosa (Scofield).
"Duas cartas históricas são incorporadas neste capítulo nos versículos 6-16 e 17-23. Alguns comentadores consideram os versículos 6-23, como um longo parêntese, e ligam o versículo 5 com o versículo 24
"A interpretação que havemos de escolher pende de como entendemos os versículos 6 e l. Se Assuero é o célebre Xerxes, e se Artaxerxes é Longimanus, então os versículos 6-23 são parentéticos. Mas se Assuero é Cambises e Artaxerxes é Gaumata, então o capítulo segue a ordem cronológica.
"Este capitulo ilustra a atitude dos servos de Deus ao patrocínio oferecido pelo mundo. O bom serviço para Deus não poderá continuar por muito tempo sem oposição. Mas a oposição vem por diversas formas. Às vezes, como aqui, vem mediante ajuda oferecida (1,2). Estas pessoas, chamadas 'os 'adversários de Judá (1), ofereceram seu auxílio, dizendo terem a mesma fé (2), mas seu verdadeiro propósito era corromper o povo e fazer parar a obra" (Scroggie).
Depois a oposição muda de
caráter. Os inimigos escrevem cartas para envenenar a mente do rei. por meio de
mentiras conseguem seu fim: "A obra casa de Deus... foi interrompida" (v. 24).
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LIVRO De esdras CAPÍTULO 5
Os profetas Ageu e Zacarias animam o povo. A obra cessou até o segundo ano de Dario, isto é, 520 a.C. ou 16 anos depois do decreto de Ciro. Então, encorajados pelos dois profetas, recomeçam o trabalho.
Os antigos adversários não agem mais, mas o governador Tatenai, havendo investigado o assunto, escreve uma carta sensata ao rei Dario, na qual cita a resposta dos anciãos de Israel, concluindo por pedir ao rei dissesse qual a sua vontade na matéria (v. 17).
O dr. Kirkpatrick explica que o Sesbazar do versículo 14 é Zorobabel. Quem
escreveu o livro não havia de chamar um estrangeiro "príncipe de Judá"
(1.8).
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LIVRO De esdras CAPÍTULO 6
O rei Dario confirma a ordem de edificar o templo. Visto que o rei deu uma resposta favorável, a obra foi adiante, e a Casa ficou terminada em 515 a.C., no terceiro dia do mês de adar, no sexto ano do rei Dario. O próximo mês era o mês da Páscoa, sendo primeiro mês do novo ano (19). Por isso a festa da Páscoa seguiu logo depois da dedicação do Templo.
A oferta de 100 novilhos, 200 carneiros e 400 cordeiros era muito modesta
comparada com a de Salomão, quando se ofereceram 22.000 novilhos e 120,000
carneiros (2 Cr 7.5).
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LIVRO De esdras CAPÍTULO 7
Esdras vai a Jerusalém. Devemos reconhecer um intervalo de 58 anos entre os capítulos 6 e 7.
Dario está morto, e Artaxerxes (Longimanus) reina na Pérsia. É o sétimo ano do seu reinado, 458 a.C. e Esdras obtém licença de ir a Jerusalém.
Ele, como pediu licença de ir a Jerusalém, mas sendo sacerdote seu primeiro interesse foi o Templo de Deus. Neemias foi para restaurar a cidade e edificar muros.
Notemos que o rei providenciou para as despesas da missão (21,22); ele exonerou os sacerdotes de tributos (24). Mandou Esdras apontar magistrados e juízes (25), e por tudo Esdras dá graças a Deus (27,28).
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LIVRO De esdras CAPÍTULO 8
A viagem a Jerusalém (21-36). Esdras enfrentou a viagem com oração, fé e coragem. Ele tinha declarado ao rei a sua confiança em Deus, e por isso teve vergonha de pedir uma escolta. Jejuou e fez oração a Deus, e teve certeza de que Deus ouvira a sua petição (33).
A grande viagem que durou para Esdras quatro meses, podia-se fazer hoje por
ônibus em poucas horas.
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LIVRO De esdras CAPÍTULO 9 e 10
O jugo desigual.. Casamentos com os pagãos foram expressamente proibidos na Lei (Dt 7.3,4), mas havia sempre a tendência à transgressão. E ainda hoje há, de vez em quando, casamentos de crentes com descrentes, de vivos em Cristo com mortos em pecado.
[Como é do conhecimento geral, as Assembléias Deus não aceitam o casamento misto.]
Esdras lastima o mal, e em oração confessa-o como se fosse dele mesmo (6).
Porém Esdras não somente lastima o mal, mas trata de corrigi-lo. Obrigou os malfeitores a renunciar às suas mulheres estrangeiras (10.11).
Mas não conseguiu o seu propósito sem oposição. Houve certos homens que "se opuseram a isso" (v.15).
Entre os transgressores havia até alguns filhos de Jesua (v. 18), um dos chefes
dos regressados (2.2).
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